terça-feira, 2 de junho de 2015

BRASIL : CRONOLOGIA DE 500 ANOS DE MINERAÇÃO

BRASIL :  CRONOLOGIA DE 500 ANOS DE MINERAÇÃO                                  
OURO - FERRO - DIAMANTE
PERÍODO - 1494 - 1803                                                           

1494. Firmado em 7 de junho, entre a Espanha e Portugal, o Tratado de Tordesilhas, que estabeleceu limites das novas descobertas. A parte leste do Brasil ficaria em poder de Portugal.
1500. Descobrimento, do Brasil por Pedro Álvares Cabral, em 22 de abril.
1552. Evidência mais antiga de ocorrência de ferro, noticiada por meio de carta a D. João III, Rei de Portugal, pelo Bispo Afonso Sardinha.
1590. Descoberta a primeira jazida de ouro, próximo ao Pico do Jaraguá, Capitania de São Vicente, nas proximidades da atual cidade de São Paulo.
1591. Introduzidas no Brasil as forjas catalãs, em Araçoiaba, nas proximidades da atual cidade de Sorocaba, São Paulo, onde anteriormente haviam sido identificadas ocorrências de ferro (magnetita), informadas por Afonso Sardinha.
1595. Organizada a primeira expedição ao interior do Brasil à procura de ouro, até a bacia do Rio Sapucaí, a partir de Parati, em incursão de Martim de Sá.
1597. Primeira tentativa de produção de ferro em escala comercial, em Araçoiaba, por Afonso Sardinha Filho.
1603. Primeira referência á legislação mineral no Brasil, de 15 de agosto.
1618. Elaborado o regimento das minas de São Paulo e São Vicente, restabelecendo a liberdade de exploração de jazidas, extensiva a índios e estrangeiros.
1652. Publicada pela primeira vez a legislação mineral, de I 5 de agosto de 1603. Nessa época, as jazidas de ouro em lavra situavam-se em Jaraguá, nas proximidades de São Paulo; Serra da Jaguamimbaba, hoje Serra da Mantiqueira, no local denominado Lagoas Velhas do Geraldo; Freguesia de Guarulhos, São Paulo; Serra do Uvuturuna; morro próximo à Vila do Apiaí; e ainda nos Distritos de Curitiba, Iguape, Cananéia e Vila de Serra Acima.
1674. Carta Régia incentiva os colonos a saírem em busca de ouro. Fernão Dias Pais Leme organiza uma bandeira, que explora por sete anos os vales dos Rios das Mortes, das Velhas, Paraopeba, Araçuaí e Jequitinhonha, de grande importância, pois, embora não tendo a expedição descoberto jazidas, traça o caminho de futuras descobertas.
1680. Primeira descoberta de ouro em terras do atual Estado de Minas Gerais, nas margens do Rio das Velhas, atribuída a Manuel Borba Gato.
1682. A bandeira de Bartolomeu Bueno da Silva, o Anhangüera, apesar de não conseguir descobrir jazidas de ouro, encontra em Goiás indígenas com ornamentos de ouro nativo.
1699. A Bandeira de Antônio Dias chega onde hoje se localiza a cidade de Ouro Preto, então Vila Rica, na região das Minas de Ouro, atualmente o Estado de Minas Gerais, encontrando ouro em abundância
1700. Adotado o quinto do ouro, sistema de tributação previsto no regimento de 1603, que definia o pagamento à Coroa Portuguesa de 20% do ouro apurado e fundido.
1701. A Guerra de Sucessão na Espanha dificulta a exploração do ouro no Brasil, pois Portugal estava envolvido no conflito.
- São descobertas novas jazidas de ouro em Minas Gerais (Caeté, Cuiabá, Morro Vermelho e Ribeirão Comprido).
1702. Descoberta de ouro em Jacobina, Bahia Descoberta de ouro em Serro do Frio, Itacambeira e Conceição do Mato Dentro, Minas Gerais.
1703. Assinado o Tratado de Methuen, entre Portugal e a Inglaterra, que tem como conseqüência uma grande evasão do ouro da região das Minas de Ouro, recém descobertas.
1704. Descoberta jazida de ouro em São João del Rei e Santa Bárbara, Minas Gerais.
1706. Descoberta jazida de ouro em Airuoca, Minas Gerais.
1708. Final da Guerra dos Emboabas, que ocorreu em torno de uma disputa pela posse das minas de ouro, entre paulistas, que foram seus descobridores e primeiros colonizadores, e os emboabas, portugueses e outros brasileiros, que também aspiravam explorar o ouro.
1710. Definido em São Paulo que o quinto (imposto sobre a produção de ouro) seria cobrado à razão do número de bateias, isto é, per capita. Descobertas as jazidas de ouro de Pitangui, Minas Gerais.
1714. Entra em vigor o sistema tributário denominado "finta", que estabelece o pagamento de 30 arrobas de ouro ( 1 arroba = 14,7kg) à Coroa Portuguesa. A produção não necessita ser registrada
1719. O imposto volta a ser cobrado por meio do "quinto", pelas casas de fundição. É proibida a circulação de ouro em pó. O bandeirante Pascoal Moreira Cabral descobre ouro em Mato Grosso.
1720. Ocorre em Vila Rica a revolta de Filipe dos Santos, que, opondo-se à política tributária, lidera um movimento de relevância, devido ao número de mineradores participantes e pela maneira como seria neutralizado. Como conseqüência, é criada a Capitania das Minas, separando-se a região da Capitania de São Paulo.
- Descoberta rica jazida de ouro em terras de Mato Grosso, que dá origem à Vila de Cuiabá.
1721. Incentivados pelo governo da Capitania de São Paulo, Bueno Filho e João Leite da Silva formam expedição à procura de ouro em Goiás.
1725. Criado o imposto de capitação, que recai sobre escravos produtivos ou não, maiores de 14 anos, ou sobre o minerador quando este os não possuísse.
1727. Inicia-se a mineração de ouro no vale do Rio Araçuaí.
1729. Noticiada oficialmente a descoberta de diamantes no Tejuco, atual Diamantina, pelo Governador das Minas, Dom Lourenço de Almeida. Descoberta de ouro em Goiás (Serra Dourada, Arrais, Conceição e Cavalcanti).
1730. Cai o preço dos diamantes no mercado europeu, em função da produção diamantífera do Brasil.
1731. A Coroa Portuguesa proíbe a exploração de diamantes no Brasil.
1732. Descobertos diamantes na Bahia.
1733. Criada a Demarcação Diamantina, com o objetivo de assegurar à Coroa Portuguesa o monopólio na exploração dos diamantes.
1734. Grande prosperidade nas povoações próximas ao Tejuco (Diamantina), devida à exploração de diamantes no Rio Manso (Penha, Araçuaí, Rio Preto, Gouveia, Curimataí e Pouso Alto). O minerador deveria garantir 100 arrobas anuais de ouro à Coroa portuguesa, podendo o fisco recorrer, se necessário, à "derrama" (cobrança violenta de impostos), para completar a cota. Descoberta de ouro na chapada de São Francisco Xavier, Mato Grosso.
1735. Fundados os arraiais de Barra, Santana, Ferreiro, Ouro Fino, Anta, Santa Cruz, Guarinos e Meia Ponte (atual Pirenópolis), que constituem o núcleo minerador inicial em Goiás.
1736. Descoberta de ouro em São Félix, Goiás. 1737. Descoberta de ouro em Jaraguá, Goiás.
1740. Descoberta de diamantes em Goiás, nos Rios Claro e Pilões. Estabelecido o sistema de contratação, pelo qual o direito de lavra passava a ser dado a um único concessionário, reservando-se a Coroa portuguesa o direito exclusivo de compra dos diamantes.
1748. Goiás e Mato Grosso foram elevados à categoria de capitania.
1749. Descoberta de ouro em Cocais, Goiás. I750. O imposto de capitação é extinto por D. José I, Rei de Portugal, a pedido do Marquês de Pombal, Sebastião José de Carvalho e Melo.
1752. Criada uma casa de fundição em Vila Boa (hoje, o Município de Goiás, ou "Goiás Velho"), Goiás.
1754. Estabelecida uma casa de fundição em São Félix, transferida em 1719 para Cavalcanti, Goiás.
1760. Provável data da descoberta do topázio amarelo em Vila Rica, Minas Gerais. Descobertos cristais de berilo, crisoberilos, topázios azuis e brancos, e turmalinas verdes, em Itamarandiba, Americanos e Piauí, Minas Gerais.
1772. Criada uma empresa estatal denominada Real Extração, que passa a explorar diretamente os diamantes.
1777. O Marquês de Pombal afasta-se dos cargos que ocupava no Governo de Portugal. A capital da Colônia é transferida de Salvador para o Rio de Janeiro, buscando maior controle administrativo da região sul.
1780. O Governador de Minas sugere à Coroa portuguesa a implantação de uma empresa siderúrgica.
1784. Achado o meteorito de Bendengó, no sertão baiano, por Bernardino da Mota Botelho.
1785. O Governo português declara fora da lei a fabricação de jóias e de qualquer manufatura na Colônia, e ordena a destruição de todos os fomos existentes.
1789. Movimento da Inconfidência Mineira, com objetivos de independência da Colônia. É inspirado nos ideais da Revolução Francesa e na independência dos Estados Unidos.
179I. James Hutton, um dos fundadores da geologia moderna, lê perante a Sociedade Real Britânica um trabalho sobre a flexibilidade da Brazilian stone.
1792. Criada, no Rio de Janeiro, a Real Academia de Artilharia, Fortificação e Desenho, que deu início ao ensino de Engenharia no País.
1803. Fechada a Real Extração de Diamantes. Elaborado um conjunto de medidas no Governo de D. João VI, em que se pretendia recuperar a economia mineral brasileira.

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