Energia Brasil: investimentos chineses superam US$35 bilhões
Quando se trata de energia os chineses não brincam.
Os números discutidos nesta matéria refletem uma parceria extraordinária entre Brasil e China que corresponde ao equivalente a 577.5 milhões de barris de petróleo a preço atualizado de US$61/barril: quase um ano da produção total de petróleo brasileira.
Somente nos primeiros cinco meses de 2015 o Brasil exportou três vezes mais petróleo para a China que o mesmo período de 2014.
A China não se tornou a maior consumidora de petróleo do Brasil da noite para o dia.
Assim como a Shell, recentemente, os chineses adotaram uma estratégia de flanqueamento e entraram, literalmente pela porta dos fundos no pré-sal, consolidando uma fortíssima presença:
Vejam só como os chineses conseguiram investir um tsunami de US$35,23 bilhões, no petróleo brasileiro:
1-Em 2010 a Sinopec investiu US$7,1 bilhões nas áreas que a espanhola Repsol YPF SA tinha no pré-sal.
2-No mesmo ano a Sinopec comprou 30% da portuguesa Galp Energia no Brasil por US$5.2 bilhões.
3-Ainda em 2010 a Sinochem comprou a participação de 40% do campo Peregrino da norueguesa Statoil, por US$3,1 bilhões.
4-Em 2009 o Banco da China emprestou para a Petrobras US$10 bilhões. Parte do pagamento será feito à Sinopec em óleo.
5-Em 2013 a Sinochem comprou 35% do Bloco BC-10, da Petrobras por US$1,43 bilhões.
6- Em 2013 a China National Petroleum Corp (10%) e a China National Offshore Oil Corp (10%) ganharam, em um consórcio com a Petrobras (40%) , Shell (20%) e Total (20%), 35 anos de produção do megacampo de Libra. Os chineses entraram com US$1,4 bilhões a vista.
7-Em 2015 o Banco de Desenvolvimento da China já assinou com a Petrobras dois contratos de investimento que totalizam US$5 bilhões.
8-Ainda em 2015 o mesmo banco chinês assinou um contrato de empréstimo para a Petrobras de US$2 bilhões.
Não é sonho, a participação da China no setor energético brasileiro é concreta.
E isso é apenas a ponta do iceberg. Vários grupos chineses estão, ainda, negociando com a Petrobras e até com as grandes empresas brasileiras a entrada em negócios de energia, sondagens, plantas, refinarias e infraestrutura.
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