LÁPIS-LAZÚLI |
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Gema
extremamente apreciada desde os mais remotos tempos, o lápis-lazúli
era utilizado pelas antigas civilizações suméria e egípcia não só em
peças de joalheria, como também em amuletos e objetos decorativos,
como esculturas e escaravelhos encontrados em tumbas reais e
faraônicas. Foi também utilizado como cosmético pelas mulheres
egípcias, em sombras para os olhos.
Mais
recentemente, no início do século XX, o artista e joalheiro Peter
Carl Fabergé utilizou esta gema em muitas de suas principais obras,
dentre as quais em um dos famosos 58 ovos confeccionados por encomenda
do czar Nicolau II, da Rússia.
Uma
das raras exceções entre as gemas, o lápis-lazúli não se trata de um mineral,
mas de uma rocha composta por espécies de cor azul vívido como a lazurita, a
haüyna (ou haüynita) e a sodalita, todas possuindo a fórmula geral
(Na,Ca)8(Al,Si)12O24X, onde X = SO4
para a haüyna, (S,SO4) para a lazurita e Cl2 para a
sodalita. Estes minerais estão intimamente misturados a outros, como calcita, de
coloração branca; pirita, de cor amarela e brilho metálico; e
diopsidio.
Possui
dureza 5 ½, peso específico 2,75 (± 0,25) g/cm3 e índice de
refração médio de 1,500, obtido pelo método de visão distante. O lápis-lazúli
exibe fluorescência alaranjada ou da cor de cobre em manchas sob luz
ultravioleta de ondas longas e de coloração esbranquiçada sob ondas
curtas.
Historicamente
e ainda hoje, o distrito de Badakshan, no Afeganistão, é o maior
produtor e local de onde é extraído o material de melhor qualidade, há
pelo menos 6.500 anos. O primeiro registro histórico do depósito
coube ao viajante veneziano Marco Polo, no século XIII.
Outras
importantes fontes desta gema são o Chile, onde é explorada desde o
início do século XX na região de Coquimbo, na Cordilheira dos Andes,
próximo à fronteira argentina, além de Myanmar, Tajikistão, Rússia e
Estados Unidos. Os exemplares destes países costumam apresentar muitas
porções ou veios de calcita que as depreciam, além de raramente
exibirem o característico tom azul-ultramarinho dos afegãos.
Os
jazimentos desta gema ao redor do mundo têm em comum o fato de
estarem situados a elevadas altitudes, em locais inóspitos e, em razão
disto, geralmente possuem produção sazonal.
O
lápis-lázuli foi obtido por síntese, com ou sem pirita, pelo
fabricante francês Pierre Gilson, em 1976. Apesar de seu aspecto
convincente, é mais poroso e, consequentemente, possui menor densidade
que o material de origem natural. O produto sintético possui textura
granular mais uniforme e efervesce mais facilmente em contato com
ácido clorídrico diluído.
O
lápis-lazúli é frequentemente tingido para intensificar sua cor e
tornar menos perceptíveis os veios de calcita branca existentes. O
tratamento é detectável ao observar-se a distribuição da cor,
concentrada em fraturas, ou ao esfregar-se um chumaço de algodão
embebido em acetona, caso não tenha sido aplicada cera ou resina
incolor após o tingimento. As ceras incolores são utilizadas para
dissimular fraturas, melhorar o polimento superficial e evitar que a
tintura extravase; sua presença pode ser revelada ao tocar a
superfície do material com uma ponta metálica aquecida.
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domingo, 7 de junho de 2015
LÁPIS-LAZÚLI
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