domingo, 7 de junho de 2015

PERIDOTO

PERIDOTO




Conhecida desde 1.500 a.C, a fonte histórica desta bela gema é a Ilha de Zeberget, no Mar Vermelho, localizada próxima à costa do Egito, hoje em dia esgotada.

A designação peridoto deriva do francês arcaico peritot, de origem incerta. Supõe-se que seja uma corruptela da palavra árabe faradat, significando gema.
Olivina é o termo criado pelo mineralogista A. G. Werner em 1790 e, desde então, utilizado pelos geólogos e mineralogistas para referir-se ao peridoto, devido a sua característica cor verde-oliva, mas que pode, igualmente, ser verde amarelada, verde amarronzada ou mesmo marrom. A olivina é, em realidade, um grupo de espécies minerais que têm na forsterita e na fayalita seus membros mais conhecidos.
Apesar do peridoto não ter brilho ou dispersão notável, consegue exercer enorme fascínio sobre o Homem e isto se deve quase unicamente à inimitável exuberância que pode alcançar sua cor, através da qual é facilmente reconhecível.
Outro traço característico do peridoto e que o torna prontamente identificável com auxílio de uma lupa de 10 aumentos é o efeito de duplicação das arestas do pavilhão quando observadas através da mesa. Este fenômeno é decorrente de sua elevada birrefringência que, em termos numéricos, equivale a 0,036 a 0,038.
Seu peso específico é 3,34 g/cm3 (- 0,06 a + 0,14) e seus índices de refração são 1,654 - 1,690 (- 0,004 a + 0,013).
O peridoto é transparente a translúcido e, por esta razão, normalmente lapidado em facetas. Possui brilho vítreo e, em termos de composição química, trata-se de um silicato de magnésio e ferro que se cristaliza no sistema ortorrômbico.
Possui dureza 6 ½ a 7,  o que lhe confere uma certa tendência ao desgaste que, somada a sua fragilidade, faz desta uma das mais delicadas gemas.
O espectro de absorção do peridoto, devido ao ferro, é sempre um ensaio conclusivo para a identificação desta pedra preciosa. Ele consiste de 3 amplas bandas de absorção na região do verde-azul, centradas em 453, 473 e 493 nm, das quais pelo menos uma é sempre visível.
O peridoto é inerte à luz ultravioleta e apresenta um cenário de inclusões características, entre as quais se destacam os halos de decrepitação que circundam cristais negativos (conhecidos como pegadas de flor-de-lis), inclusões gasosas naturais e inclusões minerais, frequentemente envoltas por fraturas de tensão, sobretudo de cromita, espinélio, diopsídio, hercinita, granada e micas.
É oportuno mencionar que o peridoto pode perder seu polimento em contato com ácidos sulfúrico ou clorídrico, bem como fraturar-se por aquecimento rápido ou desigual.
O peridoto tem ampla ocorrência na Terra e, possivelmente, até dispersa pelo Universo, uma vez que é encontrado com freqüência em meteoritos e foi um dos minerais cujas amostras foram coletadas na Lua pelas missões espaciais norte-americanas Apolo 11 e Apolo 12.
O material de qualidade gemológica procede principalmente do Paquistão, Mianmar (ex-Birmânia), China e EUA (Arizona). No Brasil, até onde sabemos, a produção é ocasional e provém das rochas peridotíticas dos municípios de Teófilo Otoni, Conceição do Serro, Patrocínio e Bonsucesso, todos em Minas Gerais.
Exemplares de peridoto com tons muito escuros podem adquirir tonalidades mais claras e atraentes mediante tratamento térmico.
Não há peridoto sintético com produção comercial. No entanto, a forsterita, membro da série da olivina, quando obtida por síntese, tem sido utilizada como substituto da tanzanita.

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