PÉROLAS 2ª parte - Breve histórico
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As
pérolas estão presentes com destaque em muitas culturas desde os mais
remotos tempos da Humanidade, por seu fascínio e características
únicas. Muito contribuiu para esta longínqua admiração o fato de que
estas gemas são utilizadas em seu estado natural, não necessitando que o
Homem as aprimore para revelar sua beleza. Por esta razão, são
simbolicamente consideradas um presente da Natureza.
Nunca
se saberá quem teve o privilégio de vê-las pela primeira vez nem onde,
mas provavelmente tratava-se de alguém em busca de alimento ao longo
de algum rio ou orla marítma. Curiosamente, algumas cuturas tinham
tanto ou mais apreço pelas conchas que pelas próprias pérolas.
Até onde sabemos, as mais antigas evidências arqueológicas de pérolas têm aproximadamente 6.000 anos e foram encontradas na região do Golfo Pérsico, onde os mortos eram, em algumas ocasiões, enterrados com uma pérola disposta em uma de suas mãos.
Os
mais antigos manuscritos hoje conhecidos com menção às pérolas são
chineses e datam de aproximadamente 2.350 A.C.. Há uma ode às pérolas
de autoria de Confúcio e testemunhos de aproximadamente 1.000 anos
dando conta da popularidade de figuras do Buda recobertas por nácar.
As
antigas culturas do Oriente Médio, Índia e Pacífico Sul parecem ter
sido as que primeiro admiraram e utilizaram as pérolas como adorno,
provavelmente devido à proximidade com as principais fontes históricas
desta gema, respectivamente o Golfo Pérsico, o Estreito de Manaar -
localizado entre Índia e Sri Lanka - e as Ilhas da Polinésia Francesa.
Segundo o historiador romano Plínio, o Estreito de Manaar era, em seu
tempo, a mais importante fonte de pérolas.
O
interesse pelas pérolas disseminou-se pelo Mediterrâneo durante os
Impérios Romano e Bizantino a ponto de, ainda por volta de 100 A.C.,
ter-se já convertido em moda.
Par de brincos com pérolas cultivadas Mabe (à esquerda) Fotografia: Luiz Antônio Gomes da Silveira
À
medida que as antigas rotas comerciais entre a Ásia e a Europa
gradualmente se expandiam e que os cruzados passaram a trazer estas
gemas do Oriente, seu uso difundiu-se também pelo restante da Europa a
partir do século XI.
Com
o passar dos anos, Lisboa e Sevilha tornaram-se os maiores centros
europeus de comercialização de pérolas provenientes do Golfo Pérsico,
Índia e Caribe.
Nas
Américas pré-colombianas, sabe-se que Incas e Astecas tinham grande
apreço pelas pérolas por sua beleza e supostos poderes mágicos.
Colonizadores relataram ter encontrado nativos do Novo Mundo de posse
de formidáveis peças confeccionadas com pérolas. Entre eles,
acredita-se que os norte-americanos das regiões próximas à costa do
Atlântico e dos leitos dos rios Mississipi, Tennessee e Ohio tenham
sido os primeiros a coletá-las e utilizá-las.
O
Golfo Pérsico e sobretudo a costa de Bahrain, foi a principal fonte de
pérolas durante mais de 2.200 anos, de aproximadamente 300 A.C. até
meados do século XX.
Além
das já citadas, outras importantes fontes históricas de pérolas
naturais são o Mar Vermelho, Golfo de Oman, costas noroeste, norte e
nordeste da Austrália, costa sul de Mianmar, Venezuela (Ilha
Margarita), México, Golfo do Panamá, Colombia, China, Filipinas,
Papua-Nova Guiné, Bornéu e Japão.
As
principais fontes históricas de pérolas de água doce são os rios da
Europa, sobretudo da Inglaterra, Escócia, País de Gales, Irlanda e
França; e a América do Norte, particularemente os EUA, onde se destacam
o rio Mississipi e seus afluentes.
Século XX e primeira década do século XXI
A
situação se agravou com a Grande Depressão de 1929, a descoberta dos
campos de petróleo na região e os consequentes danos ambientais de sua
exploração, alterarando drasticamente o panorama mundial desta gema.
Grande parte da mão-de-obra antes empregada no mergulho para coleta de
pérolas deslocou-se para a indústria do óleo, mais estável e segura.
O
advento das técnicas de cultivo de pérolas ocorreu em um momento
crítico de indisponibilidade de pérolas naturais e, com o passar dos
anos e seu aprimoramento, a oferta de cultivadas se sobrepôs largamente
à de naturais, alterando para sempre o mercado de pérolas.
Modelo usa peças com pérolas cultivadas Fotografia: Cibele Andrade Joias
Quase
nada restou da atividade de mergulho para coleta de pérolas, hoje
restrita a colecionadores amadores ou caçadores de tesouros. A atua
produção de pérolas naturais é desprezível, de modo que os exemplares
disponíveis geralmente fazem parte de patrimônios ou coleções
particulares.
As
pérolas naturais são hoje em dia, possivelmente, mais raras que em
qualquer outro período da História, causando a valorização dos ítens de
muito boa qualidade, adquiridos praticamente apenas por colecionadores
ou connoisseurs, bem como por cidadãos de culturas que
conferem especial valor às pérolas naturais, como é o caso daqueles de
diversas nações árabes.
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domingo, 7 de junho de 2015
PÉROLAS 2ª parte - Breve histórico
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