Rio Tinto e Anglo American as piores compradoras de ativos do mundo mineral
Uma das formas mais rápidas e eficientes de destruir o valor de uma empresa é a compra de um ativo-bomba. Ativo-bomba, na mineração, é aquela mina ou empresa adquirida que vale menos do que o valor pago na transação.
O que poucos sabem é que a compra de ativos-bomba é muito mais comum do que parece.
Um relatório feito pelo Citi mostra que as grandes empresas de mineração tiveram que depreciar o seu patrimônio em mais de US$110 bilhões, nos últimos oito anos, graças à aquisições mal feitas.
É uma sucessão de erros, muitas vezes primários, que levaram estas grandes empresas a comprar verdadeiros ativos-bomba.
As mineradoras que levam o desonroso título de campeãs são a Rio Tinto e a Anglo American.
A Rio imortalizou o pior negócio da mineração da história: a compra da canadense Alcan em 2007. Com esse péssimo negócio a megamineradora destruiu US$25 bilhões de seu valor em apenas uma canetada.
Foi, também a condenação de seu CEO o geólogo Tom Albanese.
As estatísticas da Rio Tinto são horrendas no quesito aquisição: os seus ativos tem uma depreciação média, após a compra de incríveis 34%.
Não muito atrás da Rio Tinto vem a Anglo American, a segunda pior do mundo. A Anglo tem, em média, 23% de desvalorização de seus ativos após a compra. A mineradora fez um dos piores negócios do planeta ao comprar do empresário Eike Batista os ativos do Amapá e do Rio-Minas.
O que o relatório do Citi mostra, de forma clara, é que as maiores mineradoras não sabem comprar. Em média elas têm 18% de seus ativos desvalorizados após as compras.
Um frenesi de destruição de valor.
A BHP, por exemplo, teve uma desvalorização média de 12,5% .
Já a nossa Vale foi bem mais precisa nas suas aquisições, que sofreram uma desvalorização média de “apenas” 8,5% .
Segundo o Citi o festival de horror ainda não acabou. Devem surgir mais desvalorizações significativas nas aquisições de carvão que irão mudar o panorama das piores compradoras da mineração...
Se a Petrobras estivesse na lista do Citi ela, possivelmente, seria a primeira. Só em um ano (2014) a nossa estatal teve que desvalorizar mais de US$20 bilhões de seus ativos...
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