TURMALINAS CUPRÍFERAS
DO BRASIL, NIGÉRIA E MOÇAMBIQUE 3ª Parte - SUBSTITUTOS |
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Como
as turmalinas não são obtidas por síntese
para fins gemológicos, mas apenas experimentalmente e com
objetivos tecnológicos, outras gemas naturais, compostas
e imitações têm sido utilizadas com esta finalidade.
Os
mais eficazes substitutos são, evidentemente, as turmalinas
naturais não-cupríferas de cores algo similares
às das legítimas elbaítas da Paraíba.
Embora não apresentem a saturação vívida
destas, ocasionalmente suscitam dúvidas quanto a sua identidade
(cupríferas ou não), o que, infelizmente, não
pode ser conclusivamente diagnosticado apenas por meio de ensaios
gemológicos usuais.
A
apatita que, na realidade, trata-se de um grupo de minerais, é
a segunda gema natural mais utilizada como substituto da turmalina
da Paraíba. Este fosfato de cálcio e flúor
é empregado, principalmente, como fertilizante, nas indústrias
química e farmacêutica e, em muito menor proporção,
destinado à joalheria. Os exemplares azuis e azuis esverdeados
de qualidade gemológica provenientes, sobretudo, de Madagascar,
do Brasil e de Mianmar possuem aspecto e tons bastante similares
aos da turmalina da Paraíba. A distinção
entre a apatita e a turmalina é simples quando se dispõe
de instrumentos gemológicos básicos, pois, embora
estas duas gemas apresentem índices de refração
próximos, sua birrefringência, peso específico
e espectro de absorção (se presente) são
bastante diferentes.
A
apatita apresenta um suprimento relativamente grande, geograficamente
diversificado e regular. O inconveniente em utilizá-la
em larga escala na indústria joalheira reside no fato de
que sua dureza é de apenas 5 na Escala de Mohs, semelhante
à do vidro, o que significa que possui brilho menos intenso
e é muito mais facilmente riscável que a turmalina,
apresentando, portanto, menor durabilidade que esta. Em vista
disso, é recomendável empregá-la na confecção
de peças de joalheria menos sujeitas ao contato com outras
superfícies, principalmente na forma de brincos ou pingentes,
e menos aconselhável em anéis e pulseiras.
Recentemente,
apareceram no mercado brasileiro zircônias cúbicas
de cor azul “neon” muito similar à da turmalina
da Paraíba. Felizmente, elas são facilmente identificáveis
por sua densidade muito superior à da turmalina, sua natureza
isótropa (comporta-se de forma distinta ao exame no polariscópio,
extinguindo a luz por completo), por apresentarem leitura negativa
no refratômetro (o índice de refração
da zircônia cúbica é superior ao limite do
instrumento) e por não exibirem o cenário típico
de inclusões das turmalinas, caracterizado por inclusões
fluidas, tubos de crescimento e/ou minerais.
Outros
substitutos menos eficazes, mas vistos com enorme freqüência
no mercado, por se tratarem de materiais de baixo custo, são
os vidros artificiais e as gemas compostas (dobletes e tripletes).
Os
vidros artificiais que imitam a turmalina da Paraíba possuem
peso específico e índice de refração
variáveis segundo a composição, mas geralmente
muito inferiores aos da turmalina, apresentam completa extinção
da luz no polariscópio (por sua natureza monorrefringente)
e costumam exibir forte reação à luz ultravioleta
(sobretudo de ondas curtas). Além disso, com uma simples
lupa de 10 aumentos, pode-se observar o quadro de inclusões
característico dos vidros artificiais, com bolhas de gás
esféricas e/ou alongadas e estruturas resultantes da distribuição
heterogênea dos seus constituintes, conhecidas como “marcas
de redemoinho”, ausentes na turmalina.
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domingo, 7 de junho de 2015
TURMALINAS CUPRÍFERAS DO BRASIL, NIGÉRIA E MOÇAMBIQUE 3ª Parte - SUBSTITUTOS
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