Arbusto africano indica locais em que pode haver diamantes
Há até pouco tempo, nem mesmo os botânicos devotavam atenção especial ao arbusto Pandanus candelabrum.
Pelo menos não até que uma particularidade bastante curiosa desse
arbusto africano se tornou conhecida: a sua capacidade de indicar locais
em que há mais potencial para a existência de diamantes.
Basicamente, os diamantes são formados em grandes profundidades pela ação conjunta de pressões e temperaturas elevadas. O mineral é então trazido à superfície em crostas localizadas no interior de intrusões da rocha ígnea conhecida como kimberlito. Dessa forma, onde há kimberlito, há grande possibilidade de haver diamantes — e onde há Pandanus candelabrum, é provável que exista kimberlito.
Geólogos acreditam que a Pandanus candelabrum cresça apenas em locais ricos em kimberlito.
Conforme destacou o mineralogista da Youssef Diamond Mining Company, Stephen Haggerty, em estudo publicado no periódico Economic Geology, a P. candelabrum parece crescer apenas em locais ricos em kimberlito — de maneira que a planta deve facilitar o processo de encontrar veios de kimberlito em meio aos arbustos africanos. “Os caçadores de diamantes vão saltar sobre ele feito doidos”, afirmou outro geólogo, Steven Shirey, especialista em diamantes da Carnegie Institution for Science em Washington, D.C. (EUA).
Amostra de kimberlito: a rocha ígnea é responsável por trazer os diamantes à superfície.
Já a chamada “pluma de príncipe” normalmente indica a existência de selênio, enquanto que o zimbro aparece associado ao urânio e a “cavalinha” a veios de ouro. No caso particular dos metais, o que ocorre é que determinadas plantas acabam por se adaptar a solos particularmente ricos, embora outras sejam efetivamente capazes de concentrar determinado metal em seus tecidos.
Erva conhecida como "cavalinha" pode indicar a presença de jazidas de ouro no solo.
No caso particular do P. candelabrum, pode se tratar de uma adaptação aos solos ricos em magnésio, potássio e fósforo em que normalmente é encontrado o kimberlito — o qual, conforme calhou, é capaz de abrigar um dos minerais de maior valor comercial do globo.
Basicamente, os diamantes são formados em grandes profundidades pela ação conjunta de pressões e temperaturas elevadas. O mineral é então trazido à superfície em crostas localizadas no interior de intrusões da rocha ígnea conhecida como kimberlito. Dessa forma, onde há kimberlito, há grande possibilidade de haver diamantes — e onde há Pandanus candelabrum, é provável que exista kimberlito.
Geólogos acreditam que a Pandanus candelabrum cresça apenas em locais ricos em kimberlito.
Conforme destacou o mineralogista da Youssef Diamond Mining Company, Stephen Haggerty, em estudo publicado no periódico Economic Geology, a P. candelabrum parece crescer apenas em locais ricos em kimberlito — de maneira que a planta deve facilitar o processo de encontrar veios de kimberlito em meio aos arbustos africanos. “Os caçadores de diamantes vão saltar sobre ele feito doidos”, afirmou outro geólogo, Steven Shirey, especialista em diamantes da Carnegie Institution for Science em Washington, D.C. (EUA).
Amostra de kimberlito: a rocha ígnea é responsável por trazer os diamantes à superfície.
Plantas e preciosidades subterrâneas
Embora o Pandanus candelabrum seja o primeiro arbusto associado à localização de diamantes, o costume de rastrear pedras preciosas e minerais/metais de relevância econômica por meio de plantas já vem de longa data. Entre as plantas que podem fornecer indícios do que há sob a superfície, há, por exemplo, a florescência Haumaniastrum katangense, normalmente encontrada em territórios ricos em cobre.Já a chamada “pluma de príncipe” normalmente indica a existência de selênio, enquanto que o zimbro aparece associado ao urânio e a “cavalinha” a veios de ouro. No caso particular dos metais, o que ocorre é que determinadas plantas acabam por se adaptar a solos particularmente ricos, embora outras sejam efetivamente capazes de concentrar determinado metal em seus tecidos.
Erva conhecida como "cavalinha" pode indicar a presença de jazidas de ouro no solo.
No caso particular do P. candelabrum, pode se tratar de uma adaptação aos solos ricos em magnésio, potássio e fósforo em que normalmente é encontrado o kimberlito — o qual, conforme calhou, é capaz de abrigar um dos minerais de maior valor comercial do globo.
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