Estelionato?: todo o ouro produzido na Venezuela deverá ser vendido ao Banco Central a preço 80 vezes menor do que a cotação internacional
A Venezuela está tentando de todas as maneiras enxugar a sua economia capenga e corroída pela inflação.
Em 2014 a inflação oficial foi de 68,5% com a alimentação aumentando mais de 100%. Em 2015 as coisas estão muito piores.
A cotação do dólar, que é um indicador razoavelmente fidedigno mostra que um dólar, no câmbio negro, vale mais do que 500 bolívares venezuelanos. O país está à beira do caos, mas o governo continua mantendo um câmbio oficial absolutamente irreal de 1USD por apenas 6,3 bolívares...
A situação é dramática e o governo está aumentando até a gasolina subsidiada: na Venezuela dá para encher um tanque de 60 litros por três reais...
O aumento do combustível e até a venda de refinarias são formas de sobrevivência encontradas pelo governo de Maduro.
A última tentativa de Maduro é controlar a produção de ouro com mão de ferro, através da imposição da venda do metal ao Banco Central.
A estratégia visa abocanhar, quase que totalmente, a produção de ouro do país: o governo vai comprar o ouro com o câmbio do dólar oficial (6,3 bolívares) e vender o ouro ao câmbio real paralelo (500 bolívares). Ou seja: o governo estará comprando todo o ouro produzido na Venezuela pelo equivalente a US$15 por onça, quase nada deixando para o produtor.
É isso mesmo: Maduro pretende comprar cada onça de ouro, cotada a US$1.156,00 por 80 vezes menos (US$15/oz).
Coisas que só acontecem em países ditatoriais de terceiro mundo, como a Venezuela bolivarista, um modelo citado por muitos, aqui no Planalto...
O que iremos ver é, infelizmente, o aumento do contrabando de ouro e das tensões sociais.
Obs: aqui no Brasil a obtenção para si ou para outro, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, mediante artifício, ardil ou qualquer outro meio é o sinônimo de estelionato, um crime conforme o Código Penal Brasileiro.
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