quinta-feira, 30 de julho de 2015

O Ciclo do Ouro não acabou em Minas

O Ciclo do Ouro não acabou em Minas

Estado é responsável por dois terços das exportações brasileiras do metal. A produção é tão volumosa quanto a do auge do século 18



A busca pelo ouro está na gênese da colonização de Minas Gerais. A História conta como, no fim do século 18, depois de décadas de exploração, o fim das reservas gerou uma grave crise econômica. Mas a verdade é que, duzentos e trinta anos depois do encerramento do chamado Ciclo do Ouro, o Estado continua ganhando dinheiro com a venda do metal precioso. Daqui saem dois terços das exportações brasileiras de ouro.
Entre 2012 e 2013, Minas enviou 16,3 toneladas de ouro para o exterior, um volume equivalente ao do auge da produção no século 18. Esse comércio movimentou mais de 2 bilhões de dólares. Os métodos, claro, em nada lembram os métodos da época de Tiradentes: em Nova Lima, de onde sai a maior produção de ouro em Minas Gerais, máquinas de alta tecnologia extraem o metal a uma profundeza de até 3.000 metros. Em Paracatu (MG), outro polo de exploração aurífera na região norte do Estado, a gigantesca área de mineração ocupa quase tanto espaço quanto o centro da cidade. Uma coisa não mudou: a maior parte do ouro produzido aqui continua sendo enviada para a Europa.

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