sexta-feira, 3 de julho de 2015

Ouro de Tolo: Do bamburro ao blefo, Garimpo Remanso dos Macacos não passou de ilusão

Ouro de Tolo: Do bamburro ao blefo, Garimpo Remanso dos Macacos não passou de ilusão

No início da exploração garimpo chegou a ter 80 balsas explorando ouro

Garimpo chegou a ter 80 balsas explorando ouro
Garimpo chegou a ter 80 balsas explorando ouro
Raul Seixas cantou em um dos seus versos o falso brilho do Ouro de tolo. Do sonhado bamburro o blefo e o que surgiu em pleno estado de euforia como mais uma promissora ”fofoca” acabou precocemente deixando atrás um rastro de desolação. No afã de enriquecer da noite pro dia muitos se aventuraram comprando equipamentos e instalando sua balsa no Garimpo Remanso dos Macacos, na região do Periquito, em Itaituba – Pará.
Teve garimpeiro que ficou endividado em mais de cem mil reais no comércio de Itaituba. A nova corrida do ouro atraiu pessoas de Rondônia, Roraima, Amazonas, do Sudeste, Nordeste do Brasil e de várias regiões do Pará que apostavam num iminente bamburro. No frenesi do “ouro de tolo” às margens do Rio Tapajós chegaram a flutuar cerca de 80 balsas. Hoje o cenário é de completa desolação, restando ainda cinco heróicos utópicos garimpeiros que ainda acreditam que vão conseguir extrair ouro em quantidade expressiva.
Quando a corrida do ouro foi iniciada eram extraídas de 100 a 120 gramas por dia, mas essa quantia foi exaurindo atingida a pífia marca de duas gramas apenas, aonde teve um garimpeiro que investiu sessenta mil reais e consegui relés 30 gramas. Muitos já planejavam implantar, bares, cabarés, enfim, pela movimentação parecia que iríamos viver uma nova etapa de bamburro como foi comum nas décadas de 80 e 90. Com o blefo a área explorada virou um cemitério de motores, mangueiras e outros equipamentos abandonados pelos sonhadores garimpeiros traídos pelo afã da riqueza fácil.
Após a ilusão de ouro fácil, garimpeiros deixam o local
Após a ilusão de ouro fácil, garimpeiros deixam o local
Avaliando o episódio, o vereador Luiz Fernando Sadeck dos Santos (Peninha), disse que de fato alguns se precipitaram e a região já estava causando polêmicas pela quantidade súbita de exploradores de ouro que se dirigiram para o garimpo. Peninha esteve várias vezes no garimpo dando apoio aos garimpeiros que em sua maioria eram de outras e regiões e uma parte aqui de Itaituba. A primeira fofoca da corrida do ouro em Itaituba ocorreu em 1958 no chamado Rio das Tropas localizado em Jacareacanga, na época ainda pertencendo ao território Itatubense tendo na figura de Nilson Pinheiro seu pioneiro explorador. A marca histórica da região do Tapajós que já foi considerada o maior centro de exploração aurífera do mundo dessa vez se tornou um fiasco.

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