A seca ameaça a mineração e a economia da Zâmbia
A Zâmbia, o berço do Copperbelt, é famosa pela geologia espetacular e por suas gigantescas jazidas de cobre, mas a pior seca em trinta anos está colocando o país de joelhos.
Até pouco tempo atrás o país era conhecido por ter uma distribuição de eletricidade confiável graças às linhas de transmissão e as suas grandes hidrelétricas.
Assim como no Brasil a Zâmbia apostou quase todas as fichas nas hidrelétricas que hoje, por falta de água, não estão produzindo o suficiente para manter as principais indústrias e mineradoras em operação.
A economia do país africano se aproxima do caos.
Graças a falta de energia a junior canadense First Quantum Minerals está sendo obrigada a, praticamente fechar uma das mais importantes minas de cobre do país: a Sentinel.
Esta jazida produz em torno de 270.000 toneladas de cobre ao ano em uma mina de 55Mt de ROM anual.
Caso a Sentinel feche, pelo menos 1.500 trabalhadores serão demitidos e a economia da Zâmbia sofrerá mais um forte impacto negativo.
O mesmo fenômeno afeta outras mineradoras como a Vedanta Resources que pode, também, paralisar a mina Konkola, a maior mina de cobre da Zâmbia que produz dois milhões de toneladas de concentrado de cobre por ano.
O que vemos na Zâmbia poderá, também ser visto aqui no Brasil caso a seca que assola o país se prolongue por mais alguns anos.
É o que acontece com aqueles países cuja matriz energética está centrada em apenas uma forma de geração de energia.
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