Descoberta planta que só cresce perto de diamantes, podendo ajudar a encontrar exemplares da pedra
Uma planta espinhosa da África Ocidental poderá, em breve, tornar-se a melhor amiga de um caçador de diamantes.
Isso porque, segundo uma nova descoberta, a planta parece crescer apenas sobre a rocha que pode conter as pedras preciosas.
Conhecida como Pandanus candelabrum, a planta nasce em um solo rico em kimberlito, um tipo de rocha ígnea associada aos diamantes.
P. candelabrum
é encontrada, especificamente, na Libéria, e poderia tornar-se uma
ferramenta fundamental para a descoberta de diamantes. Steven Shirey,
um geólogo e especialista em diamantes da Instituição Carnegie de
Ciência, em Washington, EUA, disse que garimpeiros ‘a procuram como
loucos’.
Outras plantas têm sido conhecidas por apontar elementos, em uma área
da ciência conhecida como geobotânico. Mas acredita-se que essa seja a
primeira espécie de planta conhecida por crescer ao longo de minas de
diamantes em potencial.
Diamantes, presentes em centenas de quilômetros no subsolo, são
trazidos à superfície por tubos de kimberlito. Stephen Haggerty, da
Universidade Internacional da Flórida, em Miami, foi o primeiro a
identificar que a planta P. candelabrum parecia crescer nestes “dutos” raros.
Apesar de longos, os tubos são escassos, e só dez por cento deles
realmente contêm diamantes, sendo que apenas dez por cento têm
diamantes de boa qualidade suficientes para valerem a pena.
A planta parece prosperar no magnésio, potássio e fósforo, nos quais o
kimberlito é rico, razão pela qual ele cresce nessas áreas. A planta
foi flagrada em vários locais de kimberlito, mas não foi encontrada em
outro lugar, sugerindo que ela apenas apareça nestas áreas, podendo
indicar potenciais fontes de diamante.
"Isso
poderia mudar radicalmente a dinâmica de exploração de diamantes na
África Ocidental, já que o mapeamento geobotânico e amostragem tem um
custo-benefício melhor em terrenos sólidos", escreveu o Dr. Haggerty em seu estudo.
Os diamantes podem ter até três bilhões de anos, e eles são
considerados pedras valiosas e caras, com preços enormes no mercado.
Eles também têm valor científico, por ser um mineral que carrega pistas
sobre as condições presentes nas profundezas da Terra.
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