Kimberlito Redondão: um vulcão adormecido no cerrado do PI
Kimberlito é um nome escolhido em homenagem
a Kimberly, África do Sul, onde essas chaminés foram encontradas pela
primeira vez. A maior parte dessas erupções ocorreu entre 1.100 milhões e
20 milhões de anos atrás. São formados a, aproximadamente, 161
quilômetros abaixo da superfície da Terra, na rocha derretida, que
proporciona a pressão e o calor (podendo exceder 1.200º C) adequados
para transformar carbono em diamante.
Por serem fonte primária do diamante, os kimberlitos despertam sempre grande interesse econômico e científico, assim como por se tratarem das rochas-mãe do precioso mineral. Entretanto, eles não são facilmente encontrados, pois ocorrem geralmente como pequenos corpos (raramente superiores a 150 metros de diâmetro).
Sob nossa situação climática, com forte calor o ano inteiro, isso é ainda mais difícil, pois em se tratando de material ultrabásico (composto por talco, clorita e tremolita), as rochas kimberlíticas são destruídas com facilidade pelo mau tempo, passando a serem confundidas com solos comuns. O que não é o caso do Redondão, um gigante adormecido no Piauí.
Situado aproximadamente a 800 quilômetros de Teresina, o material de origem kimberlítica do imponente Redondão se encontra completamente serpentinizado, desenvolvendo solos argilosos profundos. Adaptada a esses solos se percebe claramente a ocorrência de uma típica serpentine-like flora, composta predominantemente por gramíneas e arbustos, em contraste com a vegetação de maior porte desenvolvida nas áreas de rochas sedimentares.
Por serem fonte primária do diamante, os kimberlitos despertam sempre grande interesse econômico e científico, assim como por se tratarem das rochas-mãe do precioso mineral. Entretanto, eles não são facilmente encontrados, pois ocorrem geralmente como pequenos corpos (raramente superiores a 150 metros de diâmetro).
Sob nossa situação climática, com forte calor o ano inteiro, isso é ainda mais difícil, pois em se tratando de material ultrabásico (composto por talco, clorita e tremolita), as rochas kimberlíticas são destruídas com facilidade pelo mau tempo, passando a serem confundidas com solos comuns. O que não é o caso do Redondão, um gigante adormecido no Piauí.
Situado aproximadamente a 800 quilômetros de Teresina, o material de origem kimberlítica do imponente Redondão se encontra completamente serpentinizado, desenvolvendo solos argilosos profundos. Adaptada a esses solos se percebe claramente a ocorrência de uma típica serpentine-like flora, composta predominantemente por gramíneas e arbustos, em contraste com a vegetação de maior porte desenvolvida nas áreas de rochas sedimentares.
Por isso, as espécies vegetais encontradas sobre o kimberlito Redondão se apresentam mais saudáveis que as achadas no entorno. As rochas encaixantes são relativamente estéreis, devido à forte presença de alumínio e sílica.
Nas circunscrições de Alto Parnaíba (MA), Santa Filomena (PI) e, principalmente Gilbués (PI), já foram identificados vários corpos kimberlíticos, responsáveis pelos diamantes que outrora eram abundantemente encontrados naquela vasta extensão territorial, particularmente em Gilbués. Ali, nas décadas de 1940 e 1950, floresceram um importante garimpo de pedras preciosas. Segundo estudiosos do assunto, sua lavra predatória foi a principal responsável (embora não única) pelo sério processo de erosão e desertificação que hoje se verifica na região, com área superior a 30 km2 e que envolve também os vizinhos municípios de Monte Alegre e Barreiras do Piauí.
O ponto no qual se localiza o kimberlito Redondão tem clima semi-úmido, caracterizado por duas estações distintas: uma seca (de maio a outubro) e outra chuvosa (de novembro a abril), com precipitação média anual de cerca de 1.500 milímetros. A cobertura é o cerrado típico do Brasil Central, constituída por árvores baixas de troncos e galhos retorcidos, espalhadas em meio a arbustos e a um tapete de gramíneas. O contraste entre essas comunidades florísticas é mais acentuado na estação seca, época em que as gramíneas se encontram murchas e a folhagem da vegetação circundante de maior porte permanece verde.
O diatrema do Redondão, na serra das Guaribas, sudoeste piauiense, foi encontrado mais de dez corpos já identificados naquele território, uma província kimberlítica ainda muito mal conhecida. O pipe do Redondão, intrusivo em rochas paleozóicas da bacia sedimentar do Parnaíba, forma uma cratera grosseiramente circular, com cerca de 1.100 metros de diâmetro e profundidade em torno de 40 metros.
Dentro da sua enorme abertura o relevo é formado de pequenas colinas, resultado da dissecação causada pelo riacho Mateiro, que drena a área e se precipita para fora da cratera em forte quebra topográfica, superior a cem metros.
Controlado por uma empresa canadense, o kimberlito Redondão foi descoberto ainda na década de 1960, graças aos trabalhos exploratórios pioneiros da Petrobrás. É considerado estéril, por não ser portador de diamantes, haja vista esses minerais se acharem resguardados apenas em suas partes mais profundas. As camadas superiores, onde havia maiores possibilidades de conter diamantes, foram destruídas pelo intemperismo e carregadas para locais ainda desconhecidos pelos pesquisadores.
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