O que já aprendemos sobre o Cometa 67P
A missão da Nave Rosetta e do módulo Philae é uma das mais extraordinárias da história da conquista espacial. Exceto pela pouquíssima comunicação entre a Rosetta e o módulo de aterrisagem Philae, tudo correu melhor do que o esperado.
es Desde que a Philae ficou incomunicável a nave mãe Rosetta, em órbita, comandou todas as operações e testes.
Muitos dados interessantes foram coletados e muito se aprendeu sobre o Cometa 67P/Churyumov–Gerasimenko, apelidado de Chury pelos americanos da Nasa.
Quais foram as principais descobertas até o momento?
-Composição: os testes detectaram vários precursores de aminoácidos incluindo quatro compostos não detectados antes em cometas. Os precursores de aminoácidos podem formar acúcares, aminoácidos e componentes básicos da vida.
-A água encontrada no 67P é diferente da água terrestre. Ela tem uma relação deutério-hidrogênio maior do que a nossa água. Portanto esse tipo de cometa não é o responsável pela adição da água no planeta Terra.
-O cometa não tem campo magnético. Para surpresa de alguns geólogos não foi detectado um campo magnético no 67P pelos magnetômetros de bordo da Philae.
-O 67P é raro e tem duas caudas. A fonte das caudas é a sublimação do gelo (de sólido para gás) o que deixa um jato de gás e poeira chamado de cauda.
-O 67P tem uma “música” que foi detectada pelos sensores da Rosetta. O som ainda não tem uma explicação final, mas acredita-se que seja derivado da ação do vento solar sobre as rochas.
-Agora que o cometa está no ponto mais próximo do Sol (periélio) ele perde 300 quilos de água por segundo e mais de uma tonelada de poeira por segundo, daí as caudas e os efeitos vistos na fotografia.
Os números são extraordinários. O 67P está literalmente derretendo à medida que se aproxima do Sol em uma intensidade não antecipada pelos cientistas. Este fenômeno ainda vai se intensificar podendo quebrar o cometa em pedaços menores que, um dia, causarão chuvas de meteoros.
No momento a nuvem de poeira e fragmentos, próximo ao cometa é tão grande que a nave Rosetta teve que se afastar para uma órbita mais distante de 325km.
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