terça-feira, 25 de agosto de 2015

Temores contaminam bolsas mundiais. Ações das mineradoras despencam

Temores contaminam bolsas mundiais. Ações das mineradoras despencam



O mundo acordou assustado com as notícias vindas da China.

As bolsas asiáticas despencaram com o medo da desaceleração mais rápida do que o esperado da economia da segunda maior economia mundial: a China.

A bolsa de Xangai caiu 8,5% detonando um processo de pânico que atingiu a todas as bolsas mundiais.

É a pior queda diária desde 2007.

O desastre reflete a rápida queda dos mercados financeiros, a falta de liquidez no sistema bancário chinês, a depreciação do Yuan e a desaceleração da economia chinesa.

O mundo começa a desacreditar que o país conseguirá crescer 7% conforme estimado.

Novas desvalorizações do Yuan são esperadas. A cada desvalorização da moeda chinesa os produtos de exportação chineses ficam mais baratos e os importados mais caros.

Os mercados reagiram e as commodities automaticamente caíram. O minério de ferro despencou 5,03% para US$53,28/t.

O barril de petróleo, cotado abaixo de US$40, tira o sono dos membros da OPEP, reduzindo drasticamente a riqueza dos árabes, mas baixando os custos dos países importadores.

É o pior preço desde 2009.

Com esse preço a maioria dos poços de petróleo do pré-sal passam a ser inviáveis se considerados os all-in sustaining costs (AISC).

A Petrobras balança, mas sobreviverá graças às importações de petróleo e ao não atrelamento dos preços de combustíveis do Brasil aos do mercado internacional.

Bom para a Petrobras, ruim para o povo e para as ameaçadas indústrias nacionais que não verão uma redução nos preços dos combustíveis.

Do outro lado do espectro as mineradoras veem um futuro incerto com os preços das commodities em baixa.

É o caos para aqueles países que sobrevivem da exportação para a China como o Brasil, e Austrália.

As ações da Vale caem 4%, Fortescue 14,6%, BHP 4,85% e Rio Tinto despenca quase 7% .

No meio deste cenário de fim do mundo as ações das mineradoras de ouro sobem impulsionadas pela subida do ouro acima de US$1.170/onça. A maior alta é a da AngloGold Ashanti que ultrapassa 6,4%.

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