domingo, 6 de setembro de 2015

A Descoberta dos Fulerenos

A Descoberta dos Fulerenos

Bernd Eggen"Suponha que possamos encontrar um material que é centenas de vezes mais resistente que o aço. Suponha que o mesmo material também poderia ser utilizado para a construção de circuitos eletrônicos muito menores que os chips atuais de computador baseados em silício. Bem, esse material foi descoberto e eu tive a felicidade de participar de uma das equipes de cientistas que o descobriu - acidentalmente."
Bernd Eggen
A descoberta do C60 é um exemplo maravilhoso de coincidências felizes: foi uma descoberta inesperada. Nenhum dos pesquisadores envolvidos planejou "descobrir" o Fulereno, também conhecido como C60, por causa de sua molécula constituída de 60 átomos de carbono. As investigações poderiam ser descritas como "pesquisa do céu azul" ou "ciência básica" -- um tipo de pesquisa que não tem aplicação prática imediata, porém é interessante do ponto de vista científico e pode resultar em produtos úteis no futuro. Infelizmente, esse tipo de pesquisa é cada vez menos encontrado nas instituições acadêmicas atuais, nas quais a maior parte das atividades recebem apoio financeiro somente se forem "relevantes" ou "aplicadas".
Uma Galeria do Carbono
a partir da esquerda, Diamante, Grafite, Cadeia de Carbono, C60, C70 e Nanotubo

Percepção e Previsão

Os paradigmas são conjuntos de premissas fundamentais à ciência. Eles tendem a funcionar bem em um campo estabelecido, no qual ajudam descobertas posteriores, oferecendo aos cientistas uma base de conhecimentos para desenvolver a pesquisa e novas hipóteses. Porém, quando surgem novas áreas ou revoluções científicas estão prestes a ocorrer, os paradigmas podem ser derrubados, normalmente por pesquisadores jovens. O paradigma central derrubado pela descoberta do Fulereno foi a visão de que o carbono existe somente em duas formas principais: grafite e diamante.

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