sábado, 26 de setembro de 2015

ALGUNS CÉLEBRES DIAMANTES BRASILEIROS Descobertos no século XX

ALGUNS CÉLEBRES DIAMANTES BRASILEIROS
Descobertos no século XX




É muito provável que os exemplares descritos neste artigo, cuja existência tornou-se pública, constituam apenas uma parte dos espécimes de vulto que tenham, de fato, sido encontrados no século XX, pois, à medida que as condições de segurança e econômicas se deterioraram no país, cada vez menos se soube de eventuais descobertas de grandes diamantes.
Logo no início do século, em 1906, foi encontrado aquele que é considerado o terceiro maior diamante de qualidade gemológica já descoberto em nosso país, o denominado Goyás. Ao que consta, a gema pesava 600 quilates, foi lavrada no Rio Veríssimo, Município de Catalão, no estado homônimo, sendo sua história e paradeiro atual desconhecidos.
O maior diamante de qualidade gemológica encontrado no Brasil e, provavelmente, o oitavo maior jamais descoberto no mundo, é o denominado Presidente Vargas, que originalmente possuía 726,60 quilates e forma plana. Ele foi achado em 1938 no leito do Rio Santo Antônio do Bonito, região de Coromandel, no Triângulo Mineiro, e vendido no ano seguinte para o joalheiro novaiorquino Harry Winston, por US$600 mil. Esta pedra foi lapidada em 23 gemas, das quais 8 possuem corte esmeralda. A maior delas, pesando 48,26 quilates, foi mais tarde relapidada para 44,17 quilates e adotou o nome de Vargas, o mesmo da gema bruta.
1- Diamante Presidente Vargas
(computação gráfica de Jaime Barbosa, sob supervisão de Iran F. Machado)
Além do Presidente Vargas, a região de Coromandel produziu, entre 1935 e 1965, mais oito diamantes com mais de 200 quilates, cada, e outros 16 com mais de 100 quilates. Ademais, o exemplar anônimo que ocupa a segunda posição no ranking brasileiro, com 602 quilates (1994), e os que detém da quarta à sexta posição, isto é, o Darcy Vargas, com 460 quilates (1939), o Presidente Dutra, com 407,68 quilates (1949) e o Coromandel IV, com 400,65 quilates (1940) foram todos encontrados nesta região.
Em 1986, um exemplar de alta qualidade com 164 quilates foi encontrado no município de Carmo do Paranaíba, no Triângulo Mineiro, e recebeu o nome de Princesa do Carmo. No ano seguinte, um pequeno diamante vermelho pesando 0,95 ct, proveniente de uma localidade brasileira não identificada, estabeleceu o atual recorde de mais valiosa substância mineral jamais alcançado, ao ser arrematado em um leilão pela quantia de US$880 mil, o que correspondeu ao astronômico valor unitário de US$926 mil por quilate. Esta pedra e outras duas de cores algo semelhantes foram adquiridas por um colecionador de Montana (EUA) de um lapidário brasileiro, em 1956.
Nos anos de 1989 e 1990, foram noticiados os achados de dois grandes diamantes de boa qualidade na região de Juína, Mato Grosso, sendo o primeiro, de 232 quilates, descoberto no ribeirão Mutum, e o segundo, de 213 quilates, encontrado no leito do rio Cinta Larga.
Outro diamante descoberto no Brasil, que recentemente adquiriu notoriedade, é o denominado Moussaieff Vermelho, um dos 4 únicos desta cor sem qualquer tom modificador, cuja existência é pública. Até 1997, ele possuía mais que o dobro do peso de qualquer outro diamante vermelho lapidado já graduado pelo Instituto Norte-Americano de Gemologia (GIA). A gema foi adquirida de um fazendeiro brasileiro nos anos 90 e possuía, originalmente, 13,90 ct. Em seu estado atual, possui 5,11 ct, mede 11.02 x 10,57 x 6,06 mm e foi lapidada em estilo brilhante modificado e forma triangular arredondada pela empresa William Goldberg Diamond Corp., de Nova York.

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