sábado, 26 de setembro de 2015

Chapada Diamantina: muita história para contar


Um lugar com água, florestas, cavernas e pedras preciosas é com certeza um lugar especial, sendo assim e diante de centenas de pinturas e inscrições rupestre comprovamos que a região foi ocupada à milhares de anos. Porém a invasão colonizadora e escravocrata foi intensificada com a descoberta de ouro no começo do século XVIII. As ultimas tribos indígenas foram dizimadas, e através de Jacobina ao norte da Chapada e Rio de Contas sudoeste , essas foram as primeiras cidades da região. Vista da Galeria Arte e Memória em Igatu
No final do século XVIII , encontra-se na região os primeiros diamantes, provocando uma corrida de milhares de garimpeiros de todos os lados do Brasil, principalmente de Minas Gerais e do recôncavo baiano. Mucugê , Lençóis e Andaraí nasceram em berço diamantífero mas com o sangue da mão de obra escrava. Utilizando as trilhas dos índios e construindo novos caminhos na região. A Serra do Sincorá foi quase em sua totalidade revirada pelos garimpeiros, fazendo dessa região um dos lugares mais ricos do mundo. È nessa época que se encerra a escravidão e é proclamada a Republica e são encontradas jazidas diamantíferas na África.
Vista na Galeria Arte e Memória em Igatu

Texto original: Xavier Bartaburu, de Rio de Contas

A Bahia tem um coração de ouro. Enorme, pulsante e generoso como poucos. Um coração do tamanho da Holanda, encravado no centro do estado - ou 38 mil quilômetros quadrados, para ser mais exato. Incansável, bombeia a água de 90% dos rios baianos, fornece pedras preciosas e ainda recebe 80 mil visitantes por ano. Estranho mesmo é que, apesar de sua importância vital, falta muito para se conhecê-lo melhor. Bem, isso hoje. Porque há 200 anos a Chapada Diamantina era realmente o coração da Bahia. Dali saíam toneladas de ouro e diamante para a Europa e para o mundo, gerando uma riqueza como nunca mais se viu. Hoje, o tesouro que resta na Chapada é seu incomparável patrimônio natural. Mas o que poucos sabem é que essa natureza toda se estende muito além da cidade de Lençóis.
Séculos antes da chegada do turismo, a mineração foi o grande motor econômico da Chapada Diamantina. Primeiro o ouro, encontrado no século 18 em Rio de Contas e Jacobina, em seguida o diamante, cujas primeiras jazidas foram descobertas no começo do século 19 em Mucugê. Galeria Arte e Memória em Igatu 4
Peças do Museu da Galeria Arte e Memória em Igatu
Muitas das cidades da Chapada guardam, em seu casario, a lembrança daqueles tempos áureos. Por quase todo o século 19, a Bahia foi a maior produtora de diamantes do mundo. Quando foram encontradas as minas da África do Sul, em 1870, a produção decaiu e só foi salva por causa do carbonado, o chamado "diamante negro", uma raríssima variedade do diamante usada na indústria.Galeria Arte e Memória em Igatu 5
Peças do Museu da Galeria Arte e Memória em Igatu

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