Criticas e discussão ao artigo
: A solução tanto para o aspecto legal, social, ambiental e econômico: A legalização da lavra dos filões por PLG até o nível de oxidação
Em itálico, as afirmações do JO fonte de críticas
Em negrito as
criticas do nosso leitor que desejou ficar no anonimato para o público, mas que
se identificou para o JO
Em
letras normais, Tréplicas do JO:
Foto: entrada de um filão abandonado
O JO parte de afirmações que considera como verdadeiras (não são) e a partir delas tira conclusões que por conseqüência podem ser equivocadas. Vejamos:
A aluvião é grande (muitos km de comprimentos por centenas de metros de largura)
e de baixo teor, a media é 0,1 a 0,4 g/m3; milhares e milhões de metros cúbicos
tem que ser removidos para extrair o ouro e para extrair esses milhões de m3,
tem que derrubar milhares de arvores.
Não é uma regra. Tem aluvião
grande e pequeno, rico é pobre, e mais, a distribuição da mineralização no
aluvião não é uniforme, varia tanto na lateral (maior variabilidade) como na
longitudinal. No Apuí, as aluviões são pequenas e produziam dezenas de gramas
de ouro por metro cúbico.
Tréplica
do JO: Essa afirmação do nosso leitor é verdadeira quando se fala no conjunto
das aluviões, mas é errônea quando se fala das aluviões lavráveis por PC que
são sempre grandes e de teor baixos e relativamente homogêneas. A
heterogeneidade dos teores é também muito menor no aluviões grandes do que nos
pequenos, pois nos grandes, as fontes são mais afastadas, a granulometria mais
fina e melhor distribuída.
O trabalho é nômade. Impossível de seguir as leis trabalhistas
e de segurança, pois não se consegue fiscalizar trabalhos nômades.” Nem sempre. Aluviões de quilômetros de extensão, com teores que
possibilitem lucro permitem a permanência de pessoas por longo tempo, por isso
garimpos como Cuiu cuiu, Patrocínio, Porto rico operaram por dezenas de anos.
As leis trabalhistas e de segurança não são seguidas por outros motivos.
Tréplica
do JO: De fato, existem alguns
garimpos grandes no Tapajós com uma capital como Cuiu cuiú e Patrocínio citados
pelo nosso leitor, que continuam sobrevivendo há diversas décadas, mas
continuam existindo com trabalhos nômades de poucas distâncias, com repassagens
em aluviões e pequenos filões lavrados não através de um sistema empresarial,
mas através da subdivisão destes filões em lotes de alguns metros de
comprimento, o que realmente não ajuda na utilização das leis trabalhistas e de
segurança.
Nos filões, o teor é de dezenas de gramas por m3, eles têm só centenas de metros
de comprimento por dezenas de centímetros de espessura, são poucos m3. Às vezes
subterrâneas e neste caso nenhuma arvore será retirada a não ser a madeira para
reforçar as galerias.
Tais quais as aluviões não é uma
regra. Tem filões grandes e pequenos, ricos e pobres, e os teores também não
são uniformes.
Na secular mina de morro velho, a
mineralização atinge mais e 2.000 metros, e já produziu centenas de toneladas
de ouro.
Na serra pelada a distribuição do
ouro apresenta uma erraticidade absurda, em 1984 no barranco do Zé Maria,
capota e japonês produziram mais de três toneladas de ouro, os barrancos em
volta produziram uma merreca.
Tréplica
do JO: a afirmação do nosso leitor é verdadeira
O trabalho é fixo, o que permite estruturar os
trabalhos de maneira racional.
As leis trabalhistas poderão ser seguidas além das
leis de segurança, pelo menos poderá haver fiscalização do ministério do trabalho.
Novamente não há relação de
causalidade, tanto que nos trabalhos ilegais de primário que ocorrem hoje (a
lei não contempla PLG para ouro em primário) as leis trabalhistas e de
segurança não são seguidas.
Tréplica
do JO: a afirmação do nosso leitor é incompleta: há realmente filões
trabalhados sem obediência a lei, mas existem filões trabalhados obedecendo a
um sistema empresarial conforme as legislações trabalhistas. No que insistimos
é que a fixação permite a fiscalização e a desobediência é não somente
cultural, mas originada de um laxismo governamental
O ARGUMENTO FAZ COM QUE SE PENSE
QUE A MINERAÇÃO DE PRIMARIO É MAIS VANTAJOSA DO QUE DE ALUVIÃO, LEDO ENGANO.
NOS IDOS DE 1956 UM GRUPO
ENCARREGADO DE ESTUDAR UM PEDIDO DE SUBSIDIO GOVERNAMENTAL QUE POSSIBILITASSE O
ROSSEGUIMENTO DAS ATIVIDADES DA MINA MORRO VELHO, ENTÃO OPERANDO COM GRANDE
PREJUIZO TRABALHANDO COM TEORES DE 12 GRAMAS/TONELADAS, ENQUANTO ISSO A DRAGAGEM
DE OURO S.A COM SUA DRAGA NO RIO DAS VELHAS OPERAVA COM LUCRO LAVRANDO ALUVIÕES
COM TEORES DE 0,1 GRAMAS/METRO CUBICO, SEJA 0,05 GRAMA POR TONELADA.
NA OCASIÃO A CIA MINAS DA
PASSAGEM, EM MARIANADEBATIA-SE AS PORTAS DA INSOLVENCIA COM TORES DE 5 GRAMAS E
SOBRAVIVIA AS CUSTAS DA LAVRA ALUVIONAR COM LUCROS COM TEORES DE 0,1 A 0,3
GRAMAS POR METRO CUBICO.
NA RECUPERAÇÃO DO OURO ALUVIONAR,
COM EFEITO GRANDE PARTE DO CUSTO DE LAVRA É CREDITADO PELO TRABALHO GRATUITO
EFETUADO PELA NATUREZA. ESSES TRABALHOS QUE A NATUREZA EFETUOU COMO MINERADORA
ELIMINAM DOS CUSTOS AS GALERIAS DE ACESSO, O DESMNTE, O TRANSPORTE DE MINÉRIO,
A BRITAGEM E A MOAGEM. SÃO NÃO SÓ OS MAIS ONEROSOS DE UMA FASE DA LACRA MAS
TAMBÉM OS MAIS INIBIDORES.
Tréplica
do JO: todos esses exemplos são verdadeiros e o JO poderá apresentar outros
exemplos contrários, tanto no Tapajós, onde filões fizeram diversos
milionários, como no resto do Brasil e em outros países. Assim é a mineração e
isto corrobora a extrema heterogeneidade já citada acima pelo nosso leitor
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