Mineração em área de entorno do Parque Nacional da Serra da Canastra pode causar danos irreversíveis ao meio ambiente
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Minas Gerais, o estado que surgiu com a exploração do ouro, volta a aparecer no mapa mundial como área de grandes interesses minerários. A descoberta de diamantes no subsolo do município de São Roque de Minas pela gigante do diamante DE BEERS, Consolidated Mines Ltd. empresa sul-africana que comercia cerca de 80% da produção mundial de diamantes e que está na região há mais de 30 anos, tornou-se uma ameaça ao ecossistema da região.
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Instalações da DE BEERS na Serra da Canastra s | |||||||||||||||||||||||||||||||
O empreendimento está localizado em área de entorno do Parque Nacional da Serra da Canastra. Criado em 1972, o Parque situa-se no divisor de águas entre as grandes bacias dos rios Paraná e São Francisco, abrigando a nascente deste último; abrange uma superfície de 71.525 hectares repleta de espécies de fauna e flora, entre elas algumas endêmicas da Serra da Canastra, como o pato-mergulhão e 45 novas espécies de plantas recentemente descobertas.
O investimento de milhões de dólares por parte da DE BEERS, além de outras mineradoras de menor porte, deve-se ao fato de terem sido encontradas pela primeira vez nas Américas amostras de uma rocha denominada kimberlito, ou rocha de Kimberley. Resultado de erupções vulcânicas, essa rocha indica a presença de diamantes no subsolo em seu estado mais puro. Este nome foi dado em homenagem à cidade de Kimberley, África do Sul, onde foi encontrada a rocha pela primeira vez no final do século passado. Hoje, após a total destruição do relevo na região, resta uma enorme cratera de aproximadamente um quilômetro de profundidade.
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A Sopemi - Pesquisa e Exploração de Minério S/A, subsidiária brasileira da DE BEERS, logo após a descoberta iniciou suas atividades perfurando numerosos buracos, que chegavam a 600
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Exploração de diamantes ameaça Serra da Canastra
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metros de profundidade. Segundo André Picardi, da ONG SOS Lobo-guará, mesmo possuindo apenas licenças para pesquisa, a DE BEERS já explorou economicamente a jazida, pois extraiu além do limite de 30 mil quilates de diamantes estipulado pela licença. Diamantes estes que saíram do país sem qualquer arrecadação de impostos para a Receita Federal. Devido a esse fato, a licença foi suspensa e no momento as atividades encontram-se paradas à espera de uma licença para lavra.
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sábado, 26 de setembro de 2015
Exploração de diamantes ameaça Serra da Canastra
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