domingo, 13 de setembro de 2015

“Garimpeiros urbanos” ainda encontram ouro em Cuiabá

“Garimpeiros urbanos” ainda encontram ouro em Cuiabá


Garimpo acontece no perímetro urbano de Cuaibá

A falta de oportunidades no mercado de trabalho leva desempregados ou mesmo aqueles que vivem do subemprego a defender algum dinheiro garimpando na estrada de acesso ao aterro sanitário de Cuiabá, a mesma que leva ao distrito do Coxipó do Ouro.

Elias Gonçalves Lúcio é um desses “garimpeiros urbanos”. Estava trabalhando numa empreita em Lucas do Rio Verde e como o serviço chegou ao fim teve que retornar para Várzea Grande, onde reside. Enquanto não encontra outra colocação, garimpa.

Com uma picareta e uma bateia, de forma bem artesanal, elias passa horas a fio na expectativa de encontrar o mineral, cuja grama está sendo comercializada por R$ 93 no centro de Cuiabá.

Em três horas de trabalho, Elias já havia encontrado quase 1 grama de ouro. Uma pequena pepita estava entre o achado. “É melhor para achar o ouro depois da chuva”, observa o desempregado, que depois das três horas de procura e da porção de ouro no bolso decidiu retornar para casa. Detalhe: de bicicleta. Com no mínimo R$ 80 garantidos, Elias Gonçalves foi embora alegre. Dois filhos e a esposa o aguardavam em casa.

O garimpo de ouro faz parte da história de Cuiabá. Bandeirante que chegara nessas terras há quase 300 anos vieram em busca de índios para o trabalho escravo nas lavouras de São Paulo e aqui encontraram jazidas de ouro às margens do Rio Coxipó e do Córrego da Prainha. O garimpo atraiu centenas de pessoas e o local passou a se chamar Arraial do Bom Jesus de Cuiabá, a capital de Mato Grosso.

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