Muito ouro num único dia e ouro que mal da para pagar as contas na maioria do tempo:
Isto é resultante da distribuição dos minerais nas aluviões. Aumentar a capacidade dos equipamentos, tirando cada vez maior volume de material é a solução para diluir essa heterogeneidade de distribuição
Pois, Independentemente do tamanho da aluvião, a distribuição dos minerais terá sempre uma maior variabilidade lateral do que longitudinal, em função das condições de competência e capacidade da drenagem que se modificam muito mais no sentido ortogonal a drenagem.
Quanto a aspecto económico e de lavrabilidade, de aluviões podem ser divididos em:
· Pequenas aluviões no leito de drenagens menores não navegáveis;
· Grandes aluviões no leito das drenagens maiores navegáveis;
· Paleocanais nas margens das drenagens atuais navegáveis.
O Tapajós tem os três tipos reunidos
Do ponto de vista geológico, o perfil é geralmente semelhante nos 3 casos, qual seja um overburden argilo-arenoso, de poucos metros de espessura, recobrindo um horizonte de cascalho com cimento argiloso, de poucos decímetros de espessura. O ouro se concentra no cascalho inferior, mas muitas vezes se encontra em toda a coluna, se bem que em teores e em granulometria menores nas porções mais fina do perfil do aluvião. O que muda é a maneira de lavrá-los.
Pequenos aluviões são lavrados, regra geral, por desmonte hidráulico, utilizando monitores de 2", bombas de sucção de 4" a 6" e concentração em calha riflada. Esta atividade é desenvolvida no Brasil por garimpeiros, que para esta atividade se formam em grupos de 4 ou 5. Tal estrutura tem se mostrado viável, pois em locais de difícil acesso tal equipamento é transportável, o que é feito pela mesma equipa que opera. A recuperação pode ser baixa, da ordem de 60 % ou menos, uma vez que os “sluice” apresentam baixa eficiência de retenção para ouro com granulometria menor que 120# ( 120 abertura por polegada linear) e a reserva geralmente envolvida, da ordem da centena de quilos de ouro, justifica implantar instalações de cianetação, toscas.
Aluviões de drenagens navegáveis são geralmente trabalhados por chupadeiras, que na sua forma mais simples são constituídas por uma bomba de sucção de 6" flutuante, sendo o material bombeado concentrado em calhas rifladas ( sluice). A sucção é comandada por um mergulhador, que seleciona as melhores áreas ( manchas mais ricas devido as variabilidades de concentração transversal e longitudinal na corrente) em função de sua experiência e multi tentativas no leito do rio.
Paleocanais são geralmente mais consolidados e necessitam ser desmontado, o que pode ser feito seja por retroescavadeiras seja por dragas flutuantes, dependendo da posição em relação ao leito do rio atual. As dragas são semelhantes às chupadeiras, mas na extremidade da sucção existe uma cabeça cortante que substitui o mergulhador. É fácil ver que tal equipamento tem limitações quando se opera em áreas com raizes e troncos de árvores ou então quando há presença de boulders.
No Rio Madeira a Andrade Guttierez fez pesquisa e no perfil foi identificado cascalho com decímetros de espessura com mineralização acima de meio grama (no cascalho), com capeamento argilo-arenoso de mais de 15 metros de espessura e baixa mineralização, caso fosse lavrado e tratado todo o pacote do aluvião será prejuízo certo, porém, caso seja decapeado e tratado apenas o cascalho a lavra se torna lucrativa.
Um capeamento de 15 metros de espessura é difícil de ser retirado com PC (baixa capacidade) para volume tão grande, que permita lucro.
A lavra das aluviões de baixos teores (0,1 gramas/metro cúbico) exige equipamentos com capacidade de trabalhar grandes volumes com baixo custo por metro cúbico lavrado. Por exemplo a DRAGA DE ALCATRUZES XICA DA SILVA da Mineração Tijucana que lavrava diamante no rio Jequitinhonha com capacidade para 480.000 metros cúbicos mês.
Grandes dragas YUBA tem escavado até profundidade de 55/60 metros em aluviões na Sibéria e de 35/40 metros nos USA.
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