Nova mina de Turmalina Paraíba renderia 1 bilhão de dólares a investigados na operação 'sete chaves'
Os diálogos interceptados durante a
Operação Sete Chaves revelam a descoberta de nova reserva de turmalinas
Paraíba, negócio “muito bom”, segundo os investigados. Eles comentam que
lucrarão cerca de “um bilhão de dólares” com o negócio e que estarão “bem de
vida até a sexta geração da família de todos eles”.
Diálogo interceptado, em abril de
2014, revela a visita de especialistas do Gems Institute of America à mina em
São José da Batalha. No trecho, um dos investigados comenta que na semana
anterior havia extraído pedras de qualidade e que a visita dos americanos foi
encomendada por Sebastião Lourenço e Azizi, com o objetivo de analisar a
qualidade da extração das turmalinas paraíba.
Entre os dias 31 de março de 2014 e 17
de abril do mesmo ano, uma expedição do GIA visitou minas brasileiras nos
estados de Minas Gerais, Rio Grande do Norte e Paraíba. A expedição tinha o
objetivo de “reunir informações e documentar o estado atual das minas de pedras
coloridas, particularmente esmeralda e turmalina”.
Turmalina
paraíba é uma das pedras preciosas mais caras do planeta
Embora haja
turmalinas em outras regiões do Brasil e do mundo, apenas as gemas do distrito
de São José da Batalha (PB) conseguem alcançar teores de cobre acima de 2% A
turmalina paraíba é uma das pedras preciosas mais caras do planeta. Em razão de
suas características particulares, de seu azul incandescente, a gema paraibana
exerce fascínio em todo o mundo, sendo utilizada nas joias confeccionadas por
grifes nacionais (Amsterdan Sauer e H Stern) e internacionais (Dior e Tiffany
& Co UK).
Estima-se
que um quilate (0,2 grama) da pedra custa em média U$ 30 mil e pode chegar a
custar até U$ 100 mil, dependendo das características da gema. A maior dessas
pedras já encontrada, a Ethereal Carolina Divine Paraíba, tem 191,87 quilates e
é de propriedade do filantropo canadense Vicente Boucher. A pedra foi avaliada
em até U$ 125 milhões.
As
turmalinas são um minério comum encontrado em várias localidades. Entretanto, a
autêntica turmalina paraíba possui traços de cobre, manganês e ouro em
percentuais únicos, o que proporciona um efeito de fluorescência que não se
encontra em nenhuma outra gema. Embora haja turmalinas em outras regiões do
Brasil e do mundo, apenas as turmalinas do distrito de São José da Batalha
(PB), conseguem alcançar teores de cobre acima de 2%. No Rio Grande do Norte e
África, onde se exploram também turmalinas, os teores de cobre não chegam a
0.80%.
A pedra foi
batizada de turmalina paraíba por ter sido encontrada pela primeira vez em São
José da Batalha, distrito do Município de Salgadinho, na região do Cariri,
interior da Paraíba, a 244 km da capital. Segundo relatos da imprensa, a
primeira turmalina paraíba foi descoberta em 1982 por Heitor Dimas Barbosa,
dono da Mina da Batalha. Na época da descoberta, Heitor Barbosa foi citado em
revistas estrangeiras como o homem que descobriu a raríssima turmalina paraíba.
A qualidade excepcional da pedra foi comprovada pelo Gemological Institut of
America (GIA) nos Estados Unidos.
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