Um amanhã com Dilma ou sem Dilma...

 
O país vê chocado, o desenrolar de sua maior crise político/econômica cujos resultados, imprevisíveis, podem ser devastadores.

De um lado um governo enfraquecido, desnorteado e sem soluções. Um governo mergulhado em sérias acusações de corrupção e má gestão.

Do outro uma população ameaçada pela inflação crescente, pelo desemprego, pela falta de investimentos, de perspectivas e de lideranças .

A desesperança, a falta de confiança nas instituições e nos políticos são os condimentos mais importantes desta receita diabólica, que está rapidamente entrando em ebulição nas entranhas do Brasil.

Não existem soluções de curto prazo.

O governo, mesmo sob um cerrado fogo de barragem, vem a público e propõe um plano pífio, sem chances de sucesso, incrivelmente desprovido de apelo, que joga para a população a responsabilidade de pagar a conta da sua péssima administração.

Segundo Dilma é com o aumento dos impostos, sempre eles, que ela pretende sair da armadilha causada pela sua administração perdulária.

A presidente só não contava com a enorme rejeição de um povo que já não mais aguenta servir de bode espiatório.

Chegamos, consequentemente, no terreno movediço do impeachment.

Será que existe, realmente, alguma brecha legal para o impeachment de Dilma?

Ou toda a revolta que vemos nas ruas e nas mídias sociais não passa de puro golpismo?

Será que a maioria do povo brasileiro, inclusive aqueles que se arrependeram de ter elegido a presidente, é hoje um grupo de golpistas?

A presidente Dilma está absolutamente correta quando diz que quem tenta derrubar um governo eleito democraticamente está praticando o golpe.

No entanto, para desagrado de Dilma, existem outros ângulos que, também devem ser debatidos quando o assunto é impeachment.

Os pontos listados a seguir, que Dilma tenta varrer para baixo do tapete, longe dos olhos da população, são altamente relevantes e podem desmontar totalmente a sua defesa prévia de golpismo:

-Crime Eleitoral: existe a possibilidade, ainda não comprovada, de que Dilma e muitos outros políticos se elegeram com dinheiro oriundo da corrupção. É só ver o imenso volume de provas e delações levantadas pelo MP e pela Operação Lava Jato que demonstra de forma inequívoca, a existência de um propinoduto que irriga, ilegalmente, partidos como o PT, PP, PMDB e outros.
-Crime de Responsabilidade Fiscal: também chamado pela mídia de “pedalada fiscal” onde o Governo pode ter usado métodos ilegais para se financiar ludibriando e enganando a população e o mercado. Com este artifício ilegal o governo pode ter tentado enganar o Brasil e o mundo, mostrando uma situação econômica irrealmente favorável.

Se qualquer um dos crimes listados acima for comprovado, Dilma Rousseff poderá sofrer um impeachment absolutamente legal conforme a Lei Brasileira e a Constituição.

Portanto fique tranquilo: não há nenhum golpe em destituir um governo que comete crime contra a Constituição.

O próximo passo, quando os pedidos de impeachment serão aprovados ou não pelo Presidente da Câmara, será determinante para o país e para a sobrevivência da presidente Dilma Rousseff no poder.

O Brasil verá, então, a batalha final entre os políticos comprometidos com Dilma e a imensa oposição. Uma batalha que, mais uma vez será decidida nas ruas.