sábado, 17 de outubro de 2015

O ouro de Pontes e Lacerda e o golpe iminente

O ouro de Pontes e Lacerda e o golpe iminente




A corrida do ouro da Serra do Caldeirão em Pontes e Lacerda está revolucionando a pequena cidade.

Calcula-se que milhares de faiscadores de ouro já estejam trabalhando nas serras, apenas 30km de Pontes e Lacerda. Os números são controversos, mas o fato é que uma enorme corrida está em andamento.

Esta corrida do ouro é alimentada pelas redes sociais onde são postadas fotos de pepitas gigantescas, quase todas falsas.

A possibilidade de enriquecimento fácil em época de crise é irresistível e atraiu as pessoas, não só de Pontes e Lacerda, mas de todo o Brasil.

É um fenômeno social de proporções que movimenta a economia da região.

O garimpo está completamente coberto por alvarás de pesquisa da Serra da Borda (2006) e Santa Elina (1999), o que o torna ilegal. É por isso que toda a comercialização do ouro é feita nos subterrâneos sem que possamos saber, exatamente, a relevância da produção.

De qualquer forma as notícias espalhadas, como sempre nestes casos, são excepcionais. Fantasia ou realidade?

Fala-se que uma boa parte do ouro é de pepitas grandes recuperadas com detectores de metal. Após esta primeira fase os garimpeiros escavam e recuperam o minério utilizando processos rudimentares e de baixa eficiência.

As fabulosas histórias, verdadeiras ou falsas, chegaram aos ouvidos dos deputados locais. Como não poderia deixar de ser os “nobres deputados” se organizaram para dominar, e por que não dizer, lucrar com o garimpo de ouro.

Cinco deputados organizaram uma comissão para visitar e controlar o garimpo. Eles já tecem planos para “proteger” os garimpeiros através da criação de uma cooperativa.

Em busca de votos e dinheiro os deputados se esquecem da Lei.

Existe uma legislação federal sobre o assunto que transcende completamente a autoridade desses políticos, mas isso parece não os intimidar. Os deputados querem se aliar ao prefeito e controlar o garimpo o que deve ser impossível se a legislação brasileira for seguida.

No entanto, estamos no Brasil e contratos da área mineral já foram rasgados no passado...

O DNPM e o Ibama , estranhamente, ainda não se pronunciaram.

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