BUSCA POR MINAS DE OURO LEVOU À FUNDAÇÃO DE CUIABÁ
A história de Cuiabá começou a surgir durante as expedições de bandeirantes em busca de índios e minas de ouro, na época colonial, no século 17. A futura capital mato-grossense atraiu desbravadores como Manoel de Campos Bicudo e seu filho Antônio Pires de Campos, e Pascoal Moreira Cabral, que assinaria a Ata de Fundação de Cuiabá.
Entre os anos de 1670 e 1673, o bandeirante Manoel Bicudo subiu o rio Cuiabá e passou pelo atual Morro de São Jerônimo, situado em Chapada dos Guimarães, município a 65 quilômetros da capital. A princípio, o viajante foi motivado por lendas de que existia ouro nessa localidade. Manoel seguiu até chegar ao encontro dos Rios Cuiabá e Coxipó, local onde acampou e deu o nome de São Gonçalo.
Nos anos de 1717 e 1718, o filho de Bicudo acampou no mesmo lugar que o pai e enfrentou combates contra os índios que habitavam a região. O bandeirante levou alguns indígenas para serem vendidos como escravos em São Paulo e retornou para o território paulista. Antes, ele renomeou o local como São Gonçalo Velho.
As informações de Pires de Campos sobre a existência de índios nessa região fez com que Pascoal Moreira Cabral também viajasse para as terras mato-grossenses, ainda em 1718. A expedição com pouco mais de 50 pessoas, além de índios e negros que eram escravos, chegou na região do Rio Coxipó.
A descoberta do ouro ocorreu após os integrantes dessa expedição terem se separado. Enquanto alguns tinham entrado em confronto com índios da região, outro grupo acabou encontrando ouro nas margens do Coxipó.
A bandeira de Pascoal se uniu a de Fernando Dias Falcão. Com isso, o objetivo da missão foi alterado de buscar índios para minerar ouro. Pascoal e os bandeirantes lavraram a Ata de Fundação de Cuiabá em 8 de abril de 1719.
O primeiro povoamento recebeu o nome de Arraial de Nossa Senhora da Penha de França, popularmente conhecido como Arraial da Forquilha. A região mudou de nome para Arraial do Senhor Bom Jesus de Cuiabá até ser elevada à categoria de cidade, em 17 de setembro de 1818.
Cuiabá ‘Cidade Verde’
Cuiabá é conhecida como cidade verde, por causa arborização. Para o historiador e pesquisador em Cuiabá, Pedro Félix, as primeiras fotografias panorâmicas mostram a quantidade de árvore na capital. “A denominação ‘Cidade Verde’ foi imortalizada nos poemas de Dom Aquino Corrêa. Cuiabá era caracterizada por quintais verdes com muita árvore frutífera”, detalhou. Dom Aquino foi nomeado bispo de Cuiabá no ano de 1915, sendo o mais novo religioso a assumir esse cargo. Ele também foi governador de Mato Grosso.
Há três explicações para o surgimento do nome Cuiabá, sendo que todas têm relação com nomes indígenas fragmentados até chegar na forma atual. Uma delas vem do termo kyvaverá (em guarani significa ‘rio da lontra brilhante’). A justificativa seria de que os índios paiaguás, andando pelo Pantanal, observaram uma grande quantidade de lontras e ariranhas que tinham como habitat o Rio Cuiabá. O nome foi se desfragmentando de Cuyvaverá, Cuiaverá em Cuiavá e finalmente Cuiabá.
A segunda é Ikuiapá, palavra de origem bororó que significa ‘lugar da ikuia’. Ikuia significa flecha-arpão, uma arma utilizada para pescar, feita de madeira. O nome seria uma localidade próxima a Prainha, onde os índios bororos costumavam pescar e caçar com esse arpão.
A terceira hipótese vem do fato de existirem árvores-de-cuias à beira do rio, sendo região conhecida como uma espécie de ‘criadora de vasilha’ (da etimologia cuia: vasilha e aba: criador).
“Cuiabá tem essa multiplicidade de origens de nome, você escolhe aquele que achar melhor. É uma mistura de portugueses, brancos, índios e negros”, concluiu Félix.
Entre os anos de 1670 e 1673, o bandeirante Manoel Bicudo subiu o rio Cuiabá e passou pelo atual Morro de São Jerônimo, situado em Chapada dos Guimarães, município a 65 quilômetros da capital. A princípio, o viajante foi motivado por lendas de que existia ouro nessa localidade. Manoel seguiu até chegar ao encontro dos Rios Cuiabá e Coxipó, local onde acampou e deu o nome de São Gonçalo.
Nos anos de 1717 e 1718, o filho de Bicudo acampou no mesmo lugar que o pai e enfrentou combates contra os índios que habitavam a região. O bandeirante levou alguns indígenas para serem vendidos como escravos em São Paulo e retornou para o território paulista. Antes, ele renomeou o local como São Gonçalo Velho.
As informações de Pires de Campos sobre a existência de índios nessa região fez com que Pascoal Moreira Cabral também viajasse para as terras mato-grossenses, ainda em 1718. A expedição com pouco mais de 50 pessoas, além de índios e negros que eram escravos, chegou na região do Rio Coxipó.
A descoberta do ouro ocorreu após os integrantes dessa expedição terem se separado. Enquanto alguns tinham entrado em confronto com índios da região, outro grupo acabou encontrando ouro nas margens do Coxipó.
A bandeira de Pascoal se uniu a de Fernando Dias Falcão. Com isso, o objetivo da missão foi alterado de buscar índios para minerar ouro. Pascoal e os bandeirantes lavraram a Ata de Fundação de Cuiabá em 8 de abril de 1719.
O primeiro povoamento recebeu o nome de Arraial de Nossa Senhora da Penha de França, popularmente conhecido como Arraial da Forquilha. A região mudou de nome para Arraial do Senhor Bom Jesus de Cuiabá até ser elevada à categoria de cidade, em 17 de setembro de 1818.
Cuiabá ‘Cidade Verde’
Cuiabá é conhecida como cidade verde, por causa arborização. Para o historiador e pesquisador em Cuiabá, Pedro Félix, as primeiras fotografias panorâmicas mostram a quantidade de árvore na capital. “A denominação ‘Cidade Verde’ foi imortalizada nos poemas de Dom Aquino Corrêa. Cuiabá era caracterizada por quintais verdes com muita árvore frutífera”, detalhou. Dom Aquino foi nomeado bispo de Cuiabá no ano de 1915, sendo o mais novo religioso a assumir esse cargo. Ele também foi governador de Mato Grosso.
Há três explicações para o surgimento do nome Cuiabá, sendo que todas têm relação com nomes indígenas fragmentados até chegar na forma atual. Uma delas vem do termo kyvaverá (em guarani significa ‘rio da lontra brilhante’). A justificativa seria de que os índios paiaguás, andando pelo Pantanal, observaram uma grande quantidade de lontras e ariranhas que tinham como habitat o Rio Cuiabá. O nome foi se desfragmentando de Cuyvaverá, Cuiaverá em Cuiavá e finalmente Cuiabá.
A segunda é Ikuiapá, palavra de origem bororó que significa ‘lugar da ikuia’. Ikuia significa flecha-arpão, uma arma utilizada para pescar, feita de madeira. O nome seria uma localidade próxima a Prainha, onde os índios bororos costumavam pescar e caçar com esse arpão.
A terceira hipótese vem do fato de existirem árvores-de-cuias à beira do rio, sendo região conhecida como uma espécie de ‘criadora de vasilha’ (da etimologia cuia: vasilha e aba: criador).
“Cuiabá tem essa multiplicidade de origens de nome, você escolhe aquele que achar melhor. É uma mistura de portugueses, brancos, índios e negros”, concluiu Félix.
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