O núcleo estratégico poli metálico do Tapajós
“A miopia intelectual é a mais constante geradora de erros estratégicos”
No momento da criação das FLONAS Itaituba I e II, em 1998, onde a nova Constituição de 1988 já estava em vigor há 10 anos, não foi obedecido o princípio da consulta pública, principalmente junto à população diretamente afetada, no caso dos hoje municípios de Itaituba e Trairão; esta falta de auscultação da sociedade gerou conflitos sociais de grande monta pois alijou interesses de sobrevivência de muitos brasileiros e acesso legal as riquezas nelas contidas. Essas riquezas que devem ser exploradas, e sempre com o rigor do respeito a natureza, como meio de subsistência de enormes contingentes populacionais.
Ao tentar preservar a BIODIVERSIDADE não se levou em conta a GEODIVERSIDADE e seus recursos minerais, que há séculos é um dos principais motores econômicos de nosso país.
Exemplo claro desta afirmação é a descoberta em 1998 de um conjunto de vulcões antigos dentro do perímetro destas Flonas conforme imagem de satélite em anexo mostrando a leitura aérea pela CPRM da intensidade do canal de potássio provocado pela alteração hidrotermal dos vulcões contidos na área:
Este evento geológico foi o responsável por uma enorme área de mineralização poli metálica incluindo ouro, cobre, prata chumbo, zinco, molibdénio e não metálicos como diamantes encontrado em 2010, hoje proibidos de ser explorados de maneira legal em consequência desta miopia intelectual, o estão por garimpagem sem o compromisso ambiental e sem a possibilidade de corrigir tal destruição por causa da impossibilidade de titular as áreas mineralizadas.
Isto posto demonstra-se que o pouco conhecimento do arcabouço geológico e a GEODIVERSIDADE necessitam ser mais bem conhecidos e não bloqueados por instrumentos legais de preservação que foram criados a revelia desta realidade e que acabam subtraindo esta riqueza da economia nacional.
A região Norte é conhecida pela falta de integração nacional e principalmente nos aspectos socioeconômicos e justamente onde as riquezas minerais estão mais presentes e que podem e devem ser agregadas para alavancar o desenvolvimento local e nacional.
Prova da ausência de critérios e na miopia na criação das FLONAS Itaituba I e II foi a não permissão de atividade mineral no seu decreto enquanto todas as demais Flonas criadas posteriormente em 2006 com as devidas consultas públicas permitem tais atividades.
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