Brasil é rebaixado para lixo. Quais as consequências na mineração?
O último desastre da Era Dilma se abateu como um gigantesco meteorito sobre o empobrecido Brasil.
O rebaixamento sofrido pelo nosso país é uma desgraça que reflete vários anos de total irresponsabilidade de um governo que teima em destruir tudo aquilo que foi conquistado à duras penas.
Lutamos por décadas para promover o Brasil e a sua imagem no exterior.
Todos nós que estivemos envolvidos em incontáveis reuniões na América do Norte, Europa e Ásia, com empresários, brokers, banqueiros, mineradores e uma gama de investidores sabemos o quão importante é a imagem do Brasil no exterior.
Uma imagem não se conquista da noite para o dia. Foram necessárias décadas de trabalho contínuo para convencer o investidor e apagar o estigma de corrupto, mau pagador e de inseguro que o nosso país tinha aos olhos da comunidade mineral internacional.
Os bilhões de dólares que buscamos no exterior, investidos em pesquisa mineral, era o prêmio evidente de um trabalho bem feito em um país que tanto nos orgulhava.
Nesta época os investimentos fluíam e a mineração e a exploração mineral brasileira vicejavam e adicionavam riquezas. Andávamos de cabeça erguida e tínhamos orgulho de ser brasileiros.
Foi quando o setor viveu o seu melhor momento.
Isto tudo é passado.
Nos últimos anos o Governo abandonou a mineração e a pesquisa mineral brasileira foi extinta e sucateada. O país, que era seguro para investimentos estrangeiros, deixou de ser.
Rasgamos os contratos e afugentamos os investidores e, como resultante, colhemos desemprego e a desesperança.
Hoje, em um desdobramento trágico, percebemos que o fundo do poço é, ainda, bem mais embaixo.
A corrupção endêmica, a cleptocracia de Brasília e a notória incompetência do governo fizeram a Standard & Poor´s rebaixar o rating do Brasil ao nível de junk, lixo para quem não conhece o jargão.
O Governo, representado pelo seu líder na Câmara, José Guimarães, bem conhecido pelo caso do “dinheiro na cueca” ao invés de pedir desculpas pelo gerenciamento irresponsável do nosso País, tentou minimizar este desastre com uma frase imbecilizante, chamando a Standard & Poor´s, uma das três maiores agências de risco do planeta, de “ uma agência do fim do mundo”.
O que o deputado propositalmente omitiu é que agora somos considerados grau especulativo . Fomos lançados na vala comum destinada ao mau pagador, caloteiro e sem confiabilidade.
Desgraçadamente hoje somos BB+
Na cabeça dos investidores o Brasil é alto risco!
Serão esses os rótulos que o Brasil irá receber daqui para frente e que nos irão anteceder em todas as nossas reuniões internacionais futuras.
A partir de agora o dinheiro será escasso e caro. Os investidores, que já fugiam do Brasil, irão se retrair mais ainda e só voltarão quando formos, novamente, confiáveis.
Mesmo quando esse infeliz governo passar teremos que remar tudo de novo para reconquistar a imagem perdida.
Na mineração perderemos, se tivermos sorte, uma década.
Hoje amanhecemos, dezenas de bilhões de dólares mais pobres, e os nossos geólogos mais longe dos seus sonhos.
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