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sexta-feira, 8 de janeiro de 2016
BERILOS DE PEGMATITOS DE SANTA MARIA DE ITABIRA, MINAS GERAIS - BRASIL
BERILOS DE PEGMATITOS DE SANTA MARIA DE ITABIRA,
MINAS GERAIS - BRASIL ABSTRACT
Samples of beryls from three different pegmatite bodies, representative of the Santa Maria de Itabira
region have been studied by several analytical techniques: Color, refraction, luminescence, density, IR
spectrum, XRD, cell parameters, fluid inclusions and chemical composition have been considered. The
beryls have been analyzed for main elements as well as the following trace elements Na, Li, Cs, K, Rb, Ca,
Ba, Zr. Fe e Ti.
The pegmatites described in this paper are situated at the southeastern side of São Francisco Craton and
belong to the Eastern Pegmatite Province (PPO). They are related to a magmatism of Brasiliano age. They
are being exploited for beryl and gems such as aquamarine, heliodor, colorless topaz and amazonite.
The data are discussed and interpreted from the petrologic and metallogenetic point of view.
INTRODUÇÃO
Santa Maria de Itabira encontra-se a nordeste de
Belo Horizonte. O acesso a ela se faz, a partir da capital
do estado de Minas Gerais, pela rodovia BR-262,
depois toma-se a MG-434 até a cidade de Itabira, e
finalmente, segue-se pela rodovia BR-120.
Neste município estão localizados vários corpos
pegmatíticos encaixados discordantemente em rochas
gnáissicas da seqüência Rio do Tanque, que pertencem
ao complexo gnáissico-migmatítico de Guanhães
(Schobbenhaus et al. 1984). Estes pegmatitos estão
grosseiramente orientados segundo a direção de
fraturas das rochas encaixantes (N60E). A importância
deles está relacionada a obtenção de berilo, variedade
água marinha.(Figura 1).
OS PEGMATITOS
Os pegmatitos estudados neste trabalho pertencem
à Província Pegmatítica Oriental (PPO) de Minas
Gerais (Paiva 1946), e enquadram-se na porção
ocidental dela. Esta região, tem sido pouco estudada,
entretanto nela ocorre um grande número de corpos
pegmatíticos de pequeno a médio porte, sempre
explorados devido às gemas neles encontradas.
São corpos predominantemente tabulares, de
dimensão média (10 a 30m de comprimento) e
espessura de 5 a 10m, zonados simples, constituídos
por quartzo, biotita e/ou muscovita e plagioclásio
sódico na zona marginal; intercrescimento gráfico com
algumas palhetas de muscovita e granada na zona
mural; pertita em cristais euhédricos de 30 a 40cm de
comprimento e quartzo incolor ou enfumaçado na zona
intermédia (Marciano et al. 1992a). A transição entre
as zonas se faz de forma gradual, com aumento da
dimensão dos grãos. O núcleo na maioria deles não é
bem individualizado. Os corpos de substituição são
raros e pouco desenvolvidos. No pegmatito da Ponte
da Raiz, ocorre fluorita na zona marginal, topázio nos
corpos de substituição e o feldspato potássico, em
algumas áreas do corpo, se encontra amazonitizado.
O principal mineral acessório destes corpos é o berilo,
que ocorre em cristais bem formados de coloração
verde-azulado, azul (água-marinha) e amarelo
(heliodoro). Outros minerais acessórios encontrados
são: columbita, samarskita, monazita, bismuto nativo,
bismutita, wulfenita, granadas e magnetita.
Cassedane et al. (1993) descrevem nódulos de
cosalita acicular envolvidos por bismutita. Estes
nódulos chegam a pesar vários quilogramas e
apresentam como minerais acessórios pirita, esfalerita
e calcopirita. Estes autores citam ainda piromorfita
(com As), cerussita, stolzita, picrofarmacolita,
Figura 1: Mapa de localização e acesso à área.
Figure 1: Localization sketch of studied area
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