Brasil e Austrália supriram 84% do minério de ferro importado pela China em 2015 e se preparam para dominar em 2016
Mesmo em crise a venda do minério de ferro ainda é um dos mais importantes negócios do comércio mundial. A China está importando mais do que nos anos anteriores, beneficiando, quase que exclusivamente, as três gigantes da mineração mundial.
É a constatação do momento: os chineses compram muito, mas de poucos.
Este cenário é o resultado final da guerra do minério de ferro. As três grandes mineradoras, Vale, Rio Tinto e BHP aumentaram a produção e são os maiores beneficiários deste gigantesco mercado.
Em 2015 o trio quase quebrou no processo, mas conseguiu inviabilizar ou afastar a maioria dos competidores.
Neste ano os australianos venderam para a China 11% a mais do que em 2014 e os brasileiros tiveram um crescimento de sua exportação de minério de ferro de 12%.
Motivo para celebrar?
Nem tanto...já que este crescimento não foi suficiente para aumentar os lucros, pois a tonelada do minério de ferro, já barata em 2014, caiu 40% em 2015. Entretanto a retirada dos competidores da equação era o que essas três grandes mineradoras buscavam para se consolidar como únicos fornecedores de minério de ferro para a China.
Desta forma entramos 2016 com um verdadeiro cartel controlando o minério de ferro mundial.
Os poucos e minguados competidores sobreviventes terão que batalhar por uma fatia menor do que 20% que será, também, conquistada pelos membros do triunvirato ao longo do tempo.
Nos próximos anos a China deverá aumentar, gradativamente, as suas importações de minério de ferro enquanto as grandes mineradoras reduzem custos e aumentam a qualidade dos seus produtos.
Em breve, com a consolidação do cartel, veremos a inflexão da curva e, mais uma vez, o aumento dos preços da tonelada do minério de ferro.
Será o início de um novo ciclo.
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