Sem mente aberta, não se acha diamante!
A De Beers, maior conhecedora dos diamantes do mundo passou por cima do mega deposito de ArgYle da Australia, passou por cima das atuais descobertas brasileiras. Incompetência? Claro que não. Desconhecimento da geologia do diamante? Não.
A Rio Tinto pesquisou todo o
Tapajós para diamante, seguindo as leis aprendidas na Austrália no depósito de
argyle, procurando corpos magnéticos de pequenas dimensões. Testou todos e não
encontrou nenhum com guias do diamante, 15 anos depois, os garimpeiros estão
lavrando diamantes em colúvios, bem nos
locais onde encontraram as pranchetas de loaming da empresa. Não encontraram
tão pouco os guias, mas encontraram o objetivo final: os diamantes
A causa? Conhecimento demais,
vontade de comparar com o que tem de já pesquisado (essencialmente na África e
Australia).
Eu trabalho com um dos maiores
especialistas em diamantes no mundo.
Na minha simplicidade de não ser
nem considerado conhecedor, observo os dados dos diamantes do Tapajós,
pois
vivo no meio deles há anos junto com os garimpeiros; relaciono uma
observação a
outra e tiro uma hipótese de trabalho que poderá ser confirmada ou não e
informo
da minha hipótese ao especialista mundial na África. Em 99% dos casos, a
resposta é: IMPOSSÍVEL, pois o quadro não se encaixa na idade, ou na
geologia
da África ou da Australia ou na proporção gemas/boart. Mas Argyle também
não. Os depósitos do
Zimbawe, idem. Então porque os do Tapajós tem que se encaixar? Ainda
mais que o meu guru do diamante reconhece que a idade do Tapajós não
corresponde à idade dos kimberlitos.
conclusões, vieram de milhares de quilômetros, de outros países, se aqui a geologia não se encaixa
O diamante pelas suas características
e origem profunda e capacidade de transporte em milhares de km, não pode seguir
leis rígidas.
Se somente pequena parte da
geologia do diamante é conhecida, essa geologia não pode se transformar em
leis, tão somente em exemplos
Se no ouro, já existem milhares
de jazidas conhecidas e estudadas e mesmo assim, cada uma é diferente da outra,
imagina no diamante para o qual as jazidas são pouquíssimas e não permitem
formar regras seguras
A Africa mostrou um caminho,
Argyle outro, O Zimbabwe outro porque o Brasil não acharia um quarto, ou se
encaixaria em um dos três outros?
Uma coisa é certa, não se encaixa
onde queremos, mas onde esta.
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