Altamira
Município de Altamira | |||||
"Princesinha do Xingu" "Capital da Transamazônica" "Cidade do Festival Folclórico" |
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Vista parcial de Altamira. |
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Hino | |||||
Aniversário | 6 de novembro | ||||
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Fundação | 6 de novembro de 1911 (104 anos) | ||||
Gentílico | altamirense | ||||
Prefeito(a) | Domingos Juvenil (PMDB) (2013–2016) |
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Localização | |||||
Localização de Altamira no Pará
Localização de Altamira no Brasil |
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Unidade federativa | Pará | ||||
Mesorregião | Sudoeste Paraense IBGE/2008 [1] | ||||
Microrregião | Altamira IBGE/2008 [1] | ||||
Municípios limítrofes | Norte:Brasil Novo, Medicilândia, Uruará, Placas e Rurópolis Nordeste: Senador José Porfírio Leste São Félix do Xingu Sul: Estado do Mato Grosso Oeste :Itaituba, Novo Progresso e Trairão |
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Distância até a capital | 816 km | ||||
Características geográficas | |||||
Área | 159 533,73 km² (BR: 1º)[2] | ||||
População | 108 382 hab. IBGE/2015[3] | ||||
Densidade | 0,68 hab./km² | ||||
Altitude | 109 m | ||||
Clima | Tropical Am | ||||
Fuso horário | UTC−3 | ||||
Indicadores | |||||
IDH-M | 0,665 médio PNUD/2010 [4] | ||||
PIB | R$ 3 067 323 mil (PA: 8º) – IBGE/2013[5] | ||||
PIB per capita | R$ 29 183,14 IBGE/2013[5] | ||||
Página oficial |
A rodovia Transamazônica atravessa o município no sentido leste-oeste numa extensão de 60 km, ligando Altamira a Belém (800 km), Marabá (500 km), Itaituba (500 km) e Santarém (500 km).[8] Característica notória do município é sua hidrografia: Altamira está cravada às margens do rio Xingu, com sua série de afluentes e cachoeiras que se distribuem por toda a região.[9]
História
- Fundação: 6 de novembro de 1911 (104 anos)
Altamira consolidou-se como centro polarizador do sul do estado. Sua origem oficial esteve diretamente ligada: a) à colonização das Missões Jesuíticas, na primeira metade do século XVIII; b) à extração de borracha que perdurou até a metade do século XX; e c) ao processo de interiorização do Brasil com a abertura da fronteira amazônica, a partir da década de 1970. Sua história extraoficial esteve ligada sempre à presença do indígena nesse território.
Desde o período da borracha a rede urbana da região do Xingu estrutura-se a partir de Altamira. A agricultura – principalmente arroz, cacau, feijão, milho e pimenta-do-reino –, a extração de borracha e castanha-do-pará e a pecuária são as principais atividades econômicas do município. A região, entretanto, defronta-se com problemas econômicos e sociais à medida que não houve os investimentos necessários em infraestrutura. O ecoturismo tem um grande potencial no município, mas é muito pouco explorado.[10]
Em 1972 foi implantado nesse município o marco zero da Rodovia Transamazônica (BR-230) pelo presidente brasileiro Emílio Garrastazu Médici. Iniciava-se um período de intensa exploração da floresta amazônica, com assentamentos de colonos e abertura de vias terrestres, algumas já abandonadas e outras que geraram os município da região (Medicilândia, Anapu, Vitória do Xingu etc.).
Belo Monte
Desde 2009 Altamira atrai atenções por ser a cidade mais próxima da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, cujo impacto divide opiniões.[11] Os cidadãos locais no geral aprovam a obra, apesar de admitirem que o inchaço populacional trouxe problemas.[12] O empreendimento de R$ 30 bilhões fez a população altamirense saltar de 100 mil segundo o Censo de 2010, para mais de 140 mil, na avaliação da prefeitura. Dentre os problemas estão a piora do trânsito local causada pelo aumento da frota de motocicletas - muitas das quais são dirigidas por motoristas sem carteira de habilitação - [13] e um aumento na violência.[14]Geografia
Altamira possui uma área de 159 533,73 km², o que o torna o maior município do Brasil e o terceiro maior do mundo em extensão territorial (sendo menor que Qaasuitsup e Sermersooq, municípios gronelandeses instituídos em 1 de janeiro de 2009). Se fosse um país, seria o 92º país mais extenso do mundo, maior que Grécia e Nepal. Caso fosse um estado brasileiro, seria o 16º maior, um pouco menor que o Paraná e maior que o Acre e o Ceará.No município de Altamira inicia-se a "volta grande do Xingu", trecho sinuoso e cheio de cachoeiras do Rio Xingu onde, no final do trecho, será construída a Hidrelétrica de Belo Monte. Essa hidrelétrica, com capacidade de 11,182 MW, será a terceira maior do mundo (após a Hidrelétrica de Três Gargantas na China, e a Usina Hidrelétrica de Itaipu entre o Brasil e o Paraguai), e inundará cerca de 400 km², principalmente nos municípios de Vitória do Xingu e Altamira.
Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), desde 1961 a menor temperatura registrada em Altamira foi de 10,3 °C em 11 de outubro de 1963, e a maior atingiu 39,2 °C no dia 7 de dezembro do mesmo ano. O maior acumulado de precipitação em 24 horas foi de 226 mm em 12 de abril de 2009. Alguns outros grandes acumulados foram 190,3 mm em 22 de dezembro de 1985, 183,4 mm em 29 de dezembro de 2005, 169 mm em 27 de janeiro de 1970, 168,1 mm em 6 de março de 2000, 162,8 mm em 18 de abril de 1984 e 150 mm em 9 de abril de 1971.[15] O mês de maior precipitação foi março de 1974, quando foram registrados 682,9 mm.[16] O menor índice de umidade relativa do ar foi de 25% em 28 de setembro de 1988.[17]
Economia e infraestrutura
A agricultura (arroz, cacau, feijão, milho, pimenta-do-reino) e a extração de borracha e castanha-do-pará e a pecuária como principal são as principais atividades econômicas do município.Entretanto, o município ainda não dispõe de acessos pavimentados, pois a única rodovia utilizada para chegar ao município é a Rodovia Transamazônica (BR-230), que teve seu processo de pavimentação interrompido na década passada, o que deixa o município por um longo período (chuvas) incomunicável por malha rodoviária, corroborando com o pouco desenvolvimento industrial. Até 1998 o município era alimentado por uma central termoelétrica desativada logo após a inauguração da LT 230 KV Tucuruí - Altamira, projeto Tramo-oeste desenvolvido pela Eletronorte.
Em 2010, a quantidade de desempregados é de aproximadamente 4 mil pessoas (6,4%), em uma população com cerca de 16,04% de analfabetos e 5,9% tem nível superior.[18] [11] De acordo com o Censo Demográfico de 2000, ao se observar as características da população residente em Altamira, nota-se, no que tange à renda, que de um total de 17.469 domicílios, a maioria (52,4%) possui rendimento de mais de 2 a 10 salários mínimos, sendo 18,6% do total de domicílios enquadrados na faixa de mais de 3 a 5 salários mínimos. Nota-se, ainda, que para o mesmo período, 4,5% da população recebiam até meio salário mínimo ou não possuíam rendimento.
As condições habitacionais, por sua vez, são bastante adversas. Conforme o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), a infraestrutura externa aos domicílios de Altamira apresentam precariedade generalizada. Em 2007, da população urbana do município, somente 72,0% eram atendidos pela coleta de resíduos sólidos. Além disso, em 2008, apenas 11,2% da população era atendida com abastecimento de água, além de que esgotamento sanitário não havia em nenhum ponto do município, nem mesmo nas áreas centrais da área urbana - o esgoto corre pelas sarjetas antes de cair nos riachos locais. O Consórcio Norte Energia, responsável por Belo Monte, assinou o compromisso de junto com a usina providenciar água e esgoto para toda a cidade de Altamira, mas as obras estão atrasadas.[14]
Os conflitos que historicamente marcam a ocupação da Amazônia estão reproduzidos em Altamira, com garimpeiros, índios, agricultores e ribeirinhos se confrontando.[18]
Cultura
Na segunda semana de Agosto ocorre o Festival Folclórico de Altamira organizado pela AGFAL (Associação dos Grupos Folclóricos de Altamira).[19] O evento ocorre desde 2003 e é considerada a maior festa cultural da Transamazônica e consta no calendário municipal de eventos da cidade. Antes era realizado em três noites de festa, começando na quinta-feira e terminando no sábado, com apresentação de três grupos por noite no mês de Julho, a partir de 2015 o Festival foi remanejado para a segunda semana do mês de Agosto ocorrendo somente em dois dias (sexta e sábado) com 5 grupos por noite.Somente o dia da divulgação do resultado do campeão foi mantido que é no domingo seguinte.
O evento nada mais é que uma competição de danças da região norte do país, como o Carimbó, o Siriá, o Rimtubão, a Toada, o Sirimbó e inclusive a Quadrilha Junina que e da cultura da região nordeste.
Cada grupo tem no mínimo 30 mim de apresentação e no máximo 40 mim onde uma banca de jurados que julgam o grupo em 8 quesitos alguns deles são harmonia, traje típico, sincronismo, evolução, coreografia, temática, conjunto e etc. Além disso também tem as apresentações da misses folclore representando cada grupo que são julgadas à parte, ou seja a pontuação da miss não diminui e nem acrescenta nota ao grupo.
O evento ocorre anualmente em um Ginásio Esportivo do município.
Campeões por Anos | |
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2003 | Flor da Juventude |
2004 | Flor da Juventude |
2005 | Cisne Branco |
2006 | Cisne Branco |
2007 | Tradição Aparecida |
2008 | Rosa dos Ventos |
2009 | Cisne Branco |
2010 | Tradição Aparecida |
2011 | Rosa dos Ventos |
2012 | Rosa dos Ventos |
2013 | Rosa dos Ventos |
2014 | Beija-Flor |
2015 | Tradição Aparecida |
Biodiversidade
Floresta Nacional de AltamiraSuperfície:689.012 hectares.
Bioma: Amazônia 100%
Floresta Ombrófila Aberta 74%
Floresta Ombrófila Densa 23%
A Flona de Altamira é uma das portas de entrada para a Terra do Meio, situada entre os rios Xingu e Tapajós, no estado do Pará. Cercada por terras indígenas, a região possui uma das maiores áreas de floresta relativamente não perturbadas na Amazônia Oriental.
A região é de importância crítica para a vida selvagem, abrigando numerosas espécies animais ameaçadas, incluindo onças, jacarés-açus, macacos-aranha, cuxiú da cara branca e tamanduás.
As maiores concentrações remanescentes de mogno (Swietenia macrophylla) no Brasil estão localizadas na Terra do Meio e nas terras indígenas dos arredores.
A Floresta Nacional de Altamira é também importante para a proteção de comunidades indígenas situadas em suas proximidades, funcionando com zona tampão para as terras indígenas Baú, Xipaia e Curuá[
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