quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

O padroeiro dos ourives

o padroeiro dos ourives

Santo Elói (St. Eligius)
- Dia 1º de dezembro


Santo Elói, Bispo e Confessor
(+ França, 659)
Corria o século VII quando o rei Clotário II, desejoso de possuir um trono de ouro, reuniu grande quantidade desse metal e começou a procurar algum ourives que lhe executasse o serviço. Mas todos os ourives que encontrou, sendo desonestos, lhe diziam que o ouro acumulado não era suficiente. Afinal apareceu Elói, mestre afamado de ourivesaria, e declarou que aquele ouro era suficiente para a confecção do trono. O contrato celebrado, Elói recebeu o ouro e se pôs a trabalhar. Sendo honestíssimo, aproveitou bem o ouro recebido e conseguiu com ele fazer não somente um, mas dois tronos, e os entregou ao rei. Admirado com a honestidade do artista, Clotário o nomeou guardião e administrador do tesouro real. Essas funções foram mantidas por Elói durante o reinado de Dagoberto II, filho de Clotário. Depois de muitos anos de bons serviços ao rei e ao reino, o antigo ourives foi feito bispo de Noyon, revelando-se um grande e zeloso prelado que estendeu suas atividades apostólicas muito além dos limites de sua diocese e até mesmo do reino.
Curiosidade:
O personagem principal na tela “A Goldsmith in his Shop” (1449), de autoria do holandês Petrus Christus, tradicionalmente identificado como Santo Elói (ou Eligius), o padroeiro dos ourives, é mais provável um retrato de um verdadeiro ourives do século XV. O casal está comprando um anel de casamento que está sendo pesado, enquanto a faixa que se estende sobre a bancada é mais uma alusão ao matrimônio. O espelho convexo, que liga o espaço pictórico à rua, reflete dois jovens homens com um falcão (símbolo do orgulho e da ganância) e estabelece uma comparação moral entre o mundo imperfeito do telespectador e o mundo da virtude e do equilíbrio retratado na tela.

Nenhum comentário:

Postar um comentário