Pegmatito:: s.m. - Rocha onde os minerais atingem grandes dimensões, em geral acima de vários centímetros. Em geral são corpos tabulares (dique) composto por feldspato, mica e quartzo. Apesar de ser um assunto controverso, a opinião mais aceita entre os geólogos, atribui origem ígnea a estas rochas.
Os pegmatitos são importantes fontes de minerais raros como turmalina, topázio, berilo, crisoberilo, granadas,tantalita e espodumênio entre outros.
Não é incomum encontrar estes minerais em tamanhos centimétricos, podendo chegar a metros. No pegmatito Jonas, Município de Conselheiro Pena, Minas Gerais, foi encontrado um cristal de turmalina rubelita com 1,07 metros de comprimento, pesando 125 quilos, tendo sido vendido por US$ 9000,00 (dólares).
No pegmatito Grota da Generosa, Município de Sabinópolis, Minas Gerais, tem sido encontrado cristais de microclina com até 3 metros e berilo com até 70 cm de diâmetro.
Entre os autores que atribuem origem ígnea aos pegmatitos, a opinião mais comum sobre o processo que leva à sua formação é a de que são originados de soluções residuais aquosas enriquecidas em silício e metais raros, provenientes do processo de resfriamento de rochas ígneas, em particular graníticas.
A presença de metais como cloro, flúor, fósforo e boro, atuam como fundentes, abaixando o ponto de fusão destes líquidos e criando um ambiente suficientemente fluído que permite fácil e rapidamente a difusão dos íons através da solução e em direção aos cristais que estão sendo formados.
Os íons presentes nesta solução aquosa, além do silício, são aqueles que não podem ocupar facilmente, por substituição, espaço no retículo cristalino dos minerais formadores da rocha de onde são provenientes. Estes íons são, principalmente, berílio, lítio, estanho, tântalo, nióbio, flúor, boro, cloro, que os principais constituintes dos minerais raros encontrados nos pegmatitos, como turmalina, mica lepidolita, topázio, cassiterita, volframita, berilo e suas variedades, etc.
Pegmatitos anatéticos
Alguns autores atribuem a formação de alguns pegmatitos ao processo de fusão parcial (anatexia), na base da crosta continental, de rochas pré existentes, o que acarreta a formação de líquidos aquosos, super aquecidos e enriquecidos em silício, alumínio, podendo ter ferro e, mais raramente, metais raros, como os citados acima.
Para estes pegmatitos tem sido dada a denominação de pegmatitos anatéticos, que no geral, quase não contém minerais raros, tendo uma composição meramente granítica, isto, com feldspato e quartzo e alguma mica muscovita e biotita. Os pegmatitos encontrados ao longo da Faixa Móvel Ribeira, parecem ser predominantemente deste tipo.
É possível que tal líquido formado por fusão parcial, atue como um lixiviador de metais das rochas por onde percola. De qualquer modo, seja como fluído residual, seja como fluído formado por fusão parcial, ambos apoiam a origem ígnea para os pegmatitos.
Pegmatitos alcalinos
No Estado do Rio de Janeiro também são encontrados alguns pegmatitos associados a rochas alcalinas recentes e pré-cambrianas, como o pegmatito alcalino de Xerém mineralizado em coríndon azul (safira).
Minerais de pegmatitos
Albita, anatásio, berilo, biotita, cassiterita, cerussita, elbaita, euxinita, ferrocolumbita, fluorapatita, fluorita, hematita, ilmenita, lepidolita, magnetita, microclina, milarita, monazita, montmorillonita, muscovita, nontronita, ortoclásio, pirita, piromorfita, quarto, rutilo, turmalina preta, espodumênio, uraninita e zircão
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