Reservas alternativas de água
Reservas
alternativas de água
A
única maneira de acabar com a água da Terra é acabando com o planeta.
A água está presente em praticamente todos os ambientes conhecidos. Na
atmosfera, na superfície, nos aquíferos subterrâneos, nos seres vivos, nas
emanações vulcânicas e também na maioria das rochas.
As rochas da crosta terrestre são ricas em minerais hidratados.
Se alguém tiver interesse em calcular a quantidade de água encerrada na
estrutura de minerais formadores de rocha verá que o volume é simplesmente
imenso. É lógico que , nas condições atuais essas reservas são apenas teóricas,
já que o custo da extração desta água será muito elevado e anti-econômico. No
entanto esta tecnologia poderá ser útil na conquista de planetas com pouca água
como Marte.
Soluções mais óbvias que estão sendo ou serão praticadas em breve
são:
Dessalinização: A dessalinização das águas do mar e de aquíferos
subterrâneos com salinidade elevada será a solução para vários países que tenham
o capital, a tecnologia e o acesso à água salgada. Infelizmente a água potável
gerada por estas usinas ainda é um produto caro e, naturalmente inacessível a
muitos.
A maior planta de dessalinização do mundo (foto abaixo) é a de Jubail na
Arábia Saudita. Ela processa 800.000 m3 de água por dia, o que pode
suprir 4 milhões de pessoas. Jubail produz, também, 2.743MW de
eletricidade.
Tratamento de águas servidas: No processo de gerenciamento de águas este
é um ponto fundamental.
Os países mais desenvolvidos estão investindo pesado
nesse campo. Um bom exemplo é a planta de tratamento de água servida e esgotos
de Silicon Valley, na Califórnia, que foi inaugurada recentemente.
Através de microfiltragens sucessivas e de filtros de osmose reversa com
desinfecção por ultra violeta a planta transforma a água poluída e os
esgotos em água potável 100% pura.
A capacidade da Planta Silicon Valley é de 30,4 milhões de litros por
dia.
No Brasil cidades como Brasília estão se destacando no tratamento e
reaproveitamento dessas águas.
Captação das águas da chuva: Em países com estações chuvosas é possível
maximizar os reservatórios e estoques de água pelo uso inteligente da água de
precipitação.
Por exemplo: somente a água que
é precipitada na Grande S. Paulo durante os meses de janeiro a março é superior
em volume a todo o consumo desta cidade em um ano.
Este exemplo é válido para
quase todos os locais onde existem estações chuvosas.
Precipitação média mensal (mm) em São Paulo no período 1933-2011
O exemplo da cidade de S. Paulo é ótimo.
A cidade está cercada por grandes represas
como a Billings e Guarapiranga, mas depende da água do Sistema
Cantareira.
Por falta de tratamento e de planejamento as
águas destas represas, que tem um volume bem maior do que todo o Sistema
Cantareira não são utilizadas.
O povo sofre de uma "crise hídrica" que não
existe pois água tem. O que não tem é investimento, tratamento e
distribuição.
Conclusão final:
A água da terra não está acabando. Na realidade a água da
superfície terrestre pode estar aumentando pela adição de água vulcânica. O
valor da água deverá aumentar consideravelmente pois existem países carentes que
terão que utilizar tecnologias caras ou importar água de países ricos. O Brasil
não deverá ter problema de falta de água se os governantes investirem
adequadamente no gerenciamento, armazenagem, tratamento e distribuição das
águas. Evitar a poluição das águas deve ser considerada a prioridade número um
dos Governantes.
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