sábado, 19 de março de 2016

A “dura” vida dos milionários CEOs da mineração

A “dura” vida dos milionários CEOs da mineração



Se você quer ganhar um salário anual de oito dígitos (em dólar) talvez seja interessante considerar a posição de CEO em uma das grandes empresas de mineração como a Rio Tinto, BHP e Vale.

É o caso de Sam Walsh, o CEO da Rio Tinto que ganha aproximadamente um total de US$10 milhões por ano.

Sam assumiu este cargo em janeiro de 2013 para substituir o infame Tom Albanese que havia dado um prejuízo recorde de US$22 bilhões em dois anos.

Tom, obviamente foi demitido e Sam, o novo salvador da pátria, com o seu sorriso “gente fina” começou uma gestão que tinha tudo para ser bem sucedida. No primeiro ano ele emplacou um lucro de US$3,7 bilhões e tudo levava a crer que ele ficaria no trono até a sua aposentadoria.

Um CEO até que ganha bem, mas é cobrado na mesma proporção.

Sam Walsh caiu em desgraça ao “colher” um prejuízo líquido de US$866 milhões em 2015. Não adiantou espernear e colocar a culpa nos preços em queda do minério de ferro, que, aliás, era uma verdade.

Sam caiu na desgraça assim como todos, ao quase todos, os executivos em seu lugar.

Eles são bem pagos para dar gigantescos lucros para os acionistas. Sem isso não existe razão para um CEO com salário de 8 dígitos.

Sam Walsh está sendo aposentado compulsoriamente em julho de 2016.

O mercado recebeu esta notícia hoje, mas, como sempre, se adianta e já se preocupa com o novo CEO, Sébastien Jacques , que vai assumir em seguida. O Rei está morto, viva o Rei.

É assim que as coisas funcionam em empresas sérias quando o CEO não corresponde.

No entanto, aqui no Brasil as coisas são bem diferentes.

Um bom exemplo é o CEO da Vale, Murilo Ferreira. Ele assumiu o cargo cheio de promessas em 2011. Queria produzir mais aço, agregando valor aos produtos de exportação da Vale, mas nada disso ocorreu.

Murilo teve um dos piores desempenhos em todo o setor.

Quando assumiu a Vale valia US$170 bilhões, hoje, depauperada por anos de mau gerenciamento, a mineradora tem um valor de mercado de apenas US$20 bilhões. Na gestão de Murilo a empresa encolheu 88% e somente no ano passado ele “gerenciou” um prejuízo de R$44,2 bilhões.

Alguém se pergunta se o nobre CEO, cujo salário é guardado a sete chaves, foi demitido?

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