terça-feira, 15 de março de 2016

O ouro vem sendo usado pela nossa civilização na confecção de jóias e adornos há mais de 6.000 anos

O ouro vem sendo usado pela nossa civilização na confecção de jóias e adornos há mais de 6.000 anos. O ouro foi usado como lastro monetário pelos principais países do mundo e na indústria eletroeletrônica. De acordo com boletim do BNDES (2000), em nível internacional, o ouro está progressivamente sofrendo um processo de desmonetização, perdendo suas funções de reserva monetária e ativo financeiro e transformando-se em uma commodity. O ouro apresenta em suas formas beneficiadas mais sofisticadas, um valor agregado elevado no caso das jóias e adornos. A exploração do ouro no Brasil teve seu apogeu na época do Brasil colonial, quando foi o maior produtor de ouro do mundo. A seguir houve declínio na produção de ouro sendo retomada no período 1970-1990, quando o Brasil tornou-se o quarto produtor de ouro do mundo, com destaque para a produção oriunda dos garimpos gerando com ocupação direta e indireta de mais de um milhão de pessoas nesta atividade produtiva. A partir de 1988, quando a produção atingiu o pico de 112.600 kg (22.600 kg de minas e 90.000 kg estimados de garimpos), houve um declínio na produção brasileira de ouro. Em 2003 esta produção atingiu o menor patamar de 40.416 kg de ouro e a partir de 2005 vem aumentando até 49.613 kg em 2007. O preço do ouro é um dos fatores que balizam o declínio ou aumento da sua produção; em 1970 o preço nominal do ouro era de US$ 35.94/oz (media anual – Londom PM Fix – www.kitco.com); em 1980 o preço médio alcançou US$ 612.56/oz e caiu nos anos seguintes até o patamar dos US$ 270/oz nos anos 2000-2002; a partir de então tem aumentado e em 2009 a cotação média atingiu US$ 972.35/oz. A produção de ouro bruto e beneficiado se dá principalmente nos estados de Minas Gerais, Pará, Goiás, Bahia e Mato Grosso, com produção crescente nos últimos três anos. Em 2007 foram produzidos 49,6 t de ouro com valor superior a US$ 1,1 bilhão. Na mineração o produto final do ouro se dá na forma de bullion. O ouro responde por aproximadamente 2,0% de toda a Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM) arrecadada no Brasil.(DNPM- Sumário Mineral, 2008) O preço do ouro resulta numa estreita relação entre a demanda e a produção, levando a um baixíssimo nível de estoques na indústria. A alta densidade do ouro torna baixo o custo do seu transporte do centro produtor (minas e garimpos) até as grandes metrópoles, onde fabricam e produzem o ouro em barras e fabricam jóias As reservas lavráveis de ouro no Brasil, estão concentradas nos Estados de Minas Gerais, Goiás, Pará, Bahia e Mato Grosso, e, como em muitos países do mundo, representam dezenas de anos de produção, nos níveis atuais. Os principais produtos do ouro, com maior valor agregado, têm sido a jóias e adornos. Apesar de que o parque produtivo tem investido relativamente pouco em inovações tecnológicas, os fornecedores têm conseguido atender à demanda do mercado com as instalações atuais, mesmo se em muitos casos elas não são modernas ou muito eficientes. O consumo de ouro aumentou em 2006 e 2007 nos países em desenvolvimento como Índia e Turquia e países da comunidade européia, causando aumento em nossas exportações de ouro. O investimento médio na mineração por tonelada adicional produzido pelas empresas no período histórico 1978-1997 foi de US$ 47,6 milhUm dos fatores que evidencia a importância desta indústria para o Brasil, é sua geração de empregos na economia, aproximadamente 10 mil em 2005, empregos formais nas minas, usinas e joalherias e outros 10 mil empregos informais nos garimpos.(Segundo Sindicato dos Garimpeiros,2008). O emprego de mão-de-obra na indústria do ouro está aumentando,porém houve nos últimos anos, declínio da população garimpeira (empregos informais). Entre as conclusões mais marcantes dessas projeções, estão: Aumento na produção de ouro nas minas do Brasil até o ano de 2030 para 83,7 toneladas, portanto um incremento de 53% acima da produção recente de 2008; Os investimentos nas minas e nas usinas, estimados como necessários para manter a produção nos níveis projetados, estimado em US$ 2,1 bilhão; Aumento de mão de obra empregada, dos quase dez mil empregados, atualmente, para 15 mil trabalhadores, com pouco mais da metade ocupada nas minas e indústria de jóias. Como somente pouco mais de 10% dessa mão de obra é de nível superior, e como não é prevista uma mudança nas exigências em relação à proporção de mão de obra mais qualificada, até 2030, imagina-se que o mercado não terá dificuldade em disponibilizar essa mão de obra. 2. INTRODUÇÃO O ouro é encontrado basicamente associado a sulfetos e tem como para gêneses ouro-cobre-ferro e livre nas aluviões. O ouro é encontrado em todos os continentes, e é extraído de rochas antigas (arqueozóicas e proterozóicas) e terrenos tercio-quaternários Esses depósitos são geralmente formados por eventos vulcânicos e alterações dessas rochas. As rochas arqueozóicas e proterozóicas e as tercioquaternárias representam aproximadamente 60% de todas as rochas do continente. As reservas mundiais de ouro superam 90.000 toneladas, porém a sua ocorrência com elevado teor superior a 8g/t de Au corresponde a menos de 20% das reservas de ouro lavradas em todo o mundo. O ouro representa uma grande variedade de uso, desde matéria prima para a confecção de jóias a lastro monetário. Os principais usos do ouro são: Produção de jóias; Indústria eletro- eletrônica; Lastro monetário; Moedas e medalhas comemorativas e muitos outros; As rochas metamórficas, em todo mundo, são os principais litotipos para ocorrências de ouro primário e os depósitos tercio-quaternários, os litotipos de ouro secundário. 3. A INDÚSTRIA DO OURO 3.1. Produção de Ouro no Brasil Com base no Anuário Mineral Brasileiro (AMB), ano 2007, publicado pelo Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), embora no Brasil o ouro apresente ampla distribuição geográfica, cerca de 90% da produção aurífera interna é proveniente de apenas cinco estados: Minas Gerais (48,8%), Pará (36,9%), Goiás (6%), Mato Grosso (4,6%) e Bahia (3,7%). Os dados da produção de ouro no Brasil nos anos 1988-2008, obtidos a partir do DNPM e da Secretaria de Geologia, Mineração e Transformação Mineral (SGM/MME), indicam que a produção aurífera em 2007, incluindo a participação de minas e garimpos, foi de 59,6 toneladas, tendo sido registrado um aumento de 20% em relação à produção no ano de 2007, conforme pode ser visualizados na

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