quarta-feira, 16 de março de 2016

Samarco: quatro meses sem ela

Samarco: quatro meses sem ela



 

O maior desastre da mineração brasileira destruiu não só comunidades e o meio ambiente, mas também a mineração na região de Mariana. Desde novembro de 2015 a Samarco, a maior produtora de pelotas de minério de ferro do mundo, está paralisada.

Com o desastre veio à falta dos investimentos e o dinheiro desapareceu da região.

Hoje o desemprego é a grande ameaça e a população e os políticos locais percebem que um mundo sem a Samarco é um mundo muito mais difícil e cruel.

Mariana vá viu ciclos minerais no passado. Ela cresceu com o ciclo do ouro, que um dia acabou e, agora pode ver o ciclo do minério de ferro ser engolido pela lama que jorrou da Barragem do Fundão.

A população se organizou e foi às ruas pedir a volta da operação da Samarco e a reabertura da mina, a condição mínima para que o progresso volte à Comunidade.

Ocorre que não é assim tão fácil reabrir a mina e passar uma borracha no ocorrido.

Por incrível que pareça, mesmo após quase cinco meses do desastre, ainda jorra lama das barragens da Samarco. A contaminação dos rios continua e os planos de recuperação ambiental ainda estão, na maioria, no papel. Ribeirinhos esperam assim, como todos os atingidos, por soluções que não veem.

Enquanto isso o desespero dos desempregados só faz aumentar.

E, pela primeira vez, a população defende com vigor a volta da mineradora. Afinal, noventa por cento da arrecadação do município vinha da Samarco.

Os ambientalistas, por sua vez, querem a cabeça da Samarco tentando minimizar o desespero dos desempregados. O debate está criado.

Quem deve ser priorizado? A população ou o meio ambiente?

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