Samarco: quatro meses sem ela
Com o desastre veio à falta dos investimentos e o dinheiro desapareceu da região.
Hoje o desemprego é a grande ameaça e a população e os políticos locais percebem que um mundo sem a Samarco é um mundo muito mais difícil e cruel.
Mariana vá viu ciclos minerais no passado. Ela cresceu com o ciclo do ouro, que um dia acabou e, agora pode ver o ciclo do minério de ferro ser engolido pela lama que jorrou da Barragem do Fundão.
A população se organizou e foi às ruas pedir a volta da operação da Samarco e a reabertura da mina, a condição mínima para que o progresso volte à Comunidade.
Ocorre que não é assim tão fácil reabrir a mina e passar uma borracha no ocorrido.
Por incrível que pareça, mesmo após quase cinco meses do desastre, ainda jorra lama das barragens da Samarco. A contaminação dos rios continua e os planos de recuperação ambiental ainda estão, na maioria, no papel. Ribeirinhos esperam assim, como todos os atingidos, por soluções que não veem.
Enquanto isso o desespero dos desempregados só faz aumentar.
E, pela primeira vez, a população defende com vigor a volta da mineradora. Afinal, noventa por cento da arrecadação do município vinha da Samarco.
Os ambientalistas, por sua vez, querem a cabeça da Samarco tentando minimizar o desespero dos desempregados. O debate está criado.
Quem deve ser priorizado? A população ou o meio ambiente?
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