terça-feira, 14 de junho de 2016

A memória dourada das 432 pistas de pouso do Tapajós

A memória dourada das 432 pistas de pouso do Tapajós



A primeira imagem retirada do google earth mostra uma pista engolida pela floresta ( a pista esta só de um lado da grota, a outra margem foi derrubada para ajudar na decolagem)
a segunda é um mapa das 432 pistas copiado do livro: A indústria Mineral no Para de Alberto Rogério Benedito da Silva


432 pistas de pouso abertas nos tempos onde as estradas não atravessavam a província;
A maioria hoje não esta mais utilizada, mas mesmo desativadas e a mata tomando conta, essas pistas ainda são importantes para:
- definir a posse e os limites das propriedades tradicionais, apesar das contestações com a chegada da nova onda de garimpeiros modernos....
- para ligar com a bibliografia técnica antiga, dos trabalhos realizados tanto por empresas como por órgãos governamentais que não usavam GPS na época.
- Para um acesso rápido no caso das pistas ainda estarem em operação
- Para delimitação dos requerimentos do subsolo
- Para contratos legais de superficiários: a empresa interessada devera assinar contrato com o superficiário, ou seja, o dono da pista, mesmo esta estando desativada. A eventual presença de outro garimpeiro local será ou por autorização deste superficiário ou um invasor de fora com intuito de fazer um reco rápido e ir embora.


- E essencialmente para amarrar com GPS a memória garimpeira, só que terá que andar muito, usar outra pista ou um acesso rodoviário novo para chegar ao local e pedir a um garimpeiro, geralmente idoso para mostrar todos os pontos da sua memória das ocorrências de ouro de sua juventude; Tendo a memória garimpeira, servira de base para pesquisar e reativar.
O uso das imagens de satélite com os seus impactos visíveis nas aluviões é uma forma de approach inicial, mas nada pode comparar se com as informações garimpeiras in loco com a presença de ouro grosso, ouro com prata (proximidade de filões), locais de bamburros, zonas pepitadas, entradas de montanha, filões pressentidos que a imagem de satélite não mostra.



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