Pedras Preciosas, Metais Nobres e Pedras Ornamentais
Entre os minerais que se destacam por sua beleza, há muitos que, por serem frágeis ou de dureza muito baixa, não podem ser aproveitados para fabricação de joias ou objetos decorativos. Eles são muito bonitos, dispensam lapidação ou qualquer tipo de beneficiamento, mas não servem para figurar numa joia.
Em compensação, minerais como esses são a grande paixão dos colecionadores, inclusive porque, por não terem outro uso que não seja como peça de coleção, geralmente são desprezados nas minas, garimpos e pedreiras. Os delicados cristais de calcita da foto abaixo são um exemplo. O que fazer com tais preciosidades senão admirá-las em sua pureza, em sua plenitude de suas formas e cores naturais? O mesmo pode ser dito dos milimétricos cristais de quartzo incolor sobre calcedônia cinza ou dos finíssimos cristais de alunogênio das fotos abaixo.
Mas há substâncias que se destacam pela beleza e, ao mesmo tempo, por um significativo valor econômico. São as gemas, os metais nobres e as pedras ornamentais. E é sobre eles que falaremos daqui em diante. As substâncias minerais valiosas por sua beleza são aproveitadas com três finalidades: adorno pessoal, na forma de joias; decoração de interiores, como esculturas, vasos, cinzeiros, pias, pesos de papel e muitos outros objetos; e acabamentos arquitetônicos, como pisos, revestimentos de paredes, escadarias, pedestais, colunas etc.
As usadas para adorno pessoal compreendem os metais nobres e as gemas. Na decoração de interiores, usam-se minerais decorativos. Para acabamentos arquitetônicos, usam-se principalmente as rochas ornamentais. Dentre elas, há clara preferência pelo granito e pelo mármore, mas usam-se também ardósia, basalto e quartzito, por exemplo. Esses materiais todos recebem a denominação comum de substâncias gemológicas e seu estudo e aproveitamento fazem parte da ciência chamada gemologia. Podemos dizer que substância gemológica é uma substância geralmente natural e inorgânica usada para adorno pessoal ou com fins decorativos.
Classificação das Substâncias Gemológicas
Fonte: Branco (2008).
Em compensação, minerais como esses são a grande paixão dos colecionadores, inclusive porque, por não terem outro uso que não seja como peça de coleção, geralmente são desprezados nas minas, garimpos e pedreiras. Os delicados cristais de calcita da foto abaixo são um exemplo. O que fazer com tais preciosidades senão admirá-las em sua pureza, em sua plenitude de suas formas e cores naturais? O mesmo pode ser dito dos milimétricos cristais de quartzo incolor sobre calcedônia cinza ou dos finíssimos cristais de alunogênio das fotos abaixo.
Mas há substâncias que se destacam pela beleza e, ao mesmo tempo, por um significativo valor econômico. São as gemas, os metais nobres e as pedras ornamentais. E é sobre eles que falaremos daqui em diante. As substâncias minerais valiosas por sua beleza são aproveitadas com três finalidades: adorno pessoal, na forma de joias; decoração de interiores, como esculturas, vasos, cinzeiros, pias, pesos de papel e muitos outros objetos; e acabamentos arquitetônicos, como pisos, revestimentos de paredes, escadarias, pedestais, colunas etc.
As usadas para adorno pessoal compreendem os metais nobres e as gemas. Na decoração de interiores, usam-se minerais decorativos. Para acabamentos arquitetônicos, usam-se principalmente as rochas ornamentais. Dentre elas, há clara preferência pelo granito e pelo mármore, mas usam-se também ardósia, basalto e quartzito, por exemplo. Esses materiais todos recebem a denominação comum de substâncias gemológicas e seu estudo e aproveitamento fazem parte da ciência chamada gemologia. Podemos dizer que substância gemológica é uma substância geralmente natural e inorgânica usada para adorno pessoal ou com fins decorativos.
Substância
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Uso
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Exemplos Típicos
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Gemas
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Gemas Naturais
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Minerais
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Adorno
Pessoal
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Esmeralda, diamante, tumalinas, granadas, rubi, safira, ametista etc.
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Orgânicas
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Coral, âmbar, pérola etc.
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Pérolas Cultivadas
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Pérolas cultivadas
diversas. | |||
Gemas Sintéticas
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Esmeralda sintética, rubi sintético etc.
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Gemas Artificiais
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Zircônia cúbica, YAG, GGG etc.
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Gemas Reconstituídas
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Turquesa reconstituída.
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Gemas Tratadas
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Topázio irradiado, citrino obtido por tratamento de ametista etc.
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Gemas Realçadas
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Esmeralda tratada com óleos.
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Gemas Revestidas
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Esmeralda revestida.
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Gemas Compostas
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Gema + gema,
gema + vidro etc. | |||
Metais Nobres
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Ouro
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Ouro.
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Prata
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Prata.
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Grupo da Platina
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Platina,
paládio e ródio. | |||
Pedras Ornamentais
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Minerais
Decorativos |
Decoração
de Interiores |
Ágata, sodalita, quartzo rosa etc.
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Rochas Ornamentais
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Acabamentos Arquitetônicos
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Mármores, granitos, ardósias etc.
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Como se pode ver, as gemas são a categoria com tipos mais variados, reflexo da diversificada origem dessas substâncias. Gema é uma substância geralmente natural e inorgânica que, por sua raridade, beleza e durabilidade, é usada para adorno pessoal.
Gemas naturais são, como o nome diz, aquelas encontradas na natureza. Delas, as gemas minerais são de longe as mais numerosas, as mais valiosas e, por isso, as mais importantes. Esse grupo inclui praticamente todas as pedras preciosas mais conhecidas e que vêm sendo usadas pela humanidade há vários milhares de anos, como diamante, esmeralda, rubi, turmalina, safira, granada, topázio, ametista etc.
Gemas orgânicas compreendem um grupo menor, mas também com alguns representantes bem conhecidos. São aquelas produzidas por seres vivos, como pérola, coral, âmbar, marfim, azeviche, jarina etc. Não sendo de origem mineral, não podem ser chamadas de pedras preciosas. Isso mostra que gema e pedra preciosa não são exatamente a mesma coisa, ainda que a imensa maioria das gemas sejam pedras preciosas.
Pérolas cultivadas não entram na categoria das gemas orgânicas porque, embora sejam produzidas exatamente pelo mesmo processo que as pérolas naturais, ele foi nelas provocado artificialmente.
Gema sintética é aquela produzida em laboratório e que tem uma correspondente natural. Ex.: esmeralda sintética, espinélio sintético, safira sintética etc. São gemas muito semelhantes às gemas naturais correspondentes e só podem delas ser distinguidas com equipamento apropriado.
Gema artificial é aquela também produzida em laboratório, mas que não tem uma correspondente natural conhecida. É, portanto, uma gema “inventada”. Ex.: zircônia cúbica, yag, fabulita.
Gema reconstituída é a gema produzida em laboratório por meio da aglomeração ou fusão parcial de fragmentos de uma gema natural. Quando a gema natural é muito friável, o que impede que seja lapidada, ela é triturada e misturada a uma cola. A mistura é então prensada e, com isso, adquire consistência para ser trabalhada. Ex.: turquesa reconstituída, âmbar reconstituído, lápis-lazúli reconstituído.
Gema tratada é aquela em que a cor ou outra propriedade foi modificada para lhe dar mais valor. O citrino obtido por tratamento térmico de ametista e a ágata tingida são exemplos de gema tratada.
Gema realçada é aquela que teve uma de suas propriedades, geralmente a cor, melhorada artificialmente. A ágata naturalmente avermelhada ou alaranjada pode ser aquecida para que sua cor fique mais forte. Ela poderia, portanto, ser incluída na categoria das gemas tratadas, mas modernamente prefere-se fazer essa distinção.
Gema revestida é aquela sobre cuja superfície se fez depositar uma fina camada, colorida ou não, da mesma substância ou de outro material. Pode ser obtida, por exemplo, fazendo depositar sobre um berilo incolor já lapidado uma fina camada de berilo verde, ou seja, de esmeralda.
Gema composta é a que se obtém unindo com cimento ou outro método artificial duas ou mais partes de gemas naturais, sintéticas ou artificiais. Pode ser gema natural com gema artificial, gema com vidro, vidro com duas gemas diferentes etc.
Metais nobres (ou metais preciosos) são um grupo de metais raros que inclui o ouro, a prata e os metais do grupo da platina (platina, paládio, ródio, irídio, ósmio e rutênio). Em gemologia, os metais do grupo da platina usados são a platina, o paládio e, em menor quantidade, o ródio.
Minerais decorativos são muitos. Entre os mais usados podem ser citados quartzo rosa, sodalita, ágata e cristal de rocha. Menos frequentemente, empregam-se na confecção de objetos decorativos também algumas rochas, como granito, mármore, pedra-sabão, serpentinito e lápis-lazúli.
Rochas ornamentais compreendem vários tipos de petrográficas, dos quais são bem mais importantes o granito e o mármore.
Convém esclarecer que aquilo que no comércio e na indústria se chama de granito ornamental compreende, na verdade, várias rochas formadas principalmente por silicatos, como sienito, pulaskito, diorito, charnockito, essexito etc. O termo mármore inclui também, no mercado de rochas ornamentais, dolomito e calcário.
O basalto, muito usado em pisos e paredes no sul do Brasil, é na verdade uma rocha um pouco mais rica em quartzo, o riodacito. Algumas rochas ornamentais dispensam polimento. Exemplo disso é o quartzito conhecido comercialmente como pedra caxambu ou são tomé, muito usado em torno de piscinas porque não fica quente demais, mesmo no verão forte. As ardósias, por sua vez, por terem baixa dureza, não podem ser polidas.
Gemas naturais são, como o nome diz, aquelas encontradas na natureza. Delas, as gemas minerais são de longe as mais numerosas, as mais valiosas e, por isso, as mais importantes. Esse grupo inclui praticamente todas as pedras preciosas mais conhecidas e que vêm sendo usadas pela humanidade há vários milhares de anos, como diamante, esmeralda, rubi, turmalina, safira, granada, topázio, ametista etc.
Gemas orgânicas compreendem um grupo menor, mas também com alguns representantes bem conhecidos. São aquelas produzidas por seres vivos, como pérola, coral, âmbar, marfim, azeviche, jarina etc. Não sendo de origem mineral, não podem ser chamadas de pedras preciosas. Isso mostra que gema e pedra preciosa não são exatamente a mesma coisa, ainda que a imensa maioria das gemas sejam pedras preciosas.
Pérolas cultivadas não entram na categoria das gemas orgânicas porque, embora sejam produzidas exatamente pelo mesmo processo que as pérolas naturais, ele foi nelas provocado artificialmente.
Gema sintética é aquela produzida em laboratório e que tem uma correspondente natural. Ex.: esmeralda sintética, espinélio sintético, safira sintética etc. São gemas muito semelhantes às gemas naturais correspondentes e só podem delas ser distinguidas com equipamento apropriado.
Gema reconstituída é a gema produzida em laboratório por meio da aglomeração ou fusão parcial de fragmentos de uma gema natural. Quando a gema natural é muito friável, o que impede que seja lapidada, ela é triturada e misturada a uma cola. A mistura é então prensada e, com isso, adquire consistência para ser trabalhada. Ex.: turquesa reconstituída, âmbar reconstituído, lápis-lazúli reconstituído.
Gema tratada é aquela em que a cor ou outra propriedade foi modificada para lhe dar mais valor. O citrino obtido por tratamento térmico de ametista e a ágata tingida são exemplos de gema tratada.
Gema realçada é aquela que teve uma de suas propriedades, geralmente a cor, melhorada artificialmente. A ágata naturalmente avermelhada ou alaranjada pode ser aquecida para que sua cor fique mais forte. Ela poderia, portanto, ser incluída na categoria das gemas tratadas, mas modernamente prefere-se fazer essa distinção.
Gema revestida é aquela sobre cuja superfície se fez depositar uma fina camada, colorida ou não, da mesma substância ou de outro material. Pode ser obtida, por exemplo, fazendo depositar sobre um berilo incolor já lapidado uma fina camada de berilo verde, ou seja, de esmeralda.
Gema composta é a que se obtém unindo com cimento ou outro método artificial duas ou mais partes de gemas naturais, sintéticas ou artificiais. Pode ser gema natural com gema artificial, gema com vidro, vidro com duas gemas diferentes etc.
Metais nobres (ou metais preciosos) são um grupo de metais raros que inclui o ouro, a prata e os metais do grupo da platina (platina, paládio, ródio, irídio, ósmio e rutênio). Em gemologia, os metais do grupo da platina usados são a platina, o paládio e, em menor quantidade, o ródio.
Rochas ornamentais compreendem vários tipos de petrográficas, dos quais são bem mais importantes o granito e o mármore.
Convém esclarecer que aquilo que no comércio e na indústria se chama de granito ornamental compreende, na verdade, várias rochas formadas principalmente por silicatos, como sienito, pulaskito, diorito, charnockito, essexito etc. O termo mármore inclui também, no mercado de rochas ornamentais, dolomito e calcário.
O basalto, muito usado em pisos e paredes no sul do Brasil, é na verdade uma rocha um pouco mais rica em quartzo, o riodacito. Algumas rochas ornamentais dispensam polimento. Exemplo disso é o quartzito conhecido comercialmente como pedra caxambu ou são tomé, muito usado em torno de piscinas porque não fica quente demais, mesmo no verão forte. As ardósias, por sua vez, por terem baixa dureza, não podem ser polidas.
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