Samarco, um caso mal resolvido
MPF recorre contra acordo de R$20 bilhões que prevê a recuperação dos danos causados pela Samarco em 15 anos.
Segundo o MPF a decisão deve ser suspensa até que “sejam sanadas suasomissões e contradições, ou, não sendo possível tal correção, a nulidade do acordo”.
Segundo o Ministério Público Federal o acordo feito entre o governo, a Vale e a BHP não irá garantir a reparação plena dos afetados pelo desastre, pois prioriza o patrimônio em detrimento das populações atingidas.
A Polícia Federal acaba de concluir um inquérito sobre o desastre que resultou em mortes, enormes danos ambientais e prejuízos aos moradores.
Segundo a PF a Samarco priorizou o lucro e negligenciou os riscos e a segurança. A mineradora não foi pega de surpresa pelo rompimento de Fundão, pois documentos provam que os problemas e riscos já eram conhecidos.
Para caracterizar, mais ainda, a falta de responsabilidade da Samarco, apesar de todos os avisos de problemas na barragem, os orçamentos da geotécnica haviam sido cortados e os equipamentos de monitoramento estavam inoperantes.
Segundo a PF a Vale contribui definitivamente para o desastre ao despejar rejeitos acima do quantificado.
Ainda estão sendo julgados vários crimes ambientais, pedidos de prisão para sete funcionários por homicídio qualificado, associação criminosa e omissão na adoção de medidas preventivas.
O acordo firmado também não está considerando as novas provas sobre a responsabilidade da Samarco nos rompimentos do dique S2 no dia 5, que causou um gigantesco fluxo de lama e acelerou o desastre.
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