Jazidas no Gabão são oportunidade para empresas brasileiras, diz embaixador
Empresas brasileiras poderão participar da exploração das minas de Belinga, no Gabão, onde se encontram as maiores reservas inexploradas de minério de ferro do mundo. A oportunidade foi anunciada pelo embaixador designado para aquele país, Appio Claudio Munia Acquarone Filho, cuja indicação foi aprovada nesta quinta-feira (30) pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), na qual também foram aprovadas as indicações dos novos embaixadores do Brasil na Bélgica e na República Tcheca. As três mensagens presidenciais serão agora submetidas ao Plenário.
Para a exploração das jazidas de Belinga, será necessária a construção de uma usina hidrelétrica, de uma ferrovia até as minas, próximas à fronteira com o Congo, e de um porto para a futura exportação do minério. A Vale chegou a se instalar no Gabão, mas deixou o país em 2007. Empresas chinesas chegaram então à região, mas o governo gabonês retomou as minas que poderão vir a ser operadas por empresas brasileiras, segundo o embaixador.
— Se conseguirmos fazer que as minas de Belinga sejam confiadas ao Brasil, as perspectivas para empresas nacionais, na montagem desse complexo, são enormes. O Gabão tem uma expectativa muito grande em relação ao Brasil. Se eu fosse sugerir que país seria prioridade de nossa nova atuação na África, esse país seria o Gabão, que está à espera de um passo brasileiro em sua direção. É um fruto maduro a ser colhido — disse Acquarone.
Esse país, que tem o maior Produto Interno Bruto (PIB) per capita da África, crescimento médio de 4,2% nos últimos quatro anos e inflação de 3%, tem, porém, uma representação muito modesta do Brasil. Segundo relato lido na reunião pelo presidente da comissão, senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), a embaixada brasileira em Libreville conta com a presença apenas do embaixador, que não tem a ajuda de nenhum outro diplomata.
Fonte: Agência do Senado
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