Mineração: em quem apostar as fichas?
Após crises de proporções mundiais as grandes empresas de mineração recomeçam a pensar em estratégias globais e investimentos futuros.
Até pouco tempo atrás, quase tudo que se produzia tinha apenas um destino certo: a China.
Apesar da China continuar a crescer e estarrecer existem, no horizonte, outros países que irão também, polarizar a economia do mundo.
Os mais óbvios são a Índia e a Indonésia, cuja população, somada à da China, corresponde a 40% da população total do planeta.
Hoje sabemos que em países em desenvolvimento bem gerenciados a população passa a ser a maior riqueza. Foi assim que a China criou um modelo de crescimento que a conduziu ao topo das maiores economias do mundo. E será assim que a Índia e a Indonésia irão se juntar as cinco maiores economias do mundo ainda nas próximas décadas.
É essa a aposta do CEO da BHP, Andrew Mackenzie. Ele é um dos que acredita piamente no conceito de “século asiático” onde, nos próximos cem anos, irão surgir economias em desenvolvimento que tornarão a Ásia na maior concentração de riqueza do mundo.
É, portanto, em países como a China (previsão de crescimento do PIB de 6,3% para 2016), Índia (7,5% ) e Indonésia ( 5%) que os grandes conglomerados da mineração e a maioria das grandes empresas globais irão apostar as suas fichas.
E, quando o assunto é mineração as fichas serão de ferro, cobre, carvão, petróleo, alumínio, lítio, terras raras e de metais básicos.
E onde o Brasil se encaixa nesta equação? Não se encaixa!
O mundo ainda está tentando entender se o Brasil voltará a crescer antes de 2017 e qual será a relevância da economia brasileira no mercado global futuro.
O maior problema do Brasil é a perda de imagem.
De um país bom pagador, a sétima maior economia mundial (rapidamente se transformando na quinta maior) foi rebaixado a mau pagador, entrou em recessão e tem quase doze milhões de desempregados em uma economia a beira da catástrofe.
Tudo isso em menos de quatro anos.
Enquanto o mundo cresce aceleradamente e as fichas estão sendo colocadas no tabuleiro mundial nós, alijados que fomos, iremos assistir de longe mais um boom.
Como espectadores, pois a nossa economia, segundo os otimistas, levará mais de 10 anos para se recuperar...
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