Na mitologia, diz-se que a água-marinha é um presente de Netuno
às sereias e seres do mar sendo usada até hoje, como proteção, pelos marinheiros. No esoterismo, essa gema é considerada o símbolo
da felicidade e juventude eterna. Acreditam que usar uma água-marinha no pescoço, diminui o domínio da mente consciente sobre a mente
sensitiva. Auxilia na percepção dos impulsos extra-sensoriais e ampliam a consciência. Todo esse poder e beleza atraem muitas pessoas e aumentam a demanda por joias com essa magnífica pedra.
às sereias e seres do mar sendo usada até hoje, como proteção, pelos marinheiros. No esoterismo, essa gema é considerada o símbolo
da felicidade e juventude eterna. Acreditam que usar uma água-marinha no pescoço, diminui o domínio da mente consciente sobre a mente
sensitiva. Auxilia na percepção dos impulsos extra-sensoriais e ampliam a consciência. Todo esse poder e beleza atraem muitas pessoas e aumentam a demanda por joias com essa magnífica pedra.
O nome água-marinha foi dado à essa gema em virtude de sua cor azul esverdeada, semelhante à cor do mar, vem do latim “acqua marinae”. Apresenta, em sua maioria, tons claros. Porém, as mais valiosas são as azuis escuras e azuis celestes.
É uma variedade do mineral chamado berilo, seus cristais são prismáticos, de base hexagonal. A água-marinha e a esmeralda pertencem à mesma família, são silicatos de alumínio de berílio, porém, são extremamente diferentes. Enquanto a esmeralda é colorida por vestígios de cromo e vanádio, a cor da água-marinha é o resultado de impurezas de ferro. Ao contrário da esmeralda, que praticamente não fornece gemas límpidas, a água-marinha pode ser encontrada em cristais grandes e sem inclusões. Quando são encontradas, as inclusões tem a forma de hastes ocas longas, muito frequentes nos berilos. Em alguns casos, há a presença do nivelador, uma espécie de bolha de gás, com um líquido, que se move ao mexermos a pedra.
Raramente apresentam efeitos de chatoiance ou asterismo, quando isso acontece, as gemas são cortadas e polidas em cabochões e chegam a atingir valores altíssimos.
É uma variedade do mineral chamado berilo, seus cristais são prismáticos, de base hexagonal. A água-marinha e a esmeralda pertencem à mesma família, são silicatos de alumínio de berílio, porém, são extremamente diferentes. Enquanto a esmeralda é colorida por vestígios de cromo e vanádio, a cor da água-marinha é o resultado de impurezas de ferro. Ao contrário da esmeralda, que praticamente não fornece gemas límpidas, a água-marinha pode ser encontrada em cristais grandes e sem inclusões. Quando são encontradas, as inclusões tem a forma de hastes ocas longas, muito frequentes nos berilos. Em alguns casos, há a presença do nivelador, uma espécie de bolha de gás, com um líquido, que se move ao mexermos a pedra.
Raramente apresentam efeitos de chatoiance ou asterismo, quando isso acontece, as gemas são cortadas e polidas em cabochões e chegam a atingir valores altíssimos.
Na joalheria, essa gema é muito apreciada pois harmoniza com todos os tipos de pele, cor dos olhos, look e estilo das mulheres. Ela é uma gema com preços acessíveis e vem se tornando cada vez mais popular. Os brincos são os mais apreciados. Cortes com facetas são muito utilizados em pingentes. Mesmo tendo essas preferências, as mulheres também apreciam e procuram, pulseiras, colares, anéis e braceletes.
É típica do Brasil e, aqui, foram encontrados os maiores exemplares e as maiores jazidas. O maior deles, com 110Kg, foi encontrado em 1920, em Minas Gerais, na cidade de Marambaia. Os estados Espírito Santo, Alagoas, Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte também são produtores. Atualmente, o Brasil está perdendo espaço com a diminuição da produção e quantidades extraídas, entretanto, continua em 1º lugar.
Também são encontradas em outros países como: Magadascar, Austrália, Índia, Africa do Sul, EUA, Myanmar (Birmânia), China, Quênia, Moçambique, Namíbia, Nigéria, Paquistão, Zâmbia e Zimbábue. Karur, na Índia, recentemente se tornou um dos maiores fornecedores de água-marinha. Os melhores cristais azul-escuros de água-marinha vêm de Madagascar.
Algumas minas de água-marinha da África, Madagascar e Moçambique, por exemplo, são conhecidas pela produção dessa gema com cor intensa, contudo em tamanhos menores de 5 quilates.
Também são encontradas em outros países como: Magadascar, Austrália, Índia, Africa do Sul, EUA, Myanmar (Birmânia), China, Quênia, Moçambique, Namíbia, Nigéria, Paquistão, Zâmbia e Zimbábue. Karur, na Índia, recentemente se tornou um dos maiores fornecedores de água-marinha. Os melhores cristais azul-escuros de água-marinha vêm de Madagascar.
Algumas minas de água-marinha da África, Madagascar e Moçambique, por exemplo, são conhecidas pela produção dessa gema com cor intensa, contudo em tamanhos menores de 5 quilates.
Cor e tratamento
Ela pode ser de vários tons de azul e azul esverdeada, de pequena a grande intensidade.
A água marinha de cor fraca é aquecida a 400-500°C para ficar mais escura. Esse aquecimento reduz o componente Fe3+ para Fe2+, deixando a gema mais azul. Contudo, algumas pessoas preferem os tons naturais por serem mais parecidos com o azul do mar.
Essa prática é muito utilizada e devemos tomar cuidado, pois nem sempre esse tratamento é revelado. Entretanto, ele não diminui a pureza da gema e a cor obtida é permanente. O aquecimento a baixas temperaturas reduz tons verdes e amarelos.
O topázio natural e o espinélio sintético azuis são, muitas vezes, vendidos como água-marinha. O topázio pode ser de cor natural ou submetido à raio gama. Mas a água-marinha é menos densa que este (flutua no bromofórmio, enquanto o topázio afunda).
Há, ainda, os berilos verdes e amarelos que, depois de serem submetidos à tratamentos como o de aquecimento, também são comercializados como água marinha. Estima-se que mais de 90% das águas marinhas comercializadas no mercado internacional são esses berilos. Os berilos chamados maxixe, eventualmente, são tratados por irradiação, porém as cores obtidas são bastante instáveis, podendo empalidecer em poucas semanas ou permanecerem por muitos anos. Acredita-se que alguns dos fatores desta instabilidade sejam o armazenamento e a frequência de uso.
Essa prática é muito utilizada e devemos tomar cuidado, pois nem sempre esse tratamento é revelado. Entretanto, ele não diminui a pureza da gema e a cor obtida é permanente. O aquecimento a baixas temperaturas reduz tons verdes e amarelos.
O topázio natural e o espinélio sintético azuis são, muitas vezes, vendidos como água-marinha. O topázio pode ser de cor natural ou submetido à raio gama. Mas a água-marinha é menos densa que este (flutua no bromofórmio, enquanto o topázio afunda).
Há, ainda, os berilos verdes e amarelos que, depois de serem submetidos à tratamentos como o de aquecimento, também são comercializados como água marinha. Estima-se que mais de 90% das águas marinhas comercializadas no mercado internacional são esses berilos. Os berilos chamados maxixe, eventualmente, são tratados por irradiação, porém as cores obtidas são bastante instáveis, podendo empalidecer em poucas semanas ou permanecerem por muitos anos. Acredita-se que alguns dos fatores desta instabilidade sejam o armazenamento e a frequência de uso.
Sintéticas
A Rússia começou a produzir água marinha sintética, a partir de 1999, através do método hidrotermal, e a comercializa mundialmente. Eventualmente uma destas é vista aqui no Brasil. Como as características químicas e físicas da gema sintética são iguais as naturais, para distinguir uma sintética de uma natural deve-se realizar um exame das estruturas ao microscópio.
Os custos da produção dessa gema sintética é elevado quando comparado à relativa abundância de água-marinha.
Os custos da produção dessa gema sintética é elevado quando comparado à relativa abundância de água-marinha.
Avaliação
A água-marinha tem excelente transparência e clareza. A intensidade da cor e a clareza das pedras são os critérios mais utilizados na avaliação. A qualidade do corte também é fator determinante no preço delas.
Mas, quanto mais azul ela for mais valiosa será, razão pela qual deve ser lapidada com a orientação cristalográfica correta, caso contrário, ficará esverdeada.
Pedras coloridas variam com a proporção de tamanho e peso e devem ser compradas por tamanho e não por quilate.
Mas, quanto mais azul ela for mais valiosa será, razão pela qual deve ser lapidada com a orientação cristalográfica correta, caso contrário, ficará esverdeada.
Pedras coloridas variam com a proporção de tamanho e peso e devem ser compradas por tamanho e não por quilate.
Lapidação
A água-marinha pode ser lapidada em forma facetada ou cabochão. São muito versáteis e muito apreciadas para cortes quadrados, retangulares e com formas longas. Os mais comuns são oval, almofada, pêra e redonda.
As gemas de tamanhos maiores são, frequentemente, esculpidas em forma de esculturas. A dureza e transparência dela, a tornou muito popular entre os designers, artistas e escultores. Embora a água-marinha seja dura, é também uma gema bastante frágil, que se lasca com facilidade, deve-se ter cuidado e não submetê-la a golpes súbitos.
As de menor qualidade e que não tem boa transparência são usadas nas peças de joalheria como miçangas e cascalhos.
Por ser uma gema dicróica (minerais que cristalizam nos sistemas trigonal, tetragonal e hexagonal), as lapidações são feitas, normalmente, pelo melhor ângulo de cor, ao invés do maior tamanho.
As gemas de tamanhos maiores são, frequentemente, esculpidas em forma de esculturas. A dureza e transparência dela, a tornou muito popular entre os designers, artistas e escultores. Embora a água-marinha seja dura, é também uma gema bastante frágil, que se lasca com facilidade, deve-se ter cuidado e não submetê-la a golpes súbitos.
As de menor qualidade e que não tem boa transparência são usadas nas peças de joalheria como miçangas e cascalhos.
Por ser uma gema dicróica (minerais que cristalizam nos sistemas trigonal, tetragonal e hexagonal), as lapidações são feitas, normalmente, pelo melhor ângulo de cor, ao invés do maior tamanho.
A água-marinha é quebradiça e sensível à pressão, por isso, o cuidado com a gema deve ser maior em relação à gemas mais resistentes. Como sempre, não deve ser utilizada quando praticar atividades físicas, manuseio de produtos de limpeza e outros produtos químicos. Para o armazenamento, deve-se colocar a joia em local protegido, separada de outras peças, em saquinhos de veludo, por exemplo, impedindo que outras peças possam riscar, trincar ou quebrar a pedra.
A maioria das água-marinhas pode ser colocada em um limpador ultra-sônico a menos que tenham fraturas ou inclusões. Nesse caso, uma escova de dente e água quente é ideal. Você pode usar água morna e sabão também, porém se certificando se o resíduo do sabão foi retirado.
Matéria de Amanda Rodrigues - Edição nº 12 da Revista Joias & Design
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