quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Commodity quente”, minério de ferro vai esfriar, diz Citi

Commodity quente”, minério de ferro vai esfriar, diz Citi

minério de ferro, considerado pelo Citigroup como uma das commodities quentes de 2016, parece estar esfriando. Os preços poderiam cair em breve porque a oferta está aumentando e a demanda por aço está diminuindo, afirmou o banco, somando-se ao coro de analistas que projetam o fim da alta inesperada dessa matéria-prima.
O preço da tonelada do minério atingirá uma média de US$ 51 no fim do trimestre e de US$ 45 em 2017 no cenário de base, disseram analistas liderados por Ed Morse em um relatório recebido nesta terça-feira. Hoje, o preço da tonelada do minério com 62 por cento de conteúdo estava a US$ 61,75, segundo a Metal Bulletin, e a média acumulada no ano era de US$ 53,64.
“Acreditem ou não, o minério de ferro e o carvão são as commodities quentes de 2016”, afirmou o banco em uma nota, recomendando que os investidores “se desfaçam delas quando as commodities começarem a se reequilibrar”. E acrescentou: “Não esperem que esta força dure. Estruturalmente, continua havendo no mundo um excesso de oferta de matérias com custo relativamente baixo.”
Embora o minério de ferro tenha subido mais de 40 por cento em 2016 após três quedas anuais, agora os bancos estão se alinhando para projetar a probabilidade de mais fraqueza mais adiante, com o Morgan Stanley e o UBS Group também sinalizando perspectivas de declínio no desenrolar de 2016.
O Citigroup afirmou que, embora o minério de ferro possa continuar forte até outubro, o enfraquecimento da demanda, junto com o aumento da oferta nas minas, poderia afetar os preços a partir desse mês.
O minério de ferro “poderá enfrentar grandes dificuldades no fim de 2016 e na maior parte de 2017”, escreveram os analistas, chamando a matéria-prima de “queridinha” das commodities no ano até agora.
“Os equilíbrios entre a oferta e a demanda em 2017 apontam para preços mais baixos, devido à diminuição da demanda chinesa e à produção dos novos projetos da Vale e da Roy Hill”.
A previsão do Morgan Stanley é de que que os preços voltarão a cair para US$ 40 por tonelada neste semestre porque a chegada do inverno na China reduz a demanda e a oferta de aço, de acordo com um relatório divulgado no início deste mês.
Mas nem todos estão pessimistas. É provável que o minério de ferro prolongue a alta deste ano à medida que a China tomar mais medidas para estimular o crescimento e o dólar enfraquecer, de acordo com Jason Schenker, da Prestige Economics, que fez uma das poucas projeções otimistas no último trimestre do ano passado, mesmo quando a commodity registrou uma perda de dois dígitos.
Fonte: Exame

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