quarta-feira, 3 de agosto de 2016

CORÍNDON DE BOA QUALIDADE EM MINAS GERAIS- (FALTA PESQUISAR)

- Indaiá Na ocorrência de Indaiá, safiras de colorações que variam de azul profundo ao violeta, quase púrpura, são encontradas em depósitos coluvionares e aluvionares. Os cristais apresentam-se anédricos, geralmente de tamanho pequeno (< 4 mm) e alguns mostram um moderado efeito de mudança de cor (efeito alexandrita). Em termos de cor e transparência as safiras mostram um bom potencial para aproveitamento gemológico, o qual pode ser sensivelmente aumentado com um tratamento térmico adequado. Análises químicas (microssonda eletrônica, fluorescência de raios X) e espectroscópicas mostraram a presença de Fe, Ti e Cr como prováveis elementos causadores de cor na safira. O efeito de mudança de cor (efeito alexandrita) e a forte fluorescência são associados à presença do íon Cr3+ (ver Quadro 2.4). Trabalhos recentes em coríndon de outras localidades no mundo utilizam a relação Cr/Ga e Fe/Ti como parâmetro indicativo da gênese do mineral, permitindo uma distinção entre as origens metamórfica e basáltica através da geoquímica de elementos traços (Sutherland et al.1998 ; Sutherland & Schwartz 2001). Com base nesse parâmetro geoquímico, o material de Indaiá é de gênese metamórfica. Além disso o estudo de inclusões sólidas, utilizando o Microscópio Eletrônico de Varredura, revelou a presença de um dos polimorfos de alumínio (Al2SiO5) dentro do mineral, apontando claramente uma associação com rochas metamórficas e descartando a possibilidade desse material ter sido originado em rochas ígneas ou pegmatitos presentes na região. B - Sapucaia A safira de Sapucaia ocorre em cristais euédricos, subédricos e fragmentos irregulares, nas cores azul, púrpura, violeta, verde e preta. Apresenta-se em prismas hexagonais alongados e muitas vezes terminados em bipirâmide, sendo a superfície externa dos cristais normalmente lisa e freqüentemente recoberta por moscovita microcristalizada. A maior parte dos cristais mostra dimensões em torno de 1cm, variando desde alguns milímetros até 8cm de comprimento (o maior exemplar encontrado até o momento). Os cristais exibem pronunciada partição basal e romboédrica nos planos de geminação polissintética. Em termos de diafaneidade, são opacos até transparentes e parte pode ser aproveitada como gema, apesar das abundantes fraturas; nos exemplares translúcidos e transparentes foi verificada uma distribuição irregular da cor, além de inclusões opacas. Como efeitos ópticos especiais foram observados o efeito alexandrita (safiras azuis em luz natural tornam-se violeta sob iluminação incandescente), o efeito seda (brilho prateado sedoso) e, nas safiras pretas, ocorre ainda o asterismo com a formação de estrela de seis pontas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário