Crônica: O Garimpo do Rumo
O GARIMPO DO RUMO.
Desde que aqui aportaram, os portugueses não tiveram outra motivação a não ser o trabalho fácil de procurar ouro ou pedras preciosas, à flor da terra, de preferência. Mesmo os mais abastados daquele país chegavam desacompanhados dos seus familiares e aqui se juntavam a outros aventureiros solteiros, formando um grupo de exploradores dispostos a se embrenhar pela mata à dentro a procura de fortuna fácil. Eufemisticamente essas aventuras eram denominadas de “entradas e bandeiras” e as pessoas que participavam se denominavam de “bandeirantes”. Nessa brincadeira de “bandeirantes” eles percorreram todo o interior do Brasil chegando até à Chapada Diamantina e as margens do Rio São Francisco. Essas andanças se acabaram lá pelo século XVII quando constataram que as pedras preciosas e o ouro não se encontravam à flor da terra como pensavam.
A cidade de Xiquexique (BA), como muitas outras por esse Brasil a fora, deve o seu surgimento a essas pessoas que, aventurescamente partiam do sudeste do País em direção ao interior, galgando serras e transpondo rios. Nessas andanças chegaram até o Rio São Francisco, perambularam por todo o leito do seu afluente Rio Verde, e visitaram as inúmeras ilhas que formam o arquipélago em torno da cidade, com destaque para a Ilha do Miradouro de onde avistavam parte da Chapada Diamantina, principalmente a região onde hoje situam-se as cidades de Gentio do Ouro e Gameleira do Açuruá, que durante muitos anos forneceram ouro e pedras preciosas para esses aventureiros.
Mais tarde, ainda no primeiro quartel do século 20, quando escassearam os diamantes e as pepitas de ouro, pela dificuldade de serem extraídos do sub-solo, a cobiça dos garimpeiros nativos, substitutos daqueles “bandeirantes”, transferiu-se para uma pedra menos valorizada, mas que poderia fazer a fortuna daquele que tivesse a sorte de encontrar uma pródiga mina: essa pedra era o cristal de rocha. Em pouco tempo o município de Xiquexique (BA), foi objeto de uma grande corrida em busca desse mineral translúcido, com cada garimpeiro sonhando encontrar a mina que lhe mudaria o próprio destino. O normal era que cada garimpeiro, através de uma intuição própria, escolhesse um local para começar a cavar na esperança de encontrar o tão procurado CRISTAL a alguns metros de profundidade. Cada um desses buracos, denominado de CATRA era uma propriedade particular, respeitada pelos demais garimpeiros. Como a grande maioria dos garimpeiros era formada de pessoas de baixa renda e cada um dedicava-se integralmente à procura do cristal, logo surgiu a figura até certo ponto necessária, do fornecedor que fazia com que gêneros alimentícios chegassem à cada garimpo, formado por uma série de catras, para que o garimpeiro se preocupasse apenas em cavar o buraco tendo como certo o alimento diário e as suas demais necessidades.
No final da década de 1930 uma notícia circulou, como um rastilho de pólvora, por todo o município: fora descoberta, na Serra do Rumo, perto do Povoado de Boa Vista, a uns 20 km de Xiquexique, uma localidade com grande afloramento de cristal de rocha e que se mostrava promissora estando, inclusive, sendo tida por alguns garimpeiros que visitaram a região, como o maior garimpo de cristal já descoberto. Logo ficou conhecido como GARIMPO DO RUMO e, nos poucos anos que existiu ficou conhecido como o maior e mais famoso garimpo de cristal de rocha que até hoje se tem notícia. Iniciou-se, com isso, uma verdadeira corrida em direção à Serra do Rumo, duplicando a população de Xiquexique face a constante chegada de aventureiros de todas as partes do Brasil. Nessa época o Japão comprava a pedra de cristal do jeito que saia da terra, por intermédio de uma representação com sede na cidade do Rio de Janeiro, exigindo apenas que o cristal fosse puro.
Em poucos meses a Serra do Rumo foi tomada por milhares de garimpeiros que abriram milhares de buracos em toda a sua extensão e o cristal de rocha extraído das catras era em tal quantidade que em pouco tempo inúmeras fortunas foram feitas e como esses novos ricos não estavam habituados à posse do dinheiro começaram a fazer as maiores extravagâncias. Era para o Rumo e não mais para a cidade de Xiquexique, que se dirigiam todas as diversões que chegavam ao município. Ali se instalavam os circos, os parques, o cinema e principalmente as prostitutas que para lá se dirigiam na esperança de ficarem com parte da fortuna que por ali circulava. Ante essa loucura de muito dinheiro, muita bebida, muita prostituta e muitas outras diversões os rudes garimpeiros se perderam e passaram a gastar, descontroladamente, a fortuna conseguida com muito suor e muita sorte. Eram festas homéricas a cada fim de semana e a cada dia o surgimento de novos ricos não parava. Contam os mais velhos que ali estiveram presentes, que muitos garimpeiros acendiam cigarros com cédulas de dinheiro, sob a alegação exibicionista de que estavam ricos e podiam gastar.
No que pese a grande quantidade de cristal extraído no garimpo do Rumo e a espantosa fortuna gerada no local, o lugarejo continuava miserável e, desordenadamente construído, sem as mínimas condições de habitabilidade e higiene. Os moradores não tinham interesse em introduzir melhorias nas suas casas, construídas de taipa com cobertura de palha de carnaúba ou lona e piso de terra batida, pois a permanência deles em cada um desses casebres era de curto prazo. À medida que novos minas de cristal eram identificadas os garimpeiros se lançavam na direção dos novos garimpos deixando para trás as miseráveis casas que até então lhes haviam servido de teto. Mas, nessa babel, havia um contingente que não seguia a horda dos garimpeiros na nômade tarefa de cavar cristal, permanecendo sempre no mesmo lugar. Eram os bodegueiros, as prostitutas, as bancas de jogatinas e outras pessoas que ali estavam com o único intuito de se apoderarem, de alguma forma, da fortuna dos que estavam garimpando. Essa também pobre população permanente terminou por formar uma pequena comunidade que ficou conhecida em toda a região como o Povoado do Rumo, local para onde os garimpeiros, nos fins de semana, retornavam para se divertirem um pouco. Era ali também onde se poderia encontrar gêneros alimentícios ou outras mercadorias expostas a venda. O bem mais precioso, contudo, continuava a ser a água potável que era apanhada a alguns quilômetros do Povoado do Rumo e transportada em latas de querosene, sobre lombos de jumentos.
Mesmo pequenino o Povoado do Rumo dispunha de um delegado de polícia com um pequeno destacamento de soldados, ali colocados pelas autoridades do Estado pra coibir qualquer forma de violência naquele ambiente por si só hostil. Mas, devido à atividade desenvolvida por aquele povo era comum o uso de armas, exibidas como algo obrigatório e indispensável por todos os garimpeiros. Pequenas brigas motivadas pela ingestão de álcool sempre aconteciam e nesses casos a própria população se encarregava de reduzir a violência amarrando os garimpeiros transgressores numa árvore até a chegada dos policiais.
Mas, algo de muito ruim estava para acontecer. Alguns garimpeiros mais velhos pressentiam no ar que aquela situação não perduraria por muito tempo. No pequeno Povoado do Rumo os garimpeiros só se ocupavam da extração do cristal e, nos fins de semana, viviam em completa orgia ao lado das bebidas alcoólicas, da jogatina e das mulheres prostitutas. Não existia nenhuma preocupação com o lado espiritual de cada um daqueles moradores. Era uma representação, em miniatura da bíblica Sodoma. Os garimpeiros trabalhavam de segunda a sábado, de sol a sol dentro de um buraco que às vezes atingia 10 metros de profundidade, sem nenhuma segurança, preocupando-se apenas em achar, enterrada, uma canga de cristal. Tinham como obrigação conseguirem alguma pedra que ao menos lhes desse condições de desfrutar, no domingo, os vapores do álcool e os enganos da prostituta. Essa era a vida daquela comunidade.
Transcorria o ano de 1942, num domingo de muito sol e muito barulho, pois todos os garimpeiros estavam se divertindo no pequeno Povoado do Rumo, quando, por volta do meio dia escuta-se o alarme de alguém gritando que as casas de uma determinada rua estavam incendiando. Todos correram para o local na intenção de apagar o fogo, tarefa dificultada pela escassez de água. Mal tinham começada a dura faina , alguém alarma que na outra extremidade do povoado, as casas, também estão sendo destruídas pelo fogo. Parte dos moradores correu para atacar esse outro foco e mal chega recebe a notícia de que o centro do povoado, local onde se realiza toda atividade econômica do lugar também está se transformando em cinzas. Era uma catástrofe comparável à destruição de Pompéia. O fogo ficou incontrolável, pois todos os casebres eram cobertos de palha ou de lona e, em minutos foram destruidos. Contam os mais velhos que o incêndio durou semanas e no céu se formou uma grande nuvem negra que da cidade de Xiquexique podia ser avistada.
Ao contrário dos desaparecimentos de Sodoma e Pompéia, ambas, também destruídas pelo fogo, a primeira narrada pela Bíblia e a segunda contada pela História, a destruição do Garimpo do Rumo até hoje é um enigma e mesmo os mais velhos que presenciaram o terrível incêndio não conseguiram encontrar uma explicação para a origem e o autor de tão sinistro acontecimento. Ao lado da misteriosa destruição do Garimpo do Rumo convive outro mistério muito mais estranho, pois, no que pese o incêndio haver acontecido no momento em que os cristais estavam surgindo em grande quantidade de sob a terra, até hoje ninguém mais se interessou em retornar àquele lugar para garimpar, mesmo os calejados garimpeiros que lá moravam e com certeza conheciam de cor todas as boas catras e que após o incêndio passaram a categoria de abandonadas podendo por isso serem utilizadas por qualquer um. Até mesmo a população que hoje reside no local do antigo Povoado do Rumo não comenta o terrível incêndio que em 1942 acabou com o Garimpo do Rumo, aumentando assim o mistério que já permanece por 67 anos.
Desde que aqui aportaram, os portugueses não tiveram outra motivação a não ser o trabalho fácil de procurar ouro ou pedras preciosas, à flor da terra, de preferência. Mesmo os mais abastados daquele país chegavam desacompanhados dos seus familiares e aqui se juntavam a outros aventureiros solteiros, formando um grupo de exploradores dispostos a se embrenhar pela mata à dentro a procura de fortuna fácil. Eufemisticamente essas aventuras eram denominadas de “entradas e bandeiras” e as pessoas que participavam se denominavam de “bandeirantes”. Nessa brincadeira de “bandeirantes” eles percorreram todo o interior do Brasil chegando até à Chapada Diamantina e as margens do Rio São Francisco. Essas andanças se acabaram lá pelo século XVII quando constataram que as pedras preciosas e o ouro não se encontravam à flor da terra como pensavam.
A cidade de Xiquexique (BA), como muitas outras por esse Brasil a fora, deve o seu surgimento a essas pessoas que, aventurescamente partiam do sudeste do País em direção ao interior, galgando serras e transpondo rios. Nessas andanças chegaram até o Rio São Francisco, perambularam por todo o leito do seu afluente Rio Verde, e visitaram as inúmeras ilhas que formam o arquipélago em torno da cidade, com destaque para a Ilha do Miradouro de onde avistavam parte da Chapada Diamantina, principalmente a região onde hoje situam-se as cidades de Gentio do Ouro e Gameleira do Açuruá, que durante muitos anos forneceram ouro e pedras preciosas para esses aventureiros.
Mais tarde, ainda no primeiro quartel do século 20, quando escassearam os diamantes e as pepitas de ouro, pela dificuldade de serem extraídos do sub-solo, a cobiça dos garimpeiros nativos, substitutos daqueles “bandeirantes”, transferiu-se para uma pedra menos valorizada, mas que poderia fazer a fortuna daquele que tivesse a sorte de encontrar uma pródiga mina: essa pedra era o cristal de rocha. Em pouco tempo o município de Xiquexique (BA), foi objeto de uma grande corrida em busca desse mineral translúcido, com cada garimpeiro sonhando encontrar a mina que lhe mudaria o próprio destino. O normal era que cada garimpeiro, através de uma intuição própria, escolhesse um local para começar a cavar na esperança de encontrar o tão procurado CRISTAL a alguns metros de profundidade. Cada um desses buracos, denominado de CATRA era uma propriedade particular, respeitada pelos demais garimpeiros. Como a grande maioria dos garimpeiros era formada de pessoas de baixa renda e cada um dedicava-se integralmente à procura do cristal, logo surgiu a figura até certo ponto necessária, do fornecedor que fazia com que gêneros alimentícios chegassem à cada garimpo, formado por uma série de catras, para que o garimpeiro se preocupasse apenas em cavar o buraco tendo como certo o alimento diário e as suas demais necessidades.
No final da década de 1930 uma notícia circulou, como um rastilho de pólvora, por todo o município: fora descoberta, na Serra do Rumo, perto do Povoado de Boa Vista, a uns 20 km de Xiquexique, uma localidade com grande afloramento de cristal de rocha e que se mostrava promissora estando, inclusive, sendo tida por alguns garimpeiros que visitaram a região, como o maior garimpo de cristal já descoberto. Logo ficou conhecido como GARIMPO DO RUMO e, nos poucos anos que existiu ficou conhecido como o maior e mais famoso garimpo de cristal de rocha que até hoje se tem notícia. Iniciou-se, com isso, uma verdadeira corrida em direção à Serra do Rumo, duplicando a população de Xiquexique face a constante chegada de aventureiros de todas as partes do Brasil. Nessa época o Japão comprava a pedra de cristal do jeito que saia da terra, por intermédio de uma representação com sede na cidade do Rio de Janeiro, exigindo apenas que o cristal fosse puro.
Em poucos meses a Serra do Rumo foi tomada por milhares de garimpeiros que abriram milhares de buracos em toda a sua extensão e o cristal de rocha extraído das catras era em tal quantidade que em pouco tempo inúmeras fortunas foram feitas e como esses novos ricos não estavam habituados à posse do dinheiro começaram a fazer as maiores extravagâncias. Era para o Rumo e não mais para a cidade de Xiquexique, que se dirigiam todas as diversões que chegavam ao município. Ali se instalavam os circos, os parques, o cinema e principalmente as prostitutas que para lá se dirigiam na esperança de ficarem com parte da fortuna que por ali circulava. Ante essa loucura de muito dinheiro, muita bebida, muita prostituta e muitas outras diversões os rudes garimpeiros se perderam e passaram a gastar, descontroladamente, a fortuna conseguida com muito suor e muita sorte. Eram festas homéricas a cada fim de semana e a cada dia o surgimento de novos ricos não parava. Contam os mais velhos que ali estiveram presentes, que muitos garimpeiros acendiam cigarros com cédulas de dinheiro, sob a alegação exibicionista de que estavam ricos e podiam gastar.
No que pese a grande quantidade de cristal extraído no garimpo do Rumo e a espantosa fortuna gerada no local, o lugarejo continuava miserável e, desordenadamente construído, sem as mínimas condições de habitabilidade e higiene. Os moradores não tinham interesse em introduzir melhorias nas suas casas, construídas de taipa com cobertura de palha de carnaúba ou lona e piso de terra batida, pois a permanência deles em cada um desses casebres era de curto prazo. À medida que novos minas de cristal eram identificadas os garimpeiros se lançavam na direção dos novos garimpos deixando para trás as miseráveis casas que até então lhes haviam servido de teto. Mas, nessa babel, havia um contingente que não seguia a horda dos garimpeiros na nômade tarefa de cavar cristal, permanecendo sempre no mesmo lugar. Eram os bodegueiros, as prostitutas, as bancas de jogatinas e outras pessoas que ali estavam com o único intuito de se apoderarem, de alguma forma, da fortuna dos que estavam garimpando. Essa também pobre população permanente terminou por formar uma pequena comunidade que ficou conhecida em toda a região como o Povoado do Rumo, local para onde os garimpeiros, nos fins de semana, retornavam para se divertirem um pouco. Era ali também onde se poderia encontrar gêneros alimentícios ou outras mercadorias expostas a venda. O bem mais precioso, contudo, continuava a ser a água potável que era apanhada a alguns quilômetros do Povoado do Rumo e transportada em latas de querosene, sobre lombos de jumentos.
Mesmo pequenino o Povoado do Rumo dispunha de um delegado de polícia com um pequeno destacamento de soldados, ali colocados pelas autoridades do Estado pra coibir qualquer forma de violência naquele ambiente por si só hostil. Mas, devido à atividade desenvolvida por aquele povo era comum o uso de armas, exibidas como algo obrigatório e indispensável por todos os garimpeiros. Pequenas brigas motivadas pela ingestão de álcool sempre aconteciam e nesses casos a própria população se encarregava de reduzir a violência amarrando os garimpeiros transgressores numa árvore até a chegada dos policiais.
Mas, algo de muito ruim estava para acontecer. Alguns garimpeiros mais velhos pressentiam no ar que aquela situação não perduraria por muito tempo. No pequeno Povoado do Rumo os garimpeiros só se ocupavam da extração do cristal e, nos fins de semana, viviam em completa orgia ao lado das bebidas alcoólicas, da jogatina e das mulheres prostitutas. Não existia nenhuma preocupação com o lado espiritual de cada um daqueles moradores. Era uma representação, em miniatura da bíblica Sodoma. Os garimpeiros trabalhavam de segunda a sábado, de sol a sol dentro de um buraco que às vezes atingia 10 metros de profundidade, sem nenhuma segurança, preocupando-se apenas em achar, enterrada, uma canga de cristal. Tinham como obrigação conseguirem alguma pedra que ao menos lhes desse condições de desfrutar, no domingo, os vapores do álcool e os enganos da prostituta. Essa era a vida daquela comunidade.
Transcorria o ano de 1942, num domingo de muito sol e muito barulho, pois todos os garimpeiros estavam se divertindo no pequeno Povoado do Rumo, quando, por volta do meio dia escuta-se o alarme de alguém gritando que as casas de uma determinada rua estavam incendiando. Todos correram para o local na intenção de apagar o fogo, tarefa dificultada pela escassez de água. Mal tinham começada a dura faina , alguém alarma que na outra extremidade do povoado, as casas, também estão sendo destruídas pelo fogo. Parte dos moradores correu para atacar esse outro foco e mal chega recebe a notícia de que o centro do povoado, local onde se realiza toda atividade econômica do lugar também está se transformando em cinzas. Era uma catástrofe comparável à destruição de Pompéia. O fogo ficou incontrolável, pois todos os casebres eram cobertos de palha ou de lona e, em minutos foram destruidos. Contam os mais velhos que o incêndio durou semanas e no céu se formou uma grande nuvem negra que da cidade de Xiquexique podia ser avistada.
Ao contrário dos desaparecimentos de Sodoma e Pompéia, ambas, também destruídas pelo fogo, a primeira narrada pela Bíblia e a segunda contada pela História, a destruição do Garimpo do Rumo até hoje é um enigma e mesmo os mais velhos que presenciaram o terrível incêndio não conseguiram encontrar uma explicação para a origem e o autor de tão sinistro acontecimento. Ao lado da misteriosa destruição do Garimpo do Rumo convive outro mistério muito mais estranho, pois, no que pese o incêndio haver acontecido no momento em que os cristais estavam surgindo em grande quantidade de sob a terra, até hoje ninguém mais se interessou em retornar àquele lugar para garimpar, mesmo os calejados garimpeiros que lá moravam e com certeza conheciam de cor todas as boas catras e que após o incêndio passaram a categoria de abandonadas podendo por isso serem utilizadas por qualquer um. Até mesmo a população que hoje reside no local do antigo Povoado do Rumo não comenta o terrível incêndio que em 1942 acabou com o Garimpo do Rumo, aumentando assim o mistério que já permanece por 67 anos.
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