domingo, 18 de setembro de 2016

DEPOIS DO PARÁ E MATO GROSSO, GIGANTE DAS DRAGAS DE RONDÔNIA FAZ CHOVER DINHEIRO NAS CIDADES DO AMAZONAS

DEPOIS DO PARÁ E MATO GROSSO, GIGANTE DAS DRAGAS DE RONDÔNIA FAZ CHOVER DINHEIRO NAS CIDADES DO AMAZONAS

Objeto principal da ‘Operação Eldorado’, da Polícia Federal brasileira, atônitos, aliados da entidade, ‘estão migrando em revoada para os garimpos ao longo do Rio Madeira e de cidades do Amazonas’, revelam garimpeiros tradicionais que há mais de 50 anos exercem a lavra eco-familiar sem a utilização de mercúrio.

Humaitá, Sul do Amazonas – Como na cidade de Cacoal dos anos 90, que quase não teve prostituta pobre, as cidades desta parte da Amazônia Brasileira também são agredidas pela força do dinheiro sujo atribuído por supostos grupos de mafiosos que fizeram da atividade garimpeira a principal fonte de renda das corporações que representam na região.
O ouro tirado dos garimpos locais e do Vale do Madeira [em alguns casos, sem a declaração de origem do produto por dragueiros e compradores clandestinos], firma cada vez mais a presença de agentes ligados à Cooperativa dos Garimpeiros da Amazônia [COOGAM], apesar da forte investigação da Polícia e da Justiça Federal nos estados do Mato Grosso, Pará, Amazonas e Rondônia em desfavor desta entidade.
Objeto principal da ‘Operação Eldorado’, da Polícia Federal brasileira, atônitos, aliados da entidade, ‘estão migrando em revoada para os garimpos ao longo do Rio Madeira e de cidades do Amazonas’, revelam garimpeiros tradicionais que há mais de 50 anos exercem a lavra eco-familiar sem a utilização de mercúrio. E que agora estão sujeitos às leis de grupos especuladores de Rondônia, da Bolívia, China e Países Baixos.
Mas o que chamou a atenção das autoridades em 2012, sobretudo nos municípios de Humaitá e Manicoré, foi ‘a afronta à Constituição cidadã do povo amazonense pela ousadia de dragueiros rondonienses liderados pelo brasileiro-boliviano Arão Mendes Rodrigues’, que é detentor de mais de vários equipamentos de extração de longo alcance e poder destrutivo do meio ambiente. Eles chegaram e nos tomaram nossos garimpos, disseram habitantes locais.  
Segundo entidades que defendem o segmento das populações tradicionais dentro da República Aurífera do Amazonas, ‘esse senhor, de forma arrogante chegou a afrontar o prefeito Dedei Lobo, de Humaitá, que em alto e bom som, ameaçou entrar nos garimpos de cá nem que tivesse que levar a Polícia Federal junto com ele’.
O disparate foi tanto, que, ‘Arão teria investido, pesadamente, na campanha do ex-prefeito da cidade, o técnico agrícola Roberto Ruy Guerra de Souza’, na esperança de, caso derrotasse Dedei Lobo, obter o Alvará de Funcionamento das dragas da COOGAM’ presidida pelo presidente Geomário Leitão Sena - peça principal da Operação Eldorado no Pará, Mato Grosso, Amazonas e Rondônia.
Para chegar ao fio da meada, lideranças locais descobriram que ‘é Arão o maior de todos os operadores dos garimpos amazônicos dentro do quadro de ações da COOGAM investigadas pela PF’. Considerado ainda como ‘o gigante das dragas inscritas na entidade comandada por Geomário Sena, nem por isso, teria sido alcançado pelas operações ‘Rio de Ouro’, ‘Operação Eldorado’ ou mesmo pelas ‘malhas finas da Receita Federal’.
DNPM É FICHINHA – Com forte atuação na Amazônia, a COOGAM deu, recentemente, mais uma prova de força contra o poder público federal. A façanha, desta vez, é atribuída a Arão Rodrigues. Segundo disse nos distritos de São Carlos, Nazaré e Calama, ‘em breve irei controlar as áreas de lavra outorgadas às pequenas cooperativas eco-familiares de Porto Velho ao Amazonas’.
A pujança do dragueiro não surpreendeu nenhum presidente de cooperativa de garimpeiros de Rondônia e do Amazonas. Nos governos Waldir Raupp [PMDB] e Ivo Cassol [PP], a dupla Geomário Sena e Arão Rodrigues transitou com ‘desenvoltura nos meandros do DNPM [RO-AM] e da SEDAM [RO]’. A prova disso, revelam novas fontes, ‘é que Arão exibiu, de uma só vez, nos dias e noites de Humaitá, mais de nove Licenças Ambientais e Projetos de Lavra Garimpeiras [PLG], liberadas em tempo recorde’.
CAIXA 2 – A possibilidade de o dragueiro vir ser o suposto Vice-Presidente de Geomário Sena, ainda não foi descartada por autoridades amazonenses. No rol das investigações da PF, com o desdobramento da ‘Operação Eldorado’, ‘esta semana, Cooperativas consideradas lesadas por ele, pedirão à Policia Federal, que a ‘Operação Eldorado’ chegue até ele, a partir das operações noturnas de suas dragas no Baixo Madeira, Humaitá e Manicoré’.
LAVAGEM DE DINHEIRO – O gigante das dragas de Rondônia é acusado, ainda, de ‘ser o autor do descaminho do ouro extraído, ilegalmente, das áreas outorgadas à MINACOOP [Cooperativa de Garimpeiros, Mineração e Agroflorestal]. Segundo o presidente Washington Charles Cordeiro Campos, ‘as dragas dele mineram, à noite, ilegalmente, em nossas áreas há anos’.
Denúncias são feitas à Polícia Federal, SEDAM, Ministério Público [MPE-MPF], Receita Federal [RF], Secretaria de Finanças [SEFIN], Prefeitura de Porto Velho e ao Governo do Amazonas. Quando há fiscalização, disse ele, ‘parece que avisam a ele sobre as operações, e ele sai ileso’. Da parte da MINACOOP e pequenos mineradores, ‘só resta contarmos os prejuízos’, desabafou o líder garimpeiro.
Em a Humaitá, Washington fez um alerta ao governo do Amazonas. De acordo com o que protagonizou, ‘a COOGAM de Geomário Leitão Sena e Arão Mendes Rodriguesainda vai deixar muitos garimpeiros tradicionais e suas famílias amazonenses passando fome e na extrema pobreza’. Fizeram isso em Porto Velho, fazem nos rios Tapajós, Amazonas e farão em Humaitá e Manicoré’.
O apelo final do líder ficou por conta de, na segunda fase da ‘Operação Eldorado’, todas as cooperativas de dragueiros e pequenos mineradores sejam investigadas cujo foco principal da nova ação ‘seja na apuração de crimes de lavagem de dinheiro, enriquecimento ilícito, contrabando de minérios, corrupção de agentes públicos ambientais, falsidade ideológica e de documentos públicos, bem como, ações da Polícia e da Justiça que imprimam grandes baques ao crime organizado que atua nos garimpos de Rondônia, Mato Grosso, Pará, Amazonas, Roraima, Amapá e Maranhão’, sentenciou Washington Campos, 65.
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