Leonardo DiCaprio quer mais diamantes... mas não os de 'sangue'
Um dos atores mais famosos do mundo está a apoiar uma startup norte-americana que substitui a tradicional exploração de pedras preciosas pela criação de sucedâneos em laboratório.
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ECONOMIA MATÉRIAS-PRIMAS
Os diamantes são o 'ex-libris' das pedras preciosas da Terra. Formados ao longo de milhões de anos através da transformação de carbono com a temperatura e a pressão da crosta terrestre, os pequenos objetos são encontrados em rios e minas pelos quatro cantos do mundo, utilizando muitas vezes métodos eticamente questionáveis.
No filme 'Diamantes de Sangue', Leonardo DiCaprio ajudou a levantar o véu sobre algumas das práticas desumanas utilizadas na prospeção de diamantes e a sua utilização para financiar conflitos armados e aumentou o conhecimento do público em geral sobre os verdadeiros custos do luxo.
Passando da representação aos atos no mundo real, o vencedor do Óscar de Melhor Ator de 2016 investiu dinheiro do próprio bolso para ajudar a Diamond Foundry, uma startup norte-americana cria diamantes em laboratório, utilizando um reator de plasma.
Através de um processo que demora cerca de um mês, a empresa pega num pequeno pedaço de um diamante verdadeiro, sujeita-o a temperaturas equivalentes às do Sol e cria novas pedras preciosas impossíveis de distinguir dos 'verdadeiros' diamantes. Apesar do elevado custo energético, a empresa usa apenas energia solar e hídrica, tendo por isso um impacto zero em termos de produção de gases poluentes para a atmosfera.
As primeiras pedras produzidas pela Diamond Foundry começaram a ser vendidas em novembro do ano passado através de anéis de noivado e peças soltas de vários tamanhos, com custos bastante inferiores aos dos diamantes vindos de explorações comuns.
Segundo a CNN, Leonardo DiCaprio foi um de 12 multimilionários a apostar "orgulhosamente" cerca de 90 milhões de euros na Diamond Foundry, uma lista que inclui também o co-fundador do Twitter, Evan Williams.
A empresa produz neste momento 150 a 300 diamantes a cada duas semanas e a maior pedra que conseguiu extrair tinha cerca de 12 quilates.
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